domingo, 30 de setembro de 2018

Tim Maia - Disco Club [1978]

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Por Topsify

Mesmo que você não esteja tão por dentro da carreira de Tim Maia, só precisa bater o olho nas faixas de "Disco Club" (1978) para entender toda a importância do álbum. Suas três primeiras canções, "A Fim de Voltar", "Acenda o Farol" e "Sossego", foram alguns dos maiores sucessos do cantor, e, hoje, o trabalho é considerado um dos mais importantes da sua carreira. Além de ter representado o histórico mergulho do soulman brasileiro na disco music, o álbum teve nas suas gravações alguns dos episódios mais conturbados do cara dentro de estúdio, nos quais a genialidade de Tim se sobressaiu a tudo e a todos! 

A simples escolha do cara por um álbum de disco music deu início às polêmicas, já que o estilo era visto pelos puristas como uma visão "branca" para gêneros de origem negra como funk e soul. Tim pensava diferente - via as batidas dançantes e os trajes extravagantes como algo "complementar" à sua cultura e não teve medo de assumir a responsabilidade, mostrando que também quebrava tudo no som das pistas! O caminho até o resultado final, porém, teve alguns percalços.

Tim reuniu um time de músicos realmente incrível em estúdio, desde o ainda jovem Pepeu Gomes até o cantor e compositor Hyldon e o produtor Guti Carvalho. No entanto, ainda faltava uma das partes mais importantes de qualquer trabalho de disco music: os arranjos orquestrais, que contagiavam tanto quanto as batidas ou as guitarras. Depois da recomendação de Guti, o cantor chamou o maestro argentino Miguel Cidras para trabalhar nos arranjos, mas o trabalho do portenho demorou para agradar o soulman - chegando a ocasionar o momento mais tenso do processo. 

Nas gravações das cordas de "Pais e filhos", capitaneadas por Cidras, Tim surtou com o que estava ouvindo e chamou Guti para conversar. O arranjo do argentino era muito semelhante à melodia da voz do cantor, deixando alguns momentos bastante confusos - não dava para diferenciar se era Tim cantando ou os instrumentos ressoando. Segundo o biógrafo Nelson Motta, o soulman falou exatamente: "Pô, Guti, já te falei pra não chamar esse cara, mermão. Ele faz esses arranjos quatro-quatro-meia e assim não dá pra cantar.” O grande problema é que o produtor havia esquecido o microfone do estúdio aberto, e Cidras e a orquestra inteira ouviram a reação do cantor.

No linguajar de Tim, "quatro-quatro-meia" significava algo "menor que cinco", pior que mais ou menos/medíocre - e todos sabiam o que o cara queria dizer. Depois das frases, a reação de Miguel Cidras foi imediata: ele saiu de dentro do estúdio gritando com Tim e o derrubou, começando uma confusão generalizada. Os ânimos demoraram a se acalmar, com os dois se debatendo no chão e xingando um ao outro. Quando enfim pararam, toda a equipe foi para uma salinha separada e passou por uma verdadeira DR, de onde saíram conclusões essenciais para a finalização do álbum. 

O cantor resolveu chamar o lendário maestro brasileiro Lincoln Olivetti para o restante das faixas, e os arranjos novos realmente se mostraram melhores - mais sofisticados, mas sem deixar de grudar na cabeça. No fim das contas, metade do disco ficou com o trabalho de Cidras e a outra com o de Olivetti - e uma verdadeira obra-prima nasceu. 

Tim Maia era assim: do meio da confusão e de mil polêmicas, emergia a genialidade! 


A1 - A Fim De Voltar
(Hyldon, Tim Maia)
A2 - Acenda O Farol
(Tim Maia)
A3 - Sossego
(Tim Maia)
A4 - Vitória Régia Estou Contigo E Não Abro
(Tim Maia)
A5 - All I Want
(Tim Maia)
B1 - Murmúrio
(Cassiano)
B2 - Pais E Filhos
(Arnaud Rodrigues, Piau)
B3 - Se Me Lembro Faz Doer
(Tim Maia)
B4 - Juras
(Tim Maia)
B5 - Jhony
(Tim Maia)

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Tim Maia [1977]

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8º álbum do síndico, um excelente álbum, vindo na mesma vertente do álbum anterior, muito Soul Groove e Funk, o destaque do álbum foi "Pense Menos", tema da Telenovela "Sem Lenço, Sem Documento" de 1977, "Venha Dormir em Casa" e "Não Esquente a Cabeça", foram sucesso garantido, o que rendeu uma grana para o Tim poder prensar o seu álbum em Inglês em 1978. os grooves são: "Verão Carioca" e "Flores Belas", mas no geral muito bom.


