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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Erasmo Carlos - Minha Fama de Mau [2008]



Descrição

Ele veio ao mundo para topar qualquer parada. Erasmo Carlos não só venceu os muitos desafios que o destino colocou no seu caminho, como se tornou um dos primeiros popstars brasileiros. Minha Fama de Mau conta como o menino criado pela mãe numa casa de cômodos, superou todas as limitações e o preconceito da Zona Sul carioca, consagrando-se, junto ao amigo Roberto Carlos, como o porta-voz sentimental de milhões de pessoas. Não só um ícone da MPB, Erasmo é também, como diz a letra de Amigo, uma pessoa doce, engraçada e generosa. Um artista deliciosamente humano que, através de suas memórias, conta as dificuldades e alegrias da juventude marcada pelo fenômeno da Jovem Guarda e da fama tão inesperada como explosiva. No começo de tudo, era quase impossível prever que tanto sucesso chegaria. De estoquista de loja de sutiãs a carregador de tijolos refratários, Erasmo fez de tudo até alcançá-lo - experiências frustradas que o convenceriam de que seu destino definitivamente era trabalhar com música. O primeiro passo era pensar no nome artístico: 'Sempre achei o nome Erasmo, sozinho, de uma pobreza enorme, artisticamente falando. Não me sentia confortável ao ser anunciado nas quermesses. Resolvi então assumir meu nome completo e ficou pior', conta ele, que, na falta de um segundo nome forte para um cartão de visitas, foi buscar inspiração num almanaque que destacava a energia ímpar atribuída ao nome Carlos pelos mestres do ocultismo. Cada letra que compõe o nome é na verdade a inicial de uma representação da nobreza: 'C' de Cristo, rei dos judeus; 'A' de águia, rainha das aves; 'R' de rosa, rainha das flores; 'L' de leão, rei dos animais; 'O' de ouro, rei dos metais; e 'S' de Sol, rei dos astros. 'Erasmo Carlos. Esse era eu.'

domingo, 10 de junho de 2018

Paulo dos Santos - Raul Seixas A Mosca na Sopa da Ditadura Militar, Censura, Tortura e Exílio (1973-1974) [2007]

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Resumo

Esta dissertação busca resgatar a importância do cantor e compositor Raul Seixas (1945-1989) no período entre a ditadura militar e a promulgação da Constituição de 1988. Procura, ainda, verificar sua inserção no cenário artístico brasileiro e em outros segmentos durante a década de 1970, como a contracultura, a censura, a repressão e a tortura a todos os considerados subversivos. Reconhecido como compositor de muitos talentos, o cantor figurou entre os mais renomados artistas dos últimos anos na Música Popular Brasileira. Divulgador da Sociedade Alternativa, que em pleno regime militar tinha como lema faz o que tu queres, pois é tudo da lei , fez de suas músicas discursos dotados de um espírito inovador para dizer coisas velhas com características novas, misturando diferenciados ritmos que, segundo o artista, tinham as mesmas malícias , como o rock and roll e o baião, e, assim, constituindo tendências. O presente estudo está dividido em três capítulos: no primeiro Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou... de Raulzito a Raul Seixas narram-se a trajetória do artista desde o início de sua carreira, o sucesso e os últimos anos de vida. No segundo O monstro SIST é retado e tá doido pra transar comigo... Raul Seixas e a Censura são estudados a censura, o gibi-manifesto, principal instrumento teórico para a implantação da Sociedade Alternativa no Brasil, e o diálogo entre a censura e as músicas censuradas. Por fim, no terceiro Porque só tem verdades pra dizer, pra declarar... Raul Seixas e a Polícia Federal apresenta-se como ocorreram a perseguição, a prisão, a tortura e o exílio ao artista

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Alexandre Lucchese - Infinita Highway Uma Carona Com Os Engenheiros do Hawaii [2016]

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Descrição

Era pra ter durado uma noite só. Era pra ter sido somente uma banda de abertura. Era pra ter outro nome. Não era pra ser um trio. Eram várias variáveis. Graças a essa sucessão de fatos estranhos, quando não ter plano é o melhor plano, nasceu uma das maiores bandas do rock brasileiro: Engenheiros do Hawaii. Uma história cheia de lances improváveis que o jornalista Alexandre Lucchese conta nesta biografia, depois de ter entrevistado mais de uma centena de pessoas ligadas à banda, inclusive Humberto Gessinger, Carlos Maltz e Augusto Licks, o trio responsável pela fase de maior sucesso, que acabou se desfazendo anos mais tarde em meio a brigas e processos judiciais. Embarque na infinita highway para ver como nada do que foi planejado para a viagem deu certo, mas, nesse caso, ter dado tudo errado não poderia ter sido o mais certo.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Alexandre Petillo e Mauro Beting - A Ira de Nasi [2012]

