quarta-feira, 25 de maio de 2016

Metalmorphose - Máquina dos Sentidos [2012]

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Por Marcos Garcia em Metal Samsara

Quando se falam em bandas nacionais antigas em nosso próprio país, em geral, existem pessoas que torcem o nariz, acreditando que estas não possuem mais o que dizer (embora os que pensem assim ainda idolatrem bandas gringas das antigas), mas esquecem que a experiência ajuda muito na hora de compor um bom trabalho, e fazer música é uma arte que se apura com o passar dos anos. E o quinteto carioca METALMORPHOSE mostra que tem muito a dizer com 'Máquina dos Sentidos', seu primeiro Full-Length.

Após compilações, Singles, um ao vivo e o lendário Split 'Ultimatum' (com o DORSAL ATLÂNTICA), em 'Máquina dos Sentidos' vemos que o quinteto ainda está arraigado ao Metal Tradicional nos moldes mais NWOBHM de forma indelével, em composições onde a melodia e agressividade estão muito bem equilibradas. Tavinho Godoy se mostra um ótimo vocalista, com uma voz potente, as guitarras de PP Cavalcante e Leon Manssur (do APOKALYPTIC RAIDS, que já não está mais na banda e deixou sua vaga para Marcos Dantas, do AZUL LIMÃO e X-RATED) são ótimas (escola PRIEST/MAIDEN, mas sem ser cópia) tantos nas bases fortes e melodiosas quanto nos solos caprichados, o baixo de André Bighinzoli é forte na marcação, ao mesmo tempo que mostra boa técnica em vários momentos brilhantes à lá Butler/Harris, e a bateria de André Delacroix mostra pegada pesada e boa técnica. Combinando esses elementos, vemos que a banda não busca ser mais um "salvador" do Metal, mas que dá continuidade ao que fazia nos anos 80 com honestidade, peso e muito feeling, e é justamente por isso que fizeram um ótimo CD. E se preparem, pois a música da banda é bem cativante.

Gravado no Estúdio EW, com produção sonora, mixagem e masterização aos cuidados de Gustavo Andriewiski (exceto pela bateria e vocais, que foram gravados no Estúdio HR, com a ajuda de Flávio Pascarillo), o grupo ficou com uma sonoridade limpa, coesa e bem cuidada, sem que nenhum detalhe da música do grupo fique oculto aos ouvidos mais atentos, mas sem deixar de ter peso e distorção nas medidas certas. Já a arte, feita por Marcelo Chelles, ficou ótima e bem chamativa, trabalhada em uma paleta de cores bem agradável aos olhos (exceto pelo coração em 3D, que foi feito pelos Gigoia Studios), sendo o encarte bem simples, mas funcional.

As letras em português tornam simples a compreensão da mensagem do grupo, bem como mostra a viabilidade de se realizar trabalhos assim por aqui (oras, se vocês compram discos que possuem letras em norueguês, sueco, finlandês e sabe-se lá mais o que, por que não em português? Maldito complexo de vira-latas dos brasileiros...), e o disco possui vários pontos altos, como em 'Jamais Desista', uma canção forte e empolgante, com belos solos de guitarra e com andamento moderado; a ganchuda e cheia de energia 'Máscara', com ótimos vocais (reparem na força e melodia da voz de Tavinho), e um refrão ótimo; a mais cadenciada e um certo toque de anos 70 'No Topo do Mundo'; 'Máquina dos Sentidos', que começa lentinha antes de virar uma tijolada Hard'n'Heavy empolgante, mais uma vez o refrão é um ponto forte, sem mencionar os momentos "geezerianos" do baixo; a mais agressiva 'Rumo as Estrelas', mais rápida e com ótimo trabalho da bateria; e a ótima 'Pelas Sombras', com uma leve puxada para o Hard Rock clássico dos anos 70, sendo uma música mais acessível.

Realmente, ainda bem que eles retornaram à ativa, aos shows e gravações, pois o METALMORPHOSE ainda tem muita lenha para queimar, muito a oferecer, e esperemos que eles cheguem bem longe.

Discão!


