Mostrando postagens com marcador Leno. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Leno. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Leno [1968]

Yandex 320kbps


Por Lúcia M. Zanetti de Araújo em We Love The Beatles Forever

Após o encerramento da dupla Leno e Lilian – uma das mais importantes da Jovem Guarda – , o cantor e compositor Leno seguiu em carreira solo, e no início de 1968, lançou o compacto-simples CBS-33543 que trazia no lado A, a balada “A Pobreza”, composição de Renato Barros, dos Blue Caps, e no lado B, o rock “Me Deixa em Paz”.

“A Pobreza” tornou-se um grande hit nas rádios, e em outubro daquele ano, chegou às lojas “Leno”, seu primeiro LP solo, um disco repleto de baladas e rocks flamejantes. Ainda embalado pela sonoridade da jovem guarda, Leno concebeu um dos mais belos álbuns dos anos 60, cujo repertório, apontava inclusive, para os novos caminhos que sua música iria seguir dali para a frente, ao gravar temas diversos como a versão de “Fever”, sucesso de Elvis no início dos anos 60, assim como a gravação de “Um minuto a mais”, versão assinada pelo amigo Raul Seixas, com o qual iria desenvolver uma excelente e obscura parceria nos anos seguintes.

“Leno” Abre com “Papel picado”, composição de Renato Barros e um dos sucessos do disco, segue com “Eu tenho febre” (“fever”) e “sozinho sou feliz”, versão de Leno para “Wait for me baby”, de G. Stevens. O grande hit “A pobreza” é a quarta faixa, e logo em seguida vem a balada “Um minuto a mais”, uma das primeiras versões assinadas por Raul Seixas, que buscou esta incrível canção, “I Will”, no repertório do roqueiro inglês Billy Fury.

Outras canções de destaque neste primeiro álbum de Leno: “Garotinha”, de Getulio Cortes; “Tudo que pedi a Deus”, do próprio, e a estupenda regravação de “Eu não existo sem você”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

“Leno” traz no acompanhamento os grupos Renato e Seus Blue Caps e Golden Boys, além do tecladista Lafayette e o cantor Pedro Paulo, e conta também com a participação de alguns membros do grupo Os Panteras (de Raulzito Seixas). (rstone)

sábado, 9 de janeiro de 2016

Leno - Meu Nome é Gileno [1976]

Yandex 320kbps


Por Assênia Vinil Ossamo no Almanaque do Malú

Tendo uma coleção quase completa do rock nacional dos anos 60 aos 80, posso afirmar sem pestanejar: "Meu nome é Gileno" é um dos melhores discos do rock tupiniquim, em todos os tempos. Instrumental impecável, composições que grudam no ouvido, produção limpa, foi aclamado pela crítica e não vendeu tão bem na época de seu lançamento (1976), recebendo uma edição em CD em 1999, dentro da série "Jovem Guarda" da Sony. O discão tem várias misturas no caldo do rock, até resquícios da jovem guarda, mas definitivamente não é um vinil retardatário do movimento jovem sessentista, onde Leno se destacou já no seu final. Pra começo, tem participações e acompanhamento que não são pra qualquer um:a cozinha pesada da cultuadíssima banda O Peso, o ritmo de Paulinho Braga, um dos melhores bateristas brasileiros, a onipresença de Paulo César Barros, ele mesmo, lendário co-fundador da banda do irmão Renato nos Blue Caps, Dominguinhos, que não carece de apresentações e o encandescente Zé da Gaita, mito entre os músicos de todas as épocas. Com essa turma, dá pra segurar bem a fervura de qualquer caldo, mas Leno foi além: construiu um disco milimetricamente dosado, com partes iguais de peso, balada, saudosismo e veia roqueira. 

Letra viajante empacotando um boogie danado (Semente Cósmica), gaita e teclado ponteando saudades sessentistas (Jovem Guarda), rock nostálgico com guitarra arrepiante (Em busca do Sol), cuíca em perfeito casamento com o baixo e guitarra (Depois do Carnaval), country rock de primeira (Grilo City), balada arrasadora - caramba, o Fabio Junior dos tempos de "Ciranda, Cirandinha" apareceu uma ano depois e acabou perdendo a chance de gravar essa!! (Chuva do Amanhecer), versão honesta (Luar do Sertão) , versão a la Stones (Me Deixe Mudo), blues estradeiro (Amigo Velho) e pop romântico (Céu Dourado, do compositor Guilherme Lamounier, esse sim gravado pelo Fábio Júnior - só não sei se essa música também). 

"Meu Nome é Gileno" é um disco a descobrir e certamente será uma grata surpresa para muitos, principalmente para quem deixar de lado o preconceito em torno da grife "Jovem Guarda". Parem de bobagem! o potiguar Leno, ex-Jovem Guarda, ex-parceiro de Lílian, amigão de Raul Seixas e compositor-cantor-instrumentista de mão cheia, fez e faz até hoje um rock autêntico e apaixonado. E esse petardo aqui, meus caros, é um grande momento dos anos setenta. (Assênia "Vinil" Ossamo) - colecionadora e autora do livro inédito "Discos, Discos, Amigos à Parte".


A1 - Semente Cósmica
(Gileno)
A2 - Jovem guarda
(Gileno)
A3 - Em Busca Do Sol
(Alessandoro/Gileno)
A4 - Depois Do Carnaval
(Gileno)
A5 - Grilo City
(Gileno)

B1 -  Luar Do Sertão
(Catullo da Paixão Cearense)
B2 - Chuva do amanhecer
(Gileno)
B3 - Me Deixe Mudo
(Walter Franco)
B4 - Amigo Velho
(Gileno)
B5 - Céu Dourado

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Leno - Vida e Obra de Johnny McCartney [1971]

Yandex 128kbps


Por Casa de Rock

Uma das mais incríveis histórias e um dos mais raros CDs da indústria fonográfica brasileira. Tudo começou em 1971, Leno que fazia dupla brega com Lilian Knapp sai em carreira solo e conhece um produtor chamado Raulzito. Juntos começam a compor para o que seria o terceiro disco do artista. Com participações de Renato & Seus Blue Caps, A Bolha, Golden Boys entre outros e produção a cargo do Raul Seixas, o disco estava fadado a virar um clássico instantâneo. No entanto, a gravadora veta 5 das 12 músicas por acharem inviáveis para cena musical da época e o projeto é arquivado. Em 1995 o jornalista Marcelo Fróes encontra as matrizes originais vasculhando o acervo da Sony Music e liga pra Leno que aceita de imediato remasterizar pessoalmente o material. O CD sai em tiragem ínfima e nunca mais é visto.