A1 - Pense Menos
(Paulinho Guitarra, Tim Maia)
A2 - Sem Você
(Paulinho Guitarra, Tim Maia)
A3 - Verão Carioca
(Paulinho Guitarra, Paulo Roquete, Reginaldo Francisco, Tim Maia)
A4 - Feito Para Dançar
(Paulinho Guitarra)
A5 - É Necessário
(Tim Maia)
A6 - Leva O Meu Blue
(Tim Maia)
B1 - Venha Dormir Em Casa
(Tim Maia)
B2 - Música Para Betinha
(Carlos Simões, Paulinho Guitarra, Reginaldo Francisco, Tim Maia)
B3 - Não Esquente A Cabeça
(Carlos Simões, Tim Maia)
B4 - Ride Twist And Roll
(Tim Maia)
B5 - Flores Belas (Instrumental)
(Tim Maia)
B6 - Let It All Hang Out
(Tim Maia)

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Sérgio Ferraz - Concerto Armorial [2014]

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Por Sérgio Ferraz em Tratore

Concerto Armorial é o quinto CD do violinista e compositor pernambucano, Sérgio Ferraz. Neste CD, Ferraz apresenta seu Concerto Armorial para violino e orquestra composto e solado pelo próprio Sérgio Ferraz e acompanhado pela Orquestra de Câmara de Pernambuco. O concerto divide-se em três partes, cada qual com um ritmo característico pernambucano. Essa obra foi dedicada ao Escritor Ariano Suassuna. Além do Concerto, destaca-se também a Suite Ibérica, para violino, violão flamenco e percussão. Também a Suite Mouresca-Nordestina para rabeca e percussão e a Sarabanda Mouresca para rabeca solo.


1 - Travessia e Tormenta
2 - Festa na Aldeia
3 - A Chegada (Saudade)
4 - Sonata Romanesca
5 - Cortejo (abertura)
6 - Cantiga e Dança
7 - Armoriando
8 - Sarabenda Mouresca
9 - Mestre Salu (Brincadeira)
10 - Lamento
11 - Zumbi

sábado, 22 de setembro de 2018

Sérgio Ferraz - Dançando Aos Pés de Shiva [2011]

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Por Sérgio Ferraz em Tratore

Dançando aos Pés de Shiva é o primeiro trabalho solo do violinista e compositor pernambucano Sérgio Ferraz. O CD contem 12 faixas autorais e foi todo produzido, arranjado e executado pelo próprio Sérgio que além do violino elétrico toca também no CD piano e teclados. O trabalho conta ainda com a participação do percussionista Jerimum de Olinda em 6 músicas do CD. Trata-se de um trabalho instrumental onde o violino elétrico é o instrumento solista explorando diversos timbres, e dialogando com a percussão.


1 - O Caminho Iniciático
2 - A Sublime Ciência e O Soberano Segredo - part 1
3 - A Grande Batalha de Arjuna
4 - O Conselho de Krishna
5 - Lamento
6 - Zumbi
7 - Deus dos Ventos
8 - Ventos Solares
9 - A Sublime Ciência e O Soberano Segredo - part 2
10 - Xaxado Eletroacústico

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Cálix - Caminhante [2017]

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Um ser que se move, que vai em frente. Não há espaço pra outra imagem quando o nome caminhante é dito. É direto, sonoro, um sopro adiante. Como o mais novo trabalho do Cálix. Um calejado caminhante sabe como poucos usufruir de tamanha liberdade. Como nos versos da faixa-título: “Não vá duvidar de onde quer chegar. Tudo está em seu lugar. O que foi e o que será.” E é exatamente o que o quarteto experimenta nesse novo disco, que alterna as passadas entre o inglês e o português, podendo se dar ao luxo de encerrar a jornada com um tema instrumental com título em espanhol – Passeo por los Campos de Maiz. Seria um rock progressivo de curta duração ou um sonho delirante com a concisão de uma pop song?

