Mostrando postagens com marcador Armada. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Armada. Mostrar todas as postagens

sábado, 8 de dezembro de 2018

Armada - Bandeira Negra [2018]

Mega 320kbps


Por Wladimyr Cruz em Hearts Bleed Blue

"Levantar âncora, deixar para trás". O refrão de "Semper Adversus", primeira faixa do álbum de estreia da Armada, diz exatamente a que veio a banda formada por 4/5 do finado Blind Pigs, um dos principais grupos punk da história da música brasileira. Seguindo em frente, expandindo horizontes e enfrentando mares bravios - como gostam de dizer, o conjunto formado por Henrike Baliú, Mauro Tracco, Arnaldo Rogano, Alexandre Galindo e Ricardo Galano apresenta "Bandeira Negra", disco que é a continuação lógica do trabalho desenvolvido pelos músicos em uma carreira que segue a pleno vapor.

Com arte primorosa do colaborador de anos Paulo Rocker, o grupo não economiza e já chega com um disco de 17 faixas, lançado pela a HBB em CD, LP e K7, que segue o bom gosto estético e o primor em qualidade pelo qual seus integrantes sempre prezaram. Produzido e mixado por Átila Ardanuy, “Bandeira Negra” foi masterizado por Ade Emsley, responsável pelos últimos trabalhos do Iron Maiden, e a versão do álbum em LP será lançada também nos Estados Unidos pela Pirates Press Records.

De seu passado recente, a banda carrega ainda a experiência, boas melodias, muito da crueza e energia do punk, e as analogias entre cotidiano e a vida no mar. De novidade, passeios pela música de raiz brasileira e americana, e uma porção de novos colaboradores, desde o guitarrista e compositor Ricardo Galano - agora membro fixo da tripulação, até as participações especiais de nomes de peso como Sérgio Reis e Kiko Zambianchi - ambas justificáveis e plenamente bem inseridas no contexto da obra.

Maduro e bem resolvido, o Armada é resultado do esforço de um conjunto de pessoas a fim de ir além das amarras que a etiqueta anterior os exigia. Livres para criar, encontraram em "Bandeira Negra" novas formas de protestar, celebrar a música e se expressar artisticamente.

Desbravadores - seu capitão lançou um dos mais festejados discos do punk nacional há exatos 20 anos - a Armada deixa a linha de frente para estender sua bandeira, decretar novos rumos e avançar sobre novos oceanos.





quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Armada [2017]

Mega 320kbps



Por pouco mais de duas décadas o Blind Pigs navegou os mares bravios da cena punk rock brasileira deixando sua marca na história. Com o fim da banda em 2016, Henrike Baliú (voz), Alexandre Galindo (guitarra), Mauro Tracco (baixo) e Arnaldo Rogano (bateria) decidiram seguir adiante, mas com um novo projeto, outro nome, diferentes influências e mais um marujo a bordo. “Ter recrutado o Ricardo Galano, guitarrista da banda punk rock paulista Não Há Mais Volta, foi o estopim que precisávamos para a criatividade fluir”, diz o vocalista Henrike.

Assim surgiu o Armada, que lançou em outubro de 2017 o EP homônimo em vinil sete polegadas dourado pela Comandante Records em parceria com a HBB, responsável pelo álbum completo do grupo, previsto para fevereiro de 2018. “Armada” conta com duas faixas, “Eterno Marujo” e “Bandeira Negra”.

“Eterno Marujo” foi a primeira composição do grupo. “O Mauro já trouxe ela praticamente pronta e a partir dela criamos a identidade da banda. Acho que a letra define bem o Armada, ela foi o ponta pé inicial”, explica Henrike. Mauro revela que a letra é bem pessoal. “Fala sobre seguir em frente, custe o que custar. Tem gente que não nasceu para ser tripulante, mas não é preciso estar num navio para navegar. O som é um street punk bem cadenciado, refrão ‘sing along’, para cantar com os punhos em riste”.

Já “Bandeira Negra” é inspirada em um livro sobre roubos e crimes de piratas notórios, publicado em 1724 na Inglaterra. Segundo Henrike, autor da letra da música, o livro intitulado “A General History of the Robberies & Murders of the Most Notorious Pirates” relata estórias supostamente reais do período da pirataria. “O capítulo que mais me marcou foi o do Capitão Edward Teach, o infame Barba Negra. Quando seu navio foi atacado pela Marinha Real Inglesa ele bradou: ‘Que a maldição se apodere de mim, se eu te der trégua antes do fim’. Essa foi, inclusive, uma frase que acabei usando no final da música. Barba Negra foi morto nesse dia após tomar cinco tiros e mais de vinte golpes de espada, mas morreu com a espada na mão. Foi decapitado e sua cabeça amarrada na proa do navio”, conta.