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Descrição

Nasi não nasceu para ser santo. Nasceu para ser a voz de um pecado capital. Quando foi fundo ele acabou indo além do permitido e recomendado. E, na volta, trouxe com ele tudo que o dragou – do melhor e do pior. Nas travessias ao céu e nas travessuras abaixo do inferno das drogas químicas e das porcarias das pessoas físicas e jurídicas que experimentou, o ex-vocalista do Ira! se tornou homem com todas as letras. Desde as bem feitas e de boa métrica até as malfaladas e malditas. Você ficará vermelho de raiva e de paixão com a história de um dos roqueiros mais polêmicos do Brasil, com tantas tretas que fizeram da vida de Marcos Valadão, este Wolverine brasileiro contraditório e solitário, coisa de ficção, de horror, de comédia e de drama, mas também de muito amor.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Euclides Amaral - Guitarrista Victor Biglione & a MPB [2009]


Guitarrista de grande repercussão nacional e internacional Victor Biglione, argentino de nascimento, naturalizado brasileiro, é o estrangeiro que mais atuou em gravações e aparições pelo mundo. Agora a carreira de Victor Biglione é passada a limpo em livro.

“Alguns amigos e jornalistas do meio comentavam que eu era o estrangeiro que mais trabalhou na MPB e nenhum outro tinha esse feito. Mediante a isso, fui ao Instituto Cravo Albim, conversei com a Heloisa Tapajós. Ela me recomendou o Euclides Amaral para fazer a elaboração do livro. Ele fez seis meses de pesquisas e ficou comprovado que eu sou o artista, não brasileiro, que mais trabalhou na MPB, tanto em gravações como em shows, são mais de 250 artistas”, entrega Victor Biglione.

Na realidade, trata-se de um trabalho minucioso de pesquisa - “O guitarrista Victor Biglione & a MPB” (Edições Baleia Azul, 204 pág.), foi preparado pelo poeta e pesquisador musical Euclides Amaral. “O guitarrista Victor Biglione & a MPB”, é integrado por textos e imagens que perpassam a carreira do músico argentino naturalizado brasileiro, radicado no Rio de Janeiro, através de artigos, entrevistas e matérias publicadas em jornais, revistas, livros e sites.

“Nasci em Buenos Aires cheguei ao Brasil com minha família aos cinco anos de idade, 1964. Não torço por time de futebol na Argentina, somente para seleção. Só tenho dois times na minha vida, o Botafogo e a seleção da Argentina e lógico, a Seleção Canarinho. Sou naturalizado brasileiro. Já tive várias oportunidades de morar fora do Brasil, mas não consigo. Meu país é o Brasil e minha cidade é o Rio de Janeiro, na qual resido, amo o Brasil”, confessa Biglione.

Os textos abrangem e particularizam a visão do guitarrista quanto a gêneros musicais como o rock, samba, choro, blues, bossa nova, baião, entre outros, além de trilhas compostas para teatro, cinema e televisão.

Na parte final, do livro, consta o ensaio - “A Contribuição Estrangeira na MPB do Século XVI ao XXI”. Isso foi sugerido pelo músico ao autor do livro, no qual, através de micro-verbetes é prestada uma homenagem aos principais músicos, letristas e editores musicais que influenciaram a MPB, tais como os portugueses - com suas escalas diatônicas e cromáticas, que mescladas às manifestações musicais nativas e posteriormente de origem afro, resultou na sedimentação de novos gêneros musicais através dos séculos.

Já nas imagens, constam 27 capas de discos do Biglione com partituras, capas de impressos e cerca de 70 fotos, tudo isso com alguns dos mais de 250 artistas com os quais o músico vem atuando na MPB a partir da década de 1970 quando começou a trilhar sua carreira.

terça-feira, 28 de março de 2017

Célio Albuquerque - 1973 – O Ano Que Reinventou a MPB [2015]

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Por Adriano Mello Costa em Cinezen

Em 1973 o Brasil estava sobre o comando do General Emílio Garrastazu Médici. O golpe militar estava prestes a completar dez anos e o cenário, se por um lado apresentava o (ilusório, em vários aspectos) “milagre econômico”, do outro lado minava mais ainda as liberdades individuais e criativas naqueles anos conhecidos como de “chumbo”. A censura sobre produções culturais estava cada vez mais acentuada e eliminava (na maioria das vezes sem base alguma) frequentemente partes de canções, de discos, de peças, de filmes, de livros.