01. Jamais Desista
02. Máscara
03. No Topo do Mundo
04. Metrópole
05. Máquina dos Sentidos
06. Rumo as Estrelas
07. Passados Incompletos
08. Pelas Sombras
09. Livres Para Sonhar

Formação:

Tavinho Godoy - Vocais
PP Cavalcante - Guitarras
Leon Manssur - Guitarras
André Bighinzoli - Baixo
André Delacroix - Bateria

terça-feira, 24 de maio de 2016

Golpe de Estado - Nem Polícia Nem Bandido [1989]

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Por Valdir Junior em Galeria Musical

Primeiro disco lançado por uma gravadora maior (Eldorado) e produzido por André Christovam e Alexandre Fontanetti, que conseguem fazer o som do Golpe ficar ainda mais alto e definido ressaltando mais as características de cada instrumento. Novamente o Golpe faz um álbum repleto de músicas que logo conquistam o público nos shows, não deixando ninguém quieto ou parado diante dos petardos sonoros: "Não é Hora", "Filho de Deus", "Nem Polícia, Nem Bandido" com seu riff incendiário e as baladas pesadas: "Paixão" e "Ignoro". AVISO “Esse é um disco que não pode faltar na sua coleção”.

A1 - Na Vida
(Catalau/Hélcio Aguirra)
A2 - Filho de Deus
(Catalau/Hélcio Aguirra)
A3 - Velha Mistura
(Catalau/Hélcio Aguirra)
A4 - Paixão
(Catalau)
A5 - Janis
(Nelson Brito)

B1 - Nem Polícia, Nem Bandido
(Catalau/Hélcio Aguirra)
B2 - Não é Hora
(Catalau/Hélcio Aguirra/Nelson Brito)
B3 - Ignoro
(Catalau/Hélcio Aguirra)
B4 - As Aparências Enganam
(Catalau/Hélcio Aguirra)

terça-feira, 17 de maio de 2016

Patrulha do Espaço - Dormindo em Cama de Pregos [2012]

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Por Alexandre - Wildshark em Toca do Shark

Desde 2000 (quando a banda voltou à ativa pra valer depois de uns 7 anos mais ou menos) eu os acompanho de perto, mas perto mesmo, pois pra mim ficou latente e palpável a qualidade sonora e artística desta banda, independente da formação vigente, também percebi com profundidade a grande importância histórica que a PATRULHA DO ESPAÇO exerce na história do ROCK AND ROLL abaixo da linha do Equador e quando falo em ‘História do ROCK AND ROLL’ estou falando da verdadeira História e não essa História falsa, mentirosa, torpe e deturpada que todos contam por aí. A História a que me refiro tem personagens ímpares como OS MUTANTES, JOELHO DE PORCO, SÁ, RODRIX & GUARABYRA, BIXO DA SEDA, O TERÇO, MADE IN BRAZIL, CASA DAS MÁQUINAS, OS INCRÍVEIS, AVE SANGRIA, MOTO PERPÉTUO, VÍMANA e ARNALDO & PATRULHA DO ESPAÇO que mais tarde se tornaria PATRULHA DO ESPAÇO, essa instituição até hoje capitaneada pelo Baterista e Piloto da ‘Nave’ Rolando Castello Júnior que neste disco trouxe uma nova formação que conta com Danilo Zanite na guitarra e voz, Paulo Carvalho no baixo e pela primeira vez uma mulher à bordo, a vocalista Marta Benévolo, além do fato de Júnior agora cantar também.

Marta Benévoto (vocais)
Dormindo em Cama de Pregos é um disco de curta duração (apenas 6 faixas) com capa em 'paper-sleeve', ou seja, 'envelope' mas com produção profissional de grande vibe Rocker! Das 6 faixas, 4 são com a nova formação que já citei. A primeira faixa Rolando Rock é uma faixa autobiográfica do baterista Júnior onde eles expressam total energia Rock and Roller, imprimindo a pegada certeira e trabalhadíssima de Junior nos tambores, além da sua voz rouca e profunda, um meio termo entre JOE COCKER e LEMMY com as cacetadas de um KEITH MOON brazuca!

Riff Matador é malandra, pesada, tem o vocal triplo de Junior/Marta/Danilo (que além de guitarrista incrível, é co-autor desta faixa). Pegadas, riffs, vocais e ‘tapas-na-cara’ dos que desdenham desta Usina de Rock chamada PATRULHA DO ESPAÇO como, por exemplo, na estrofe “...Les Paul e Marshall, sangue e suor, A verdade cura no coração, Matando dez leões a cada dia, Somos a resistência do movimento...”