Um caminhante costuma carregar uma bagagem de vida que ninguém vê. Afinal, seria ele um andarilho, um trabalhador, um sonhador, um fugitivo? Ou um pouco de tudo isso? Cada um que use seu leque pessoal de referências pra tentar decifrar os diferentes trechos percorridos por esse organismo vivo cheio de histórias, notas, acordes e segredos, traduzidos em música de ontem, hoje e sempre, aliás, o que melhor define algo ou alguém que está em progressão, caminhando sem parar.


1 - Barco À Vela
2 - Can You See It?
3 - Não Vou Além
4 - Mil Coisas
5 - Caminhante
6 - Go For it
7 - Sempre Assim
8 - Magic Summer
9 - Duality
10 - Valsa Pagã
11 - Passeo Por Los Campos De Maiz

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Egberto Gismonti - Sol do Meio Dia [1978]

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Por Márcio Aquino em Palavras Domesticadas

Egberto Gismonti é um músico que sempre me chamou a atenção. Seu trabalho é riquíssimo, e transita por várias vertentes musicais com grande desenvoltura. Multiinstrumentista, compositor e arranjador dos mais respeitados aqui e no exterior, Egberto tem uma discografia em que podemos encontrar diversas obras-primas. Possuo uma boa parte dessa discografia em vinil, e poderia enumerar vários de seus discos, mas vou destacar Sol do Meio Dia, de 1978. Na ocasião de seu lançamento, o crítico Roberto Muggiati escreveu a seguinte resenha, para a revista Manchete, intitulada O Xingu em Oslo:

"Não se pode falar no novo Lp de Egberto Gismonti, Sol do Meio Dia (EMI-ODEON), sem mencionar Manfred Eicher, dono das Edições de Música Contemporânea (ECM) e produtor deste álbum, gravado em Oslo. Esse jovem alemão, que já foi contrabaixista da Filarmônica de Berlim, lançou uma nova filosofia no mercado fonográfico: produzir 'música através de composições improvisadas espontâneas, em vez de colocar tudo no papel para ser executado por um intérprete clássico acadêmico'. Não só seu lema deu certo, como a ECM criou até um som próprio, embora dê aos músicos a maior liberdade, a ponto de permitir as edição de coisas como um álbum de dez LPs de Keith Jarrett, feitos exclusivamente de solos de piano. Chick Corea, Gary Burton, Pat Metheny e Jack Dejonette são outros jazzmen que separam o seu trabalho mais comercial, feito nos EUA, da parte pura que fazem, geralmente na Europa, com a ajuda de Eicher - e ajudando-o, também, pois a ECM se tornou um sucesso.

Depois de Dança das Cabeças, Eicher volta a Gismonti. E outros ecemistas acompanham o brasileiro neste Sol: Jan Garbarek (sax), Ralph Towner (violão), Collin Walcott (tabla) e Naná Vasconcelos (percussão). Gismonti toca violão, piano, flauta de madeira e canta. Esse LP coloca a questão típica nos casos dos álbuns da ECM: seria jazz? Parece ser música de vanguarda, sem a camisa-de-força de rótulos mais específicos.

Assim como Jarrett na ECM se afasta das raízes do jazz e pende mais para o erudito, Gismonti parece se distanciar do que seriam as raízes desse LP - 'dedicado a Sapaim e os índios do Xingu' - para operar num nível musical mais elaborado. Como ele mesmo escreve no Jornal Caipira que acompanha o disco, 'tem uma brecha entre a razão e a loucura/o acabado e o provisório/a natureza e a cultura/a vida e a arte. Vamos procurar'."


A1 - Palácio De Pinturas / Construçao Da Aldeia
A2 - Raga / Festa Da Construção
A3 - Kalimba / Lua Cheia
A4 - Coração / Saudade
B1 - Café
B1.1 - Procissão Do Espírito
B1.2  - Sapain / Sol Do Meio Dia
B1.3 - Dança Solitária No. 2 / Voz Do Espírito
B1.4 - Baião Malandro / Fogo Na Mata / Mudança

domingo, 16 de setembro de 2018

Egberto Gismonti - Solo [1979]

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A1.1 - Selva Amazonica
A1.2 - Pau Rolou
A2 - Ano Zero
B1 - Frevo
B2 - Salvador
B3 - Ciranda Nordestina