Apesar disso, o ano de 1973 foi fecundo na parte musical e mesmo com a censura no pé, discos memoráveis foram produzidos nesse ano. O jornalista Célio Albuquerque percebeu isso e idealizou e organizou um livro que disserta sobre esses registros. O resultado é o livro “1973 – O ano que reinventou a MPB”, lançado pela Editora Sonora efetivamente no início desse ano com 432 páginas, comemorando assim os 40 anos da concepção dos álbuns. Com direção editorial de Marcelo Fróes, 50 e poucos discos foram pinçados e resenhados por jornalistas, pesquisadores, músicos e outras pessoas do meio.

A ideia – muito boa na percepção – também se mostrou bem interessante na prática. Mesmo que você não compreenda a inserção de um álbum ou outro, ou não goste do teor do texto e das considerações de algum trabalho, no aspecto geral o livro agrada confortavelmente. Além de servir como um documento histórico desses trabalhos pelas histórias contadas e fichas técnicas completas fornecidas. Dispostos em ordem alfabética por nome do artista (exceção feita a primeira e a última redação), os escritos podem ser divididos em várias pequenas categorias.

Uma dessas categorias é a dos melhores textos. Nela se incluem as palavras de Vagner Fernandes sobre “Clara Nunes”, de Nilton Pavin e Sílvio Atanes sobre “Chico Canta (Calabar, o Elogio da Traição)”, de Antonio Carlos Miguel sobre “Quem é Quem” de João Donato, de Pedro Só sobre “Pérola Negra” do Luiz Melodia, de Sílvio Essinger sobre “Krig-Ha, Bandolo!” do Raul Seixas, além do texto final do Marcelo Fróes sobre discos que não foram lançados em 1973 por algum motivo (mas que seriam desse ano), como o “A e o Z” dos Mutantes e o “Banquete dos Mendigos”, clássico ao vivo com vários artistas.

Por serem textos mais extensos, dá para encaixar um pouco da vida do artista em questão, e quando isso ocorre sempre funciona, como no caso dos discos da Clementina de Jesus (que começou a cantar somente aos 63 anos) e do Elton Medeiros (que mesmo bastante conhecido só gravaria o primeiro álbum aos 43 anos). Uma outra categoria interessante é formada por aqueles discos meio esquecidos que o livro aproveita e joga luz, composta, por exemplo, pelos registros do quarteto formado por Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta, assim como pelo álbum homônimo do Guilherme Lamounier, o “Matança do Porco” do Som Imaginário e o “Matita Perê” do Tom Jobim.

Contudo, existem alguns pequenos problemas no livro. Em uma reduzida leva de textos, os autores (competentes e qualificados, isso não se discute) acrescentam demasiada carga de admiração e paixão pelo álbum escolhido, até mesmo se inserindo em determinados momentos, o que acaba por não funcionar tão bem, deixando o teor meio maçante. Isso acontece nos textos sobre os discos de João Gilberto, Marcos Valle e Maria Bethânia. Em outros o, autor simplesmente não conseguiu fazer o conteúdo fluir, como ocorre em “Araçá Azul” do Caetano Veloso. Acontece.

Para quem gosta de música, e principalmente de música brasileira, “1973 – O ano que reinventou a MPB” é puro deleite. Mesmo que alguns discos você pessoalmente entenda que não mereçam tanto entrar nessa lista por conta do título do livro (casos do disco de sambas de enredo, do João Bosco, do Fagner e do Gonzaguinha), isso não afeta a obra. Passear por palavras sobre clássicos exuberantes como alguns já citados e outros como “Milagre dos Peixes” do Milton Nascimento, “Índia” da Gal Costa, “Nervos de Aço” do Paulinho da Viola e “Todos os Olhos” de Tom Zé, satisfaz bem. É daqueles livros para acabar de ler, guardar na estante mais próxima para futuras consultas e ligar o som para escutar aquilo que foi lido.