Danilo Zanite (guitarra e vocais)
Máquina do Tempo é uma balada linda e forte que serviu de apresentação do guitarrista Danilo Zanite aos fãs, onde ele expressa toda sua destreza como cantor, guitarrista e intérprete, com tamanha elegância essa faixa vai colar nos ouvidos dos fãs lembrando as antigas baladas cantadas pelo ex-vocalista, organista, guitarrista Rodrigo Hid.

Estrelas Dirão traz a banda de volta ao Rock Expresso, com Marta Benévolo se apresentando por completo ao lado de Zanite e Paulo Carvalho que também é um ótimo baixista, segurando a onda lá atrás como uma espécie de John Entwhistle ou John Deacon, discreto mas totalmente presente e necessário.

Agora é a vez das faixas bônus que foram executadas por formações anteriores à essa.

Rock Com Roll é original do disco Missão na Área 13 de 2004, aqui numa versão gravada no mesmo ano no CCSP e que deveria ter entrado no disco ao vivo Capturado ao Vivo no CCSP lançado somente em 2007, mas por algum problema não entrou e permaneceu inédita até agora (talvez pela qualidade de gravação que dá uma variação no meio da faixa). A formação que gravou esta música é a mesma que foi responsável pelo retorno do grupo em 1999, Rolando Castello Junior (bateria), Luiz Domingues (baixo, ex- A CHAVE DO SOL e futuro PEDRA), Rodrigo Hid (guitarra, vocal, órgão Hammond, futuro PEDRA) e Marcello Schevano (guitarra, vocal, órgão, flauta, futuro CARRO BOMBA)
Rolando Castello Junior (bateria e vocais)

A segunda faixa bônus e última do disco Quatro Cordas e Um Vocal foi gravada em Junho de 2009 por Júnior (bateria), Marcello Schevano (vocal e guitarra) e René Seabra (baixista que tocou na PATRULHA em 1993 e retornou em meados dos anos 2000). Essa faixa é uma belíssima homenagem à duas perdas que o ROCK AND ROLL Brasileiro sofreu entre 2008 e 2009, o ex-baixista da PATRULHA Oswaldo ‘Kokinho’ Gennari ( o tal “Quatro Cordas) e a vocalista do MADE IN BRAZIL Déborah Carvalho (o tal “Um Vocal”) que faleceram no fim de 2008 e começo de 2009. 

Paulo Carvalho (baixo)
Num resumo da 'ópera', podemos considerar este novo lançamento da PATRULHA DO ESPAÇO como um EP (igualmente o.com.Pacto lançado em 2003 e o do mesmo ano), mas um senhor EP, com qualidade extrema, cuidado acima da média e experiência do quem tem mais de 3 décadas nesta estrada tortuosa do ROCK AND ROLL brasileiro que muitos insistem em chamar de 'cena nacional', mas só se for 'cena de cinema', ou seja, fictícia, pois numa cena que se prese um talento tão considerável como o desta banda seria louvado e reconhecido, o que, infelizmente não acontece, vejam o que aconteceu com o ANVIL, será que vamos ter que fazer um filme com o Júnior? ACORDA BRASIL!


1. Rolando Rock 
(Shevano/Castello)
2. Riff Matador 
(Zanite/Castello)
3. Máquina do Tempo 
(Zanite)
4. Estrelas Dirão 
(Zanite/Benêvolo)
Bônus Tracks
5. Rock com Roll (ao vivo 2004)  
(Shevano/Castello)
6. Quatro Cordas e Um Vocal 
(Shevano/Castello)

sábado, 7 de maio de 2016

Toni Tornado [1971]

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A1 - Juízo final
(Renato Corrêa/Pedrinho)
A2 - Não lhe quero mais
(Erasmo Carlos/Roberto Carlos)
A3 - Dei a partida
(Getúlio Côrtes)
A4 - Uma canção para Arla
(Major/Tony Tornado)
A5 - Breve loteria
(Fafi)
A6 - Eu disse amém
(Getúlio Côrtes)

B1 - BR-3
(Tibério Gaspar/ Antônio Adolfo)
B2 - Uma vida
(Arnoldo Medeiros/Dom Salvador)
B3 - Papai, não foi esse o mundo que você falou
(Erasmo Carlos/Roberto Carlos)
B4 - Me libertei
(Tony, Frankye)
B5 - O repórter informou
(Hyldon)
B6 - O jornaleiro
(Major, Tony Tornado)