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Egberto Gismonti - Carmo [1977]

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A1 - Baião Malandro
A2 - Café
A3 - Educação Sentimental
A4 - Apesar De Tudo
A5 - Bodas De Prata
B1 - Raga
B2 - Feliz Ano Novo
B3 - Calypso
B4 - As Primaveras
B5 - Cristiana
B6 - Carmo/Hino Do Carmo/Ruth

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Hyldon - As Coisas Simples da Vida [2016]

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Por Deck

Nos seus mais de 40 anos de carreira, Hyldon ajudou a escrever a história da soul music brasileira. Cantor, compositor, produtor, arranjador e musicista, ele lança no próximo mês, pela Deck, o álbum de inéditas “As Coisas Simples da Vida”.

O disco traz 10 músicas, todas produzidas e assinadas por Hyldon, sendo algumas com parceiros como Cris Delanno, Alex Moreira, o pianista Luiz Otávio e Alex Malheiros. “É um álbum que fala da família, da amizade, das memórias afetivas e das paixões. Esse disco tem muito de mim, todas as letras são minhas e, depois da experiência do último disco, 3 anos atrás, neste eu imprimi mais a minha marca, tanto na concepção musical como na produção. Deu muito trabalho, e agora que está pronto, me traz muito orgulho. Sensação de dever cumprido. ” – conta Hyldon.

O trabalho gráfico foi feito pelo designer Flavio Albino e pelo fotógrafo Daryan Dornelles, que captaram o espírito do disco. Além dos responsáveis pela arte, a banda que acompanhou Hyldon foi fundamental no projeto. “A participação dos excelentes músicos que trabalham comigo e se doaram ao projeto como se fosse seus próprios discos fez toda diferença. Levamos exatamente um ano nesse processo. É quase um disco de banda e o legal disso é que depois estaremos juntos no palco pra celebrarmos com o público nossas aventuras musicais” – conclui Hyldon.


1 - As Coisas Simples da Vida
2 - Depois do Inverno
3 - Música Bonita
4 - Um Trem Para Bangu
5 - Sábado Passado
6 - Papai e Mamãe
7 - O Raio do Amor
8 - Nosso Lar é Onde o Amor Morar
9 - Não Molhe os Olhos
10 - Todo Mundo é Dono Da Rua

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Gerson King Combo - Soul da Paz [2009]

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1 - Deixe Sair O Suor
(Berico)
2 - Estou Voltando
(Djama Oliveira, Gerson King Combo, Tadeu Fernandes)
3 - Comunidade Positiva
(Berico)
4 - Eu Vou Pisar No Soul
(Djama OliveiraGerson King ComboTadeu Fernandes)
5 - Desce Daí
(Elcio, Gerson King Combo, J. Luiz, Pedrinho)
6 - Voltei A Ser Feliz
(Djama OliveiraGerson King ComboTadeu Fernandes)
7 - Soul Da Paz
(Berico)
8 - Vida De Favela
(Djama OliveiraGerson King ComboTadeu Fernandes)
9 - Pega
(Djama OliveiraGerson King ComboTadeu Fernandes)
10 - Bala Perdida
(Djama OliveiraGerson King ComboTadeu Fernandes)
11 - Good Bye
(D. Luiz, Nixon)

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Gerson King Combo - Mensageiro da Paz [2001]

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Por Pedro Alexandre Sanches em Folha de S.Paulo

Houvesse nascido nos Estados Unidos, Gerson King Combo seria um pioneiro do rock feito Little Richard ou Chuck Berry, coberto de glória, aposentado, sumido e entupido de grana.

Aqui a sina é diferente, não só pelo subdesenvolvimento geral da nação como também porque ele foi um dos artistas que bateram pé em ser simplesmente americanizados, sem aderir aos cliques geniais de Jorge Ben e Tim Maia, que casaram blues e samba e funk e baião e soul e MPB.

"Mensageiro da Paz" traz de volta, tão tardiamente, aquela maneira peituda de ser. O funk é funk mesmo, sem caprichos de samba, muito menos do "funk" alienígena carioca.