*Agradecimento ao colaborador Diego Doi por ter disponibilizado o arquivo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Renato Russo - Só Por Hoje e Para Sempre [2015]

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Entre abril e maio de 1993, Renato Russo passou vinte e nove dias internado numa clínica de reabilitação para dependentes químicos no Rio de Janeiro. Durante esse período, o músico seguiu com total dedicação os Doze Passos, programa criado pelos fundadores dos Alcoólicos Anônimos, que incluía um diário e outros exercícios de escrita. É este material inédito que vem à tona depois de mais de vinte anos em Só por hoje e para sempre, graças ao desejo de Renato de ter sua obra publicada postumamente. Entremeando as memórias do líder da Legião Urbana com passagens de autoanálise e um olhar esperançoso para o futuro, este relato oferece a seus fãs, além de valioso documento histórico, um contato íntimo com o artista e um exemplo decisivo de superação.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Jorge Leite de Siqueira - Faroeste Caboclo [2003]

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Livro de Jorge de Siqueira baseado na música da banda Legião Urbana, que conta toda a trajetória de João de Santo Cristo, em sua vida de muita aventura e sofrimento.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Albert Pavão - Rock Brasileiro 1955-65 [1989]

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Este livro focaliza a música jovem feita no Brasil no período 1955/65 e está dividido em 3 partes: trajetória, personagens e discografia do rock brasileiro. Inicialmente é abordado o surgimento do rock and roll nos Estados Unidos, no começo dos anos 50, sua chegada ao Brasil, os primeiros roqueiros brasileiros, até se chegar ao ano de 1965 quando o programa de TV Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, consagra o rock patrício como campeão de popularidade. Em seguida, são apresentados os principais protagonistas da história do rock tupiniquim, dos pioneiros até a turma do “lê, iê, iê”. Finalmente, uma discografia bastante abrangente, que foi elaborada com a participação dos principais colecionadores de discos de rock do Rio de Janeiro e que registra cerca de 400 intérpretes que gravaram rock, correspondendo a mais de 5.000 gravações.

O principal objetivo deste trabalho é o de resgatar fatos e nomes desse período pouco estudado pelos críticos musicais e historiadores de rock, mas que foi sumamente importante por gerar o movimento Jovem Guarda e, em conseqüência, colaborar para a mudança que se verificou na música popular brasileira, através da adoção de instrumentos elétricos e eletrônicos -anteriormente predominantes nos grupos de rock - e da disseminação de um estilo mais pop, calcado especialmente em baladas.

Existem diversas opiniões sobre a real significância do rock feito no Brasil nesses anos. Alguns dizem que apenas copiava-se o que era feito no exterior. Outros, que houve mérito de se criar um “iê iê iê” nacional. Os dois lados não deixam de ter alguma razão, mas apesar das críticas recebidas ao longo do tempo, o rock “made in Brazi!” não deixou de dar sua contribuição em vários aspectos. A evolução ocorrida na indústria de instrumentos musicais (guitarras, baixo elétrico, etc.) e amplificadores, no começo dos anos 60, teve muito a ver com a crescente expansão da música da juventude. Embora não se disponha de estatísticas de venda de discos para esse período, é de se supor que a influência do rock brasileiro nesse mercado foi positiva. Por outro lado, não se deve esquecer das novas opções de lazer e hobby que foram propiciadas aos jovens, através da formação de conjuntinhos de rock, o que aconteceu em todos os cantos das grandes cidades.

Para finalizar, cabe ressaltar que a principal fonte utilizada para escrever este livro foi o acervo do projeto “Memória do Rock Brasileiro”, existente no Museu da Imagem e do Som de São Pauto (MIS-SP). que foi coordenado por mim, nos anos de 1984 e 85, e que se constitui num conjunto de depoimentos gravados com mais de 50 figuras ligadas ao rock dos anos 50 e 60. Busquei ainda o auxílio de publicações especializadas, sem falar, certamente, da minha própria experiência pessoal, vivenciada a partir de 1960 nos programas de rádio e TV de São Paulo, como cantor e compositor.

A intenção que norteou este trabalho foi a de destacar aspectos significativos de um determinado momento da música jovem brasileira, procurando tanto quanto possível todas as fontes disponíveis para tal. Creio que este foi o mesmo caminho seguido pelos companheiros colecionadores, no que diz respeito à discografia.

Espero que as informações aqui apresentadas possam vir a ser de utilidade para pesquisadores e estudiosos da música popular brasileira.