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Cassiano - Apresentamos Nosso Cassiano [1973]

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Por Ricardo Schott em discotecabasica.com via Brazilian Nuggets

Lançado depois do fracasso inicial de Imagem e Som e após um período em que o autor de "Primavera" estava sumido da mídia, Apresentamos... é o álbum mais ousado do cantor - mas era o pior disco que Cassiano poderia lançar para tentar chegar ao estrelato. O que era deliciosamente soul-pop no primeiro disco, com quedas para o rock e para o hippismo, tinha se tornado um soul psicodélico, experimental, com viradas bruscas na harmonia, orquestrações quase cinematográficas e letras de escrita automática. Vem daí a fama de "difícil" de Cassiano, que provavelmente deve ter descido o remo nos músicos que o acompanhavam para que mantivessem o ritmo e a melodia em músicas totalmente doidas, como o funk "Me chame atenção" e as progressivas "A casa de pedra" (com falsetes e vibratos que até assustam quem só conhece o Cassiano de "A lua e eu") e "Castiçal", cheias de partezinhas e de harmonias que poderiam estar num disco do Yes. As letras são um caso à parte: completamente surreais e experimentais, inserem viagens lisérgicas até mesmo em canções românticas, como na contemplativa balada "O vale" e no soul "Slogan" - isso sem falar na doideira da soul-country "Cinzas", a canção mais inventiva do disco, quase lembrando um Syd Barrett negão e convertido ao funk. Já "Melissa", canção que Cassiano havia feito para a filha recém-nascida, insere viradas na melodia em cortes bruscos. E na bela "Cedo ou tarde", as variações harmônicas e rítmicas são tantas que Cassiano tem até dificuldades de entrar no tom certo. Dá até para começar a entender aquelas histórias que dizem por aí de que Tim Maia e Cassiano nunca conseguiram fazer um disco em parceria porque o Tim morria de vergonha de cantar na frente dele. 

Além de inovar em composição e arranjo, Apresentamos... vale por uma aula de gravação-mixagem, especialmente em faixas como "Calçada", rock´n roll conduzido por piano Fender Rhodes e cheio de efeitos de eco, psicodelia pura. O disco soa como herança direta do lado mais experimental do soul, feito por artistas como Isaac Hayes e George Clinton, e como uma perversão lisérgica de todo o cenário soul-funk, ousando como poucos já haviam feito no Brasil em matéria de música. Acabou resultando em mais alguns anos na geladeira para o cantor, que só voltaria a gravar em 1976, com os singles "A lua e eu" e "Coleção" (em parceria com Paulo Zdanowski, músico de São Gonçalo - hoje médico - que já colaborava com Cassiano na época de Apresentamos...). Lançado nessa época, o LP Cuban Soul vinha com uma proposta mais pop, mas não deixava de mesclar vários ritmos latinos ao funk, soul e ao rock, revelando vários hits e se tornando o álbum mais popular do soulman. 

Nos últimos tempos, pouco se ouviu falar de Cassiano. Em 1991 a Sony Music foi pioneira ao fazer um tributo ao cantor (Cedo ou Tarde, com Marisa Monte, Ed Motta, Luiz Melodia, Cláudio Zoli, etc) e Cassiano, sumido até então, seguiria dando esporádicos shows. Em 1999, pouco antes do lançamento da coletânea Coleção, chegou a ser alardeado que Cassiano iria trabalhar com Guto Goffi, baterista do Barão Vermelho, e que tinha canções novas esperando para serem gravadas (algumas delas compostas nos anos 70, em parceria com Paulo Zdanowski) mas tudo ficou só no quase. Dono de um estilo e de um ritmo de trabalho próprios, Cassiano sofre até hoje com dificuldades de inserção no mercado - o resultado é que o Brasil, um país acostumado a estilos e ritmos de trabalho padronizados, quase não conhece a genial arte de Cassiano, um cantor-compositor fenomenal que chegou ao século XXI tendo que ser permanentemente "redescoberto". Uma merda. 


