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Em Zé Ramalho
Apresentação
Zé Ramalho
É um disco diferente do que eu costumava fazer. Mergulhei neste universo do Rock/Pop e mostrei neste disco, o material que eu compus nos anos 70, quando eu era guitarrista de grupos de baile. São músicas que eu fiz no período anterior à fase "Avôhai" Para muitos soou estranho, a estética musical quebrou um pouco a imagem que eu trazia visualmente, isto é, apareci na capa sem barba e de jaqueta de couro preta. Foi o meu jeito de registrar essa importante fase da minha vida, quando estava fundindo o rock com a música nordestina. Participam do disco, grandes artistas da Jovem Guarda: Erasmo Carlos, Wanderléa, Golden Boys e também a cantora Zezé Motta; além dos músicos Pepeu Gomes, Lincoln Olivetti e Sivuca. Foi o sexto disco (1984), meio maldito ficou entre os fãs, mas foi um disco revelador e curioso.
Texto da reedição, 2003
Marcelo Fróes
Depois de decepcionar-se com seus dois trabalhos anteriores, Zé Ramalho chegou ao ano de 1984 disposto a criar para si um admirável mundo novo. Ainda que fora de si por conta das drogas, Zé queria fazer este disco para chocar "sonoramente" a crítica e o público. Com isso, resolveu gravar uma série de rocks que havia composto entre 1974 e 1975, em sua fase lisérgica ainda no Nordeste. Muitos artistas da Jovem Guarda, movimento musical que tanto influenciara Zé Ramalho em sua adolescência, foram convidados para participar, destacando-se as participações vocais de Erasmo Carlos (na versão de The Fool on the Hill, dos Beatles, posteriormente regravada por Amelinha) e de Wanderléa, além dos Golden Boys (vocais), Lafayette (teclados) e Paulo César Barros (baixo).
O disco assinalaria uma mudança de imagem de Zé, que pretendia chocar também com a capa. Queria fazer uma capa que parodisse a de "Rock'n'Roll", disco de 1975 com que John Lennon revisitara o rock original - que lhe influenciara, da mesma forma como a Jovem Guarda influenciara nosso Zé Ramalho - e chegou a pensar em mandar construir uma parede de tijolos semelhante àquela onde Lennon é visto encostado. O fotógrafo Frederico Mendes sugeriu um jeitinho brasileiro, mas opinou no sentido de que o disco tivesse duas capas justamente para marcar esta mudança de imagem. De um lado o artista ainda apareceria com seu visual tradicional, deitado nos braços de uma bela mulher e com uma cobra a envolvê-los. Do outro, já de cabelos cortados e barba raspada, seria visto trajando uma jaqueta de couro no melhor estilo roqueiro.
O amigo Zé do Caixão foi chamado para dirigir a foto da capa com a moça, trazendo para a sessão a gibóia Rita - que, bem alimentada de pequenos roedores, atuava tranqüilamente em filmes nacionais como "Luz Dei Fuego". A modelo acabou sendo Marelise, filha de Zé do Caixão e, na época, namorada de Zé Ramalho. Zé pediu então autorização ao amigo Geraldo Vandré para brincar com o título de seu clássico Pra Não Dizer que Não Falei de Flores, criando para o disco o longo título "Por Aquelas que Foram Bem Amadas... ou... Pra Não Dizer que Não Falei de Rock". Quando finalmente chegou às lojas, o disco foi amaldiçoado pela crítica, que jogou uma pá de cal sobre o artista que o assinava. Sem saber o que se passava, a maioria perguntava como é que Zé Ramalho havia-se rendido à gravadora, tirando sua barba mística. Na verdade, a gravadora fora contrária à mudança de imagem.
A1 - Paisagem Da Flor Desesperada
A2 - Dança Das Luzes
A3 - Dogmática
A4 - Mulheres
A5 - Dupla Fantasia
B1 - Made In PB
B2 - Frágil
B3 - O Tolo Na Colina (The Fool On The Hill)
B4 - Brejo Do Cruz
B5 - Jacarépagua Blues
soy un gran fanático de la música de Ze, mil gracias, amigo, saludos desde Aguascalientes, México
ResponderExcluireu que agradeço sua visitas. seu comentários como os de outros sempre dão incentivo para continuar com o blog.
ExcluirAbraços.