O Autor

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Humberto Gessinger - Pra Ser Sincero [2009]



Em 11 de janeiro de 1985, mesmo dia da abertura da primeira edição do Rock in Rio, Humberto Gessinger subia ao palco do auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS de cabelo new wave e bombacha, para o primeiro show de uma banda que tinha nascido para durar uma noite só. Era para ter se chamado Frumelo & Os Sete Belos, mas ninguém gostou, então os integrantes da banda resolveram fazer uma brincadeira com os estudantes de Engenharia e os surfistas que frequentavam o bar da universidade, que estava a pelo menos 100 quilômetros do mar. Engenheiros do Hawaii.

Vinte e cinco anos depois dessa estreia, Humberto Gessinger – que acompanhou todas as formações desde o primeiro show – lança neste livro seu olhar sobre a trajetória do grupo, sobre cada uma das composições e revela curiosidades e bastidores das gravações. Com fotografias inéditas, informações sobre cada um dos discos, letras comentadas e um diário de 1984 a 2009, Pra Ser Sincero é um livro sobre uma banda que era para ter durado uma noite só, mas que acabou escrevendo um capítulo da história do rock brasileiro, mesmo estando longe demais das capitais.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Humberto Gessinger - Nas Entrelinhas do Horizonte [2012]


Para ler online ou download clique aqui


Por Daiane Jardim em No Universo da Literatura

"Nas Entrelinhas do Horizonte" é um livro de crônicas, nas quais são mescladas temas vividos pelo autor e seus variados pensamentos. Em cada uma vemos a elegância e a qualidade literária pela qual foram compostas. O autor possui uma bela escrita, e sabe como conduzir cada palavra.

Em diversas crônicas vemos o passado se cruzando com o presente, ou seja, coisas que aconteceram com ele, que acontecem, e as lições ou pensamentos que tirou através destes.

Comecei a ouvir várias críticas positivas desse livro quando ele foi lançado, e confesso que a curiosidade havia me tomado, após me tornar parceira da Editora tive a oportunidade de conhecer esse livro, e para ser sincera, me surpreendi muito.

Não sou fã das músicas de Humberto Gessinger, mas saber seus pensamentos, um pouco também do seu modo de vida e alguns pontos de vista, me fizeram gostar mais da pessoa Humberto Gessinger, sim da pessoa, pois em suas crônicas vamos entendendo melhor sua paixão pela música, esta me pareceu inata a ele, não é apenas mais um hobby, é uma parte de si.

As suas divagações sobre coisas simples da vida, como o tempo, simples atitudes, demonstram seu olhar atento e observador. É próprio do gênero crônica, tomar fatos ocorridos no passado ou na atualidade e os narrar, porém dando a esses um enfoque mais emocional, literário, então coisas que poderiam parecer simplesmente normais são mostradas por outros ângulos por aquele que os narra.

A sensibilidade das palavras, as escolhas de cada uma, mostra a face de um homem já maduro, que aprendeu muito com o tempo, mas que ainda tem muito também a aprender. O toque de humor também faz parte desse gaúcho apaixonado por futebol, pela música e pela vida.

Gessinger mostrou-me que a vida de uma celebridade não são apenas flashs e sorrisos, e que isso faz parte do ofício, mas não é o essencial, a música, as palavras são mais importantes que isso, e ele sabe priorizar as coisas mais importantes de sua vida como o amor e a família.

Nas Entrelinhas do Horizonte superou minhas expectativas, foi uma leitura leve, cada crônica me fez refletir às vezes sobre mim mesma, e ver algumas coisas de uma forma que eu nunca havia visto antes. Todo o livro foi bem trabalhado, a revisão está bem feita, o autor escreve muito bem e demonstra ser um bom leitor, apaixonado por literatura. A diagramação também está impecável, as cores das páginas oscilando entre amarelo e preto, e as letras também oscilando entre essas cores, as fotos do cantor também ficaram ótimas, outra coisa que também gostei foi a qualidade do papel utilizado nas páginas.

Esse é um dos poucos livros de crônicas que me surpreenderam mesmo, quando terminei a vontade foi começar de novo, pois sei que a cada leitura irei descobrir coisas novas. Para quem ainda não conhece esse gênero, esse livro é ótimo para iniciar a leitura nesse estilo de narrativa, e para aqueles que ainda não conheciam o cantor tão bem, essa é uma oportunidade para conhecer o que as câmeras não mostram, o verdadeiro sentimento das pessoas e seus pensamentos.