Rende desde regravações ok das antiguidades até a pequena catarse moderninha de "Tudo É Possível" e o funk agora calmo e maduro da faixa-título, dividida com vocais inteiraços de Sandra de Sá, outra desgarrada do movimento black Brasil

Os esboços de reagregação da nação black da MPB por Gerson provam-se frutíferos, e a participação da quase sempre perdida Cidade Negra, na militante "Força e Poder", resulta em outro dos belos momentos do CD.

Os grooves de soul e funk orientam também a postura política pelo igualitarismo de Gerson. Se em 77 ela era ainda medrosa, algo subserviente ("os blacks não querem ofender a ninguém", cantava "Mandamentos Black", meio se desculpando pelo "atrevimento" de pedir espaço), na divertida "Desce Daí" King Combo solta todos os bichos.

Passa pito em surfistas de trem e torcidas violentas, chama skinhead de "nazista bundão", acha que pitboys e carecas têm "mais é que dar o... não sei o quê" e cria o funk simpatizante, achando que "quem gosta de comer, come, quem gosta de dar, dá, e tá tudo certo". Uma resposta velada a "Vale Tudo", de Tim Maia?

Sim ou não, fato é que a sombra de Tim assusta um pouco "Mensageiro da Paz". O lado baladão, hipertrofiado aqui, torna inevitáveis as comparações, e fica evidente que a voz de Gerson não tem, nem de longe, o alcance da do herói morto.

Seja como for, no balanço Gerson King Combo faz sua reestréia de queixo erguido. Não tem o status, o volume de obra e a conta bancária de James Brown ou George Clinton, mas dignidade, tino e coerência não se contam em dólar, mesmo.


1 - Brigas
2 - Mensageiro Da Paz
3 - Desce Ai
4 - Mandamentos Black
5 - Não Avance O Sinal
6 - Tudo E Possível
7 - Força E Poder
8 - Problema Social
9 - Eu Soul
10 - Uma Chance
11 - Persornal Trainer
12 - Só O Tempo
13 - Funk Brother Soul
14 - Pesornal Trainer (Play Back)

domingo, 9 de setembro de 2018

Gerson Combo e A Turma do Soul - Brazilian Soul [1970]

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Por Fabiano Oliveira em Woodstock Sound

“Mais uma “pérola escondida” da música brasileira.

Quando esse disco foi lançado, o excêntrico e genial Gerson King Combo estava iniciando sua carreira e ainda buscava uma identidade. Naquele momento, seu cartão de visita era o fato de ser irmão do “Negro Gato”, o compositor Getúlio Côrtes e claro, por ter sido vocal de apoio de Wilson Simonal, Erlon Chaves e feito parte do grupo Fórmula 7. 

A idéia era aproveitar ao máximo o momento favorável da cena Black Music (e do Soul) aqui no país e também a certa popularidade de Gerson nos bailes blacks carioca. Para tal façanha, Gerson (e a gravadora) convocou os ótimos músicos da Turma do Soul para acompanhá-lo, além de Amaro e Os Diagonais que também participaram das gravações.

Em alguns anos, Gerson King Combo seria reconhecido com o “James Brown Brasileiro”, inclusive, com a admiração do próprio. Teve vários sucessos autorais que tocaram por muitos bailes do país em meados dos anos 70, como “Jingle Black” e “O Rei Morreu”, mas em Brazilian Soul, a fórmula escolhida (com muita esperteza) foi a de fazer versões, numa roupagem bem especial, de clássicos da música brasileira.

No primeiro instante, alguns podem ser assustar com o repertório do disco, com “O Teu Cabelo Não Nega” (Lamartine Barbo), “Mal-me-Quer” (Cristóvão de Alencar) e “Mulher Rendeira” (Zé do Norte). Ocorre que as versões são tão boas que essa resistência vai embora bem rápido, e o ouvinte, sem perceber, acaba curtindo o suingue dessas canções tão especiais.

As melhores releituras são “Quero Voltar Pra Bahia” (Paulo Diniz), “O Xote das Meninas” (Luiz Gonzaga) e “Is That Law” (Marcos Valle), mas vale citar também “Na Baixa do Sapateiro” (Ary Barroso), “Aos Pés da Santa Cruz” (Marino Pinto) e “Primavera” (Cassiano e Silvio Rochael, interpretada originalmente por Tim Maia).

Com o tempo, essa obra se tornou um dos grandes tesouros entre os apreciadores da boa música, inclusive no exterior. O LP é algo raríssimo, muito difícil de encontrar, assim como os demais álbuns do Gerson King Combo. Claro, quem tem o disco não se desfaz justamente por ser algo único e belo, muito rico em harmonia.