A1 - O Vale
(Cassiano)
A2 - Slogan
(Cassiano)
A3 - A Casa De Pedra
(Cassiano)
A4 - Chuva De Cristal
(Cassiano)
A5 - Melissa
(Cassiano)
B1 - Castiçal
((Cassiano)
B2 - Me Chame Atenção
(Cassiano/Renato Britto)
B3 - Calçada
(Cassiano/Suzana)
B4 - Cinzas
(Cassiano)
B5 - Cedo Ou Tarde
(Cassiano/Suzana)

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Made in Brazil - Rock de Verdade [2008]

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Por Fábio Cavalcanti no Galeria Musical

É fato: 2008 foi um ano interessante para os veteranos do rock, e consequentemente para os apreciadores do bom e velho "rock 'n' roll de verdade". Muitas bandas gringas lançaram ótimos álbuns de estúdio, provando que os "velhinhos do rock" ainda tem muita lenha pra queimar. Mas, o Brasil não entra nessa história? Eis que, no finalzinho do "segundo tempo", a banda paulista Made In Brazil faz o seu gol, com o seu novo trabalho: "Rock de Verdade".

Dez anos se passaram desde o último álbum de inéditas da trupe de Oswaldo e Celso Vecchione (o ótimo e "bluesy" "Sexo, Blues & Rock'n'Roll"). De lá pra cá, os fãs aguardaram por novas músicas, até que o novo álbum foi finalmente anunciado. Mas, apesar do título "Rock de Verdade", esta "bolacha" traz também uma boa dose daquele blues presente nos 2 últimos trabalhos da banda. Se isso é bom ou ruim? Veremos...

A faixa-título abre o álbum com um considerável peso e energia, grudando na cabeça do ouvinte de forma quase imediata. Com certeza será um futuro hino do Made In Brazil! Outros ótimos rocks compõem a track list: "Tô Ligado em Rock 'N' Roll", "Me Abraça, Me Beija e Larga a Cerveja", "Pro Raul", "Queimo o Pão de Queijo, Mas Não Queimo a Rosca", "Vida Loka", "Festa na Pompéia", e a vinheta "Saideira". Como se pode notar nos próprios títulos das músicas, a irreverência e o alto astral continuam em alta nas composições dessa banda que não tem medo de ser feliz!

E para quem curte blues de qualidade, eles também estão aqui: "Todo Dia Rola um Blues", "Lenha Prá Queimar", "Anjo de Cara Suja", e o "boogie" "Milk Shake & Rock 'N' Roll". Completando o setor mais "light" do álbum, temos também a balada "Você é o Meu Sol". Infelizmente, esta não contribui de forma muito positiva, mas não deixa de conferir um pouco mais de variação à obra como um todo.

Concluindo, esse trabalho do Made In Brazil certamente mantém a essência da banda viva e forte, como de costume. Por um lado, seu misto entre "música pra dançar" e "música pra relaxar", pode tornar o álbum um tanto "inconveniente" para certas ocasiões (o que é uma consequência natural de qualquer obra mais heterogênea). Mas, para quem curte rock 'n' roll e blues igualmente, "Rock de Verdade" é um prato cheio!


Músicas

1. Rock de Verdade!
2. Tô Ligado em Rock 'N Roll
3. Me Abraça, Me Beija e Larga a Cerveja
4. Todo Dia Rola um Blues
5. Pro Raul
6. Você é Meu Sol
7. Queimo o Pão de Queijo, Mas Não Queimo a Rosca
8. Vida Loka
9. Lenha Prá Queimar
10. Milk Shake & Rock 'N Roll
11. Anjo de Cara Suja
12. Festa na Pompéia
13. Saideira



Formação que gravou este disco:

Oswaldo “Rock” Vecchione – voz, baixo, guitarra, violão, gaita e percussão.
Celso “Kim” Vecchione - guitarra, violão, baixo.
Deborah “Rainha do pão de queijo” Carvalho – backing vocals, percussão.
Fabio “Bad boy” Brum – guitarra (solo & ritmo), violão
Octavio Lopes “Bangla” – sax .

Participação especial:

Maga Lieri – Backing vocals
Paula Motha – Backing vocals
Elizabeth “Tibet” Queiroz - Backing vocals
Wanderley Issa Mafra – teclados
Julio “Juju Blues” Ribeiro – percussão & backing vocals
Rick Vecchione – bateria
Caio Durasso – guitarra (ritmo & solo), baixo, violão e backing vocals.