Leitura recomendada, autor e editora de parabéns!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aline Ridolfi, Ana Paula Canestrelli e Tatiana K. de Mello Dias - Psicodelia Brasileria: Um Mergulho na Geração Bendita [2007]

Liberando a psicodelia brasileira: o livro agora está disponível online
Por eissoaibicho publicado em 27 de junho de 2012 no Psicodelica Brasileira

São mais de 200 páginas de relatos, fotos, recortes e letras de músicas dos artistas que compuseram a tal cena psicodélica brasileira dos anos 60 em diante.

Apuramos e escrevemos este livro em 2007, como nosso trabalho de conclusão de curso na Faculdade Cásper Líbero. Foram mais de 60 entrevistas feitas em vários estados do país e de todas as maneiras possíveis. São dezenas e dezenas de fotos, recortes e depoimentos de pessoas que acreditaram no nosso trabalho.

O TCC foi aprovado com nota 10 pela banca avaliadora. Imprimimos pouquíssimas cópias do livro e pensamos muito (quase cinco anos) antes de disponibilizá-lo na web porque ele foi, afinal, apenas um trabalho acadêmico.

Mas, mesmo depois de todo esse tempo, ainda recebemos semanalmente pedidos de acesso à obra. Costumamos responder caso a caso, mas desta vez resolvemos liberar para que o livro possa ser livremente consultado.

Como o trabalho foi feito com a confiança e o apoio das dezenas de entrevistados, que nos contaram preciosidades de suas vidas, optamos por restringir o acesso parcialmente: apenas a republicação e divulgação estão liberados. Qualquer outro uso (obras derivadas, fins comerciais) é vedado. Todas as imagens incluídas neste livro foram gentilmente cedidas por entrevistados e outros colaboradores para serem utilizadas exclusivamente neste trabalho acadêmico.

Não podemos deixar de agradecer também ao designer Thiago Silvestrini, que virou algumas madrugadas diagramando a obra em um projeto gráfico incrível.

Nós gostaríamos de ter dado um exemplar da obra para todo mundo que contribuiu com ela. Mas isso foi impossível. Então, virtualmente, aqui fica o nosso trabalho e a nossa gratidão. Esperamos que o livro ajude a reconstruir uma cena que ficou por muito tempo esquecida, e que inspire outras pessoas a redescobrirem o nosso passado, tão rico e interessante.


domingo, 14 de outubro de 2012

Arthur Dapieve - Renato Russo, o Trovador Solitário [2000]



Por Érika dos Anjos

A história de Renato Russo se confunde com o nascimento (ou renascimento) do rock brasileiro nos anos 80; se confunde com a garotada de Brasília, que fazia música e queria um Brasil diferente; se confunde com os milhões de fãs que a Legião Urbana cativou durante sua, curta, jornada e que idolatram a figura criada pelo seu líder.

Neste livro, Arthur Dapieve mostra que é um dos melhores biografistas da atualidade (ao lado do onipresente Nelson Motta) e cria um ambiente íntimo e musical para se falar sobre difícil personalidade de Renato Manfredini Jr. Desde a infância dividida entre a Ilha do Governador e os Estados Unidos até a morte, no apartamento da Rua Nascimento Silva, em Ipanema. E, principalmente, passando pela adolescência em Brasília, onde houve a explosão criativa do rock nacional.

O grande lance deste livro é que ele é muito musical, cheio de referências aos ídolos de Renato, que ele fazia questão de citar em todos os seus diálogos. Referências estas que vão desde a música clássica, com Bach e Wagner (o preferido de Renato), ao Punk do Sex Pistols. Além disso, o autor não se aprofunda na questão da homossexualidade e da Aids que vitimou o cantor, e sim, exalta o talento e as letras perfeitas que RR deixou para a sociedade.

Para quem gosta de biografias e, principalmente, de rock and roll, é um prato cheio!

Ficha técnica:
Livro: Renato Russo, o Trovador Solitário
Autor: Arthur Dapieve
Editora: Relume Dumará
Nº de páginas: 188
ISBN: 8500020962

Sinopse: Renato estava se sentido desconfortável no papel de novo porta-voz da juventude, ainda mais porque tinha perfeita consciência da responsabilidade social de um artista. Até então não se sentia à vontade para tratar de um tema como identidade sexual, dada a enorme parcela de crianças entre seus fãs. “Sou jovem de vinte e poucos anos, não sei nada da vida”, reclamava. “As pessoas bebem minhas palavras como água. E escrevo justamente poruqe não sei. Não quero que minha opinião sobre temas controvertidos, drogas, por exemplo, influencie outra pessoa.”