Vale a pena conferir esse trabalho, será no mínimo satisfatório. 

Viva Gerson King Combo, o artista que sempre acreditou no poder do Soul e da Black Music e pôde mostrar ao mundo sua música.”


A1 - Mulher Rendeira / Juliana / Fiz A Cama Na Varanda (Gerson Combo e Os Diagonais)
(António Adolfo, Dilú Mello, Hervé Cordovil, Ovidio Chaves, Tiberio Gaspar)
A2 - Aos Pés Da Santa Cruz (Gerson Combo e A Turma Do Soul)
(José Gonçalves, Marino Pinto)
A3 - Quero Voltar Pra Bahia (Gerson Combo e A Turma Do Soul)
(Odibar, Paulo Diniz)
A4 - Eu Sonhei Que Tu Estavas Tao Linda (A Turma Do Soul)
(Francisco Mattoso, Lamartine Babo)
A5 - Na Baixa Do Sapateiro (Gerson Combo e A Turma Do Soul)
(Ary Barroso)
A6 - Demais / Ninguém Me Ama / Ternura Antiga (Amaro e Os Diagonais)
(Aloysio De Oliveira, Tom Jobim, Antônio Maria, Dolores Duran, Fernando Lobo, J. Ribamar)
B1 - Xote Das Meninas (Gerson Combo e A Turma Do Soul)
(Luiz Gonzaga, Zé Dantas)
B2 - Is That Law (Gerson Combo e A Turma Do Soul)
(Marcos Valle, P. S. Valle)
B3 - Prece Ao Vento / Nunca Mais (A Turma Do Soul)
(A. Pires Vermelho, Dorival Caymmi, Fernando Luiz Câmara, Gilvan Chaves)
B4 - Mal Me Quer / Jardineira (Gerson Combo e A Turma Do Soul)
(Benedito Lacerda, Christóvão De Alencar, Humberto Pôrto, Newton Teixeira)
B5 - Teu Cabelo Nao Nega / As Pastorinhas (A Turma Do Soul)
(Irmãos Valença, João De Barro, Lamartine Babo, Noel Rosa)
B6 - Primavera (Amaro e Os Diagonais)
(Cassiano, Silvio Rochael)

sábado, 8 de setembro de 2018

Marcos Roberto [1970]

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Também a pedido do colega Reginaldo Joaquim, disponibilizo o álbum de 1970 do Marcos Roberto. Se na postagem anterior do álbum de 1966 Marcos ainda transitava pela rock da jovem-guarda, nesse álbum ele trabalha exclusivamente na linha romântica.  A canção "Escreva-me" obteve enorme sucesso na época. Esse álbum foi relançando recentemente pelo selo Discobertas.


A1 - Qualquer Dia
A2 - Olha
A3 - Alguém Mentiu
A4 - Esperando
A5-  Não Vá Chorar Depois (Saved By The Bell)
A6 - Que Me Importa A Saudade
B1 - Eu Jurei
B2 - Você Está Livre
B3 - Quisera
B4 - Pra Sempre
B5 - Nada
B6 - Escreva-me

Marcos Roberto [1966]

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A pedido de Reginaldo Joaquim, leitor do blog, compartilho esse álbum do Marcos Roberto com vocês. Álbum bem datado pela jovem-guarda que transita entre rock em música romântica. Não conhecia o artista mas para mim foi uma agradável experiência. 


A1 - Agora é Tarde
A2 - Vá Embora Daqui
A3 - Olhos Tristes
A4 - Bronca
A5 - Indiferença
A6 - Canção do Amor Perdido
B1 - Entre Sem Bater
B2 - Onda de Cangurú
B3 - Anjo Meu
B4 - Súplica
B5 - Fim de Sonho
B6 - Menina Sonho

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Anjo Gabriel - Resiliência/ClarAlice [2017]

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A banda Anjo Gabriel, de Recife, está de volta com músicas inéditas e que prometem desconcertar os amantes de krautrock progressivo psicodélico. “Resiliência” e “Claralice” compõem o compacto de 7 polegadas lançado em maio de 2017.

