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domingo, 6 de outubro de 2019

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Selvagens à Procura de Lei - Na Maloca Dragão [2019]

Yandex 320kbps


1. Dois De Fevereiro
2. Massarrara
3. Amigos Libertinos
4. Juventude Solitude
5. Enquanto Eu Passar na Sua Rua
6. Carrossel em Câmera Lenta
7. Lua Branca
8. Gostar Só Dela
9. Mar Fechado
10. Sr. Coronel
11. Bem-Vindo ao Brasil
12. Guetos Urbanos
13. O Que Será o Amanhã
14. Jamoga
15. Doce/Amargo
16. O Amor é um Rock 2
17. Despedida
18. Tarde Livre
19. Brasileiro
20. Mucambo Cafundó

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Selvagens À Procura de Lei [2013]



Por David Oaski
publicado em 27 de agosto de 2013 no Ideologia Rock

Todos aqueles que acompanham de perto o mundo do rock se depararam nos últimos dias em portais de notícias, blogs, rádios online e afins com o nome de uma banda cearense que acaba de lançar seu segundo e mais recente álbum: Selvagens À Procura de Lei.

Por ter sido elogiada por grandes nomes do rock nacional, como Dinho Ouro-Preto, Tico Santa Cruz e Dado Villa Lobos, a banda vem sendo taxada como a nova salvadora da lavoura do rock nacional, carga de responsabilidade exagerada e desnecessária a ser carregada pelos rapazes.

O Selvagens À Procura de Lei (ou SAPDL) foi formado em 2009 e conta com Rafael Martins (vocalista e guitarrista), Gabriel Aragão (vocalista e guitarrista), Caio Evangelista (baixo) e Nicholas Mgalhães (bateria). 

Desde o início a banda se diferencia por mesclar influências de rock com MPB, música nordestina e soul music. Mesmo que no início essas influências não transparecessem no som da banda, os caras fizeram questão de mostrar seu amadurecimento no aguardado lançamento de seu segundo álbum, o primeiro por uma grande gravadora, a Universal.

O álbum se desenvolve através de um teor melancólico, com melodias mais arrastadas como em “Despedida”, que possui ótimo auxílio nos vocais do baterista Nicholas e como o nome sugere narra o triste fim de um relacionamento. “Sr. Coronel” tem um quê de soul, com teclados permeando a melodia, assim como “Crescer Dói”. Já “Mar Fechado” é uma canção triste, que lembra o Los Hermanos e possui um belo solo de guitarra. 

A banda se mostra muito entrosada com as guitarras costurando o embrião das melodias, transpirando energia e disposição e a cozinha se mostra coesa, mostrando a química entre os integrantes. Tal química é vista transbordar nos pontos altos do play: “Massarrara”, que lembra o indie rock do começo dos anos 2000, de Strokes, Arctic Monkeys e Franz Ferdinand; “Brasileiro” é o primeiro single e possui ótimo riff e letra, que mostra algumas características não tão invejáveis de nosso país e nosso povo; “Enquanto Eu Passar Na Sua Rua” é uma balada pop com ótimo refrão, bela melodia e vocais entrelaçados em vários momentos; e “Mucambo Cafundó” traz à tona toda vocação pro rock dos nordestinos, cujo título se refere a um personagem e suas desventuras na terra natal da banda, Fortaleza.

A diversidade de influências e maturidade da banda ainda é notada na viajante e psicodélica melodia de “Juventude Solitude”, na melodia que remete à Weezer de “Carrossel Em Câmera Lenta” e na balada também repleta de teclados com visão otimista fechando o disco “O Amor Existe, Mas Não Querem Que Você Acredite”.

Tenho visto um misto de reações ao se analisar o álbum do SAPDL, de forma que muitos esperando ouvir a salvação do rock nacional se mostram frustrados. Outros exaltam a banda como tal e a compara à geração de ouro do rock feito no Brasil nos anos 80. A meu ver, as análises não podem ir nem tanto ao céu, nem tanto a terra, pois se trata de uma banda recente, que já se mostrou talentosa e promissora, porém por ainda estar no seu segundo lançamento, o primeiro com produção mais elaborada e que marca a mudança da banda para as grandes metrópoles, ainda tem muito a evoluir.

Particularmente, prefiro a pegada rock das canções dos cearenses em relação à melancolia, no entanto a banda tem o mérito de retratar de forma plausível e original os anseios e angústias do jovem brasileiro moderno, já que esse segmento é muito mal abordados pelos seus contemporâneos que narram dramas de Facebook e shopping center.

Mais uma grata surpresa no rock nacional, os garotos mostram que idade não tem nada a ver com qualidade das letras e melodias, pois fizeram um álbum honesto, com diversas mensagens marcantes, como cantam em “Brasileiro” (..Desculpe se a letra está ficando difícil é que eu nunca treinei para fazer comício...).

Que eles mantenham esse espírito e sigam levando rock n’ roll Brasil afora.


Veja também:
Selvagens a Procura da Lei - Aprendendo a Mentir [2011]

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Selvagens a Procura da Lei - Aprendendo a Mentir [2011]




Banda cearense que tem como casa Fortaleza, Selvagens a Procura da Lei finalmente lança seu Debut Aprendendo a Mentir depois de dois EPs muito bem recebidos pela critica. Um Indie Rock com sonoridade do inicio do inicio deste milênio, que não esconde em nada suas influencias The Strokes, Arctic Monkeys entre outros, a banda traz riffs dançantes em guitarras sujas.

Selvagens a Procura da Lei trás canções com qualidade muito acima do atual cenário nacional, mas como sua sonoridade é o que é isso a torna uma banda com um publico um tanto restrito o que pode ser ruim para a lucratividade, mas contudo pode ser perfeito para formar uma pequena e solidada base de fãs.

A sonoridade do álbum da uma guinada perto do seu fim dando um pouco mais de identidade para a banda, o que é bom. No geral Aprendendo a Mentir é um ótimo Debut que funciona muito bem do inicio ao fim, mas contudo é um pouco vago (em termos de continuidade da banda) a consagração ou a queda da banda se dará quem sabe no próximo álbum, onde a banda terá de decidir beber no "lookalike" das influencias e ser rotulada como "aquela banda que lembra Arctic Monkeys" ou dará mais espaço para a identidade que começa a se criar a partir do fim deste álbum.