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nelson Motta - Vale Tudo O Som e a Fúria de Tim Maia [2007]

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* Felipe Tadeu

Quando a imprensa divulgou, anos atrás, que o jornalista Nelson Motta iria se encarregar de contar em livro a vida de Tim Maia, não tive dúvidas de que seria uma ótima biografia. Quando Nelson deixa de lado sua faceta de romancista para fazer o que realmente sabe - jornalismo musical -, o leitor sempre sai ganhando em termos de informação e entretenimento. Depois de acertar a mão em "Noites Tropicais" (2000), Nelson se superou com o recente "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", que ganhou as ruas sob a tutela da editora Objetiva. 

Seja ainda como compositor ou produtor de eventos inesquecíveis, Nelson Motta sempre foi um cara qualificado para tratar de música. Como escritor, sabe solar e arranjar, tendo um estilo muito envolvente de narrativa e a mente sempre aberta, sem nutrir preconceitos contra o pop. Nelson foi ainda por cima amigo de Tim Maia, com quem trabalhou e curtiu muitos baratos e dores de cabeça. 

O porte do biografado já era um dado que contava a favor do jornalista, pois Sebastião Rodrigues Maia, o líder máximo da legendária banda Vitória Régia, foi um artista personalíssimo no contexto da música brasileira: em português mais claro, um senhor figuraça. Descobridor dos sete mares, Tim cruzou o baião e o samba com gêneros antes incompatíveis como o soul e o funk norte-americanos, fazendo impor sua moral com aquele vozeirão abençoado com que cavava seu lugar no mundo.

Como um dos integrantes da turma do Bar Divino, na Tijuca, Rio de Janeiro, de onde saíram os reis da Jovem Guarda Roberto & Erasmo Carlos, além do seminal Jorge Ben (dentre outros), Tim sempre fôra um intérprete poderosíssimo. Habilidoso como compositor, freqüentou as paradas de sucesso durante quase toda a sua carreira, seja cantando baladas de amor ou soltando seus rojões de baile, sucessos absolutos como "Sossego", "Do Leme ao Pontal", "A Festa do Santo Reis" ou "Rodésia".

Nelson Motta acompanhou de perto a explosão de Tim Maia como cantor e também como encrenqueiro sindicalizado (seu mais corriqueiro delito era não comparecer a shows para os quais fôra contratado). Dos primeiros furtos inocentes na Tijuca à passagem pelas prisões nos Estados Unidos (onde Tim viu a cena black florescendo em plenos 60), o jornalista descreve a turbulenta saga do "síndico" com humor providencial, revelando momentos incríveis da vida de Tim, como de sua adesão à seita da Cultura Racional, com quem se meteu em 1975 e, inspirado, criou uma de suas obras-primas, o álbum duplo Tim Maia Racional, que foi relançado há pouco pela gravadora Trama.


A biografia relata também sobre o curioso movimento Black Rio, que existiu na cidade do samba nos anos 70 e reunia nomes que íam de Cassiano a Carlos Dafé, passando por Hyldon, pela Banda Black Rio, Os Diagonais e etc. Uma cena que ainda precisa ser abordada em livro exclusivo, tal a riqueza dos fatos musicais de então.


A leitura deste novo livro de Nelson Motta foi quase que ininterrupta, num deleite total para mim, o "espectador" na Alemanha. Devoram-se as 389 páginas da biografia com a mesma sanha com que Tim abria a geladeira para fazer seus lanchinhos épicos e sarar suas laricas. É um livro muito engraçado. 

"Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia" foi um presente e tanto que minha amiga Bete Köninger trouxe do Brasil, no meio de sua bagagem de máscaras de mergulhadora, tubos de oxigênio e pés-de-pato. Bete, sim, é que conhece o Azul da Cor do Mar.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lobão e Claudio Tognolli - 50 Anos a Mil [2011]

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De certa forma fiquei um pouco decepcionado com o livro pois ele não é transmitido toda irreverência que se encontra nas entrevistas do Lobão. Tirando isso o livro é bem interessante, a parte em que ele retrata seus dias na prisão é chocante.

Livro em formato ePub.