Em atividade desde 2005 e com dois discos lançados, "O Culto Secreto do Anjo Gabriel" (2011) e "Lucifer Rising" (2013), Anjo Gabriel ressurge após um ano e meio de recesso com nova formação: Marco da Lata (baixo), Júnior do Jarro (bateria), Diego Drão (órgão, sintetizador e theremin), Phillippi Oliveira (Guitarra) e Amarelo (Percussão).

A produção das duas novas músicas começou em 2016, em Recife, durante a IPA Sessions, gravadas numa cervejaria da cidade. Como explica o baixista Marco da Lata, neste processo a banda escreveu novas composições e recuperou algumas que nunca foram finalizadas. “Estamos testando um formato em que iremos lançar vários compactos com as músicas do que será o novo disco que pretendemos gravar em 2018”, conta.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Soulspell - A Teoria de Tudo [2017]


Links oficiais Fase 1, Fase 2, Fase 3, Fase 4


Por Rodrigo em Action Nerds

Lançado em janeiro, a banda SoulSpell fez algo grandioso em homenagem ao compositor holandês Arjen Anthony Lucassen, criador do projeto Ayreon, inclusive com autorização e apoio do próprio. Tanto é que o instrumental do álbum é o original do The Theory Of Everything e foi cedido pelo Arjen para contribuir com essa “loucura” que o SoulSpell fez.

A banda prestou um dos maiores tributos que já se tem notícia, com a mente do baterista e criador do SoulSpell, Heleno Vale. Eles interpretaram o álbum por completo em português em 1h30 de muita qualidade. O SoulSpell apresenta a obra de Arjen, com uma mistura de fotografia, atores, música, letras e mensagens explicando cada detalhe, mostrando o quanto a obra de Arjen é grandiosa. E o SoulSpell fez tudo para engrandecer ainda mais o álbum.

Os vocalistas envolvidos neste projeto são: Pedro Campos (Hangar) como O Prodígio; Jefferson Albert (O Rival); Victor Emeka (O Pai); Cassiano Rocha (O Professor); Daniel Guirado (O Psiquiatra) e a dupla que considero as melhores vozes femininas do heavy metal brasileiro: Daísa Munhoz (Vandroya) como A Garota e Manuela Saggioro como A Mãe, com uma interpretação impecável.

SoulSpell Metal Opera – A Teoria de Tudo está disponível em seu canal oficial do Youtube, inclusive com links pra download do áudio, ou seja, um presente da banda para os fãs tanto do SoulSpell, quanto do Ayreon.
Aconselho reservar seu tempo para assistir a esse vídeo, para ver e ouvir todos os detalhes desta homenagem, e aguardar o novo álbum do SoulSpell e do Ayreon que estão prestes a serem lançados.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Mensageiros do Vento - Anunnaki [2016]

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Já está disponível na Internet o filme ANUNNAKI – Mensageiros do Vento, a primeira ópera rock em desenho animado do Brasil e do mundo, outra novidade que só podia mesmo acontecer na Bahia! O projeto, que foi selecionado no Edital de Música do Fundo de Cultura e patrocinado pela Secretaria de Cultura da Bahia, conta com o apoio do Athelier PHNX, da Servdonto do Massa Sonora Estúdio e da Staner Audioamérica.

A história do filme é inspirada nos estudos de Zecharia Sitchin e outros grandes pesquisadores da Suméria, a primeira civilização humana conhecida. As tabuletas sumérias, que só muito recentemente foram traduzidas, representam o mais antigo registro histórico conhecido, apresentando uma versão muito desafiadora sobre as origens da humanidade. A trilha sonora do filme é composta por 28 faixas, que contam a saga dos Anunnaki, palavra suméria que significa “aqueles que do céu para a terra vieram”. De acordo com as tabuletas, os Anunnaki vieram ao nosso planeta em busca de ouro, há muitos milhares de anos. E foi assim que incidentalmente criaram a raça humana, ao misturar os seus genes com os de uma primitiva espécie nativa.

O filme é dirigido por Fabrício Barretto, que também compôs todas as músicas da trilha sonora juntamente com seu irmão Fabio Shiva. Esta mesma dupla de compositores foi responsável por outra ópera rock marcante: o álbum VIDA – The Play of Change, da banda Imago Mortis, lançado internacionalmente e recentemente considerado pela Revista Roadie Crew um dos melhores discos de heavy metal já gravados no Brasil.

A banda Mensageiros do Vento é formada por Fabrício Barretto (voz e guitarra), Julio Caldas(guitarra), Fabio Shiva (baixo) e Thiago Andrade (bateria). Richard Meyer é o produtor artístico do projeto. A produção executiva é de Analu Franca. Muitas participações especiais de artistas convidados abrilhantam ainda mais a trilha sonora: Luciano Campos, Carlos Lopes, Tassio Bacelar, Kiko Souza, José Rios, Kekedy Lucie e Eneida Lima.


SINOPSE: ANUNNAKI - Mensageiros do Vento é uma Ópera Rock em desenho animado. A história é livremente inspirada nas traduções das antigas tabuletas de argila da Suméria, tidas por muitos como a primeira civilização humana. O filme conta a saga dos Anunnaki, “aqueles que do céu para a terra vieram”, tal como é contada nas tabuletas sumérias. Vindos de Nibiru, os Anunnaki buscam o ouro da Terra para solucionar o desequilíbrio na atmosfera de seu planeta natal. E assim criam a espécie humana, ao misturar seus genes a uma raça nativa, com o objetivo de obter trabalhadores para as minas de ouro. Então uma nova aproximação de Nibiru provoca um dilúvio que quase extermina a humanidade, que logo em seguida enfrenta outro grave perigo: disputas de poder entre os Anunnaki, culminando na deflagração de armas nucleares.

domingo, 2 de setembro de 2018

Belchior [1974]

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Por Mauro Ferreira em G1

Equivocadamente citado com o nome de Mote e glosa em vários textos publicados em mídia impressa e digital, o primeiro álbum do cantor e compositor cearense Antonio Carlos Belchior (1946 – 2017) volta ao catálogo simultaneamente nos formatos de LP e CD, ambos com lançamento previsto para este mês de março de 2018. Intitulado tão somente Belchior, o álbum foi lançado originalmente em 1974 pela extinta gravadora Chantecler.

Fabricado em vinil de 180 gramas, o LP chega às lojas dentro da série Clássicos em vinil. Já o CD virá embalado na caixa Tudo outra vez, produzida por Renato Vieira com remasterizadas edições em CD dos seis álbuns do artista – Belchior (1974), Coração selvagem (1977), Todos os sentidos (1978), Belchior (1979), Objeto direto (1980) e Paraíso (1982) – que pertencem ao acervo da gravadora Warner Music.

Lançado sem repercussão na época, o primeiro álbum de Belchior apresentou a gravação original de Todo sujo de batom, música erroneamente grafada na capa original do álbum como Todo sujo de baton. Já a composição A palo seco tinha sido lançada por Belchior em obscuro compacto de 1973 enquanto Na hora do almoço tinha sido defendida em festival exibido em 1971 pela extinta TV Tupi.

O repertório do álbum Belchior inclui pérolas raras como Passeio, pescada pela cantora conterrânea Amelinha para o repertório do álbum De primeira grandeza – As canções de Belchior (2017), lançado em outubro do ano passado.


A1 -  Mote E Glosa
A2 - A Palo Seco
A3 - Senhor Dono Da Casa
A4 - Bebelo
A5 - Máquina I
B1 - Todo Sujo De Batom
B2 - Passeio
B3 - Rodagem
B4 - Na Hora Do Almoço
B5 - Cemitério
B6 - Máquina II

sábado, 1 de setembro de 2018

A Barca do Sol - Pirata [1979]

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A1 - Vô Mimbora Pro Sertão
(Domínio Público)
A2 _ Tereza Boca Do Rio
(Geraldo Carneiro, Fernando Carneiro)
A3 - Mercado Das Flores
(Geraldo CarneiroFernando Carneiro)
A4 - Cavalo Marinho
(Cacaso, Fernando Carneiro)
A5- Memorial Day
(Jaques Morelenbaum, Fernando Carneiro)
A6 - Jardim Da Infancia
(Jose R. Resende, Geraldo Carneiro, Fernando Carneiro)
B1 - Desencontro
(João Carlos Pádua, Fernando Carneiro)
B2- Estrêla
(João Carlos Pádua, Fernando Carneiro)
B3 - Manoel
(Geraldo Carneiro, Mauricio Costa)
B4 - Rio Preto
(Alain Pierre De Magalhães)