segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Centurias - Ninja [1988]

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A1 Animal
A2 Senhores Da Razão
A3 Guerra E Paz
A4 Arde Como Fogo / To Hell
B1 Ninja
B2 Fortes Olhos
B3 Metal Comando
B4 Cidade Perdida

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Centurias - Última Noite [1986]


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Por Ricardo Batalha no encarte do relançamento em CD

E São Paulo, alguns festivais organizados por verdadeiros abnegados se tornaram famosos por revelar várias bandas para a cena do Hard Rock e o Heavy Metal, entre eles a "Praça do Rock", que durante a década de 80 acontecia nas tardes de domingo no Parque da Aclimação.

Já aos 12 anos de idade eu fazia de tudo para estar sempre com o boletim azul para que tivesse a autorização de meus pais para assistir aos shows, além de ganhar um extra para comprar LPs usados ou novos na Baratos e Afins.

Mas, uma data em especial ficará marcada em minha memória: o dia em que vi o Centúrias na Praça do Rock.

Eu estava lá parado, sozinho, com aquela velha jaqueta jeans lotada de patches e buttons vendo o show do Abutre e à espera do Centúrias. Quando a banda subiu ao palco, foi algo indescritível, parecia que eu estava vendo o Judas Priest!

Depois disso, passei a estudar cada vez mais para poder conferir de perto a crescente cena nacional, que tinha grandes bandas como as veteranas Made In Brazil, Patrulha do Espaço e a nova geração como Harppia, Vírus, Abutre, Salário Mínimo, Cérebro, A Chave do Sol, Ave de Veludo, Ethan, Lixo de Luxo, Gozometal, Santuário, Nostradamus, Anacrusa, Mammoth, Ano Luz, Antítese, Korzus e, é claro, o grande Centúrias.

Outro grande momento foi conferir de perto o festival "Metal 4", com as bandas Centúrias, Salário Mínimo, Abutre e A Chave, realizado no Ginásio da Sociedade Esportiva Palmeiras, em São Paulo, Guardadas as devidas proporções, aquele tipo de evento era como se fosse o "Monsters Of Rock".

O Centúrias conseguiu a façanha de estar presente em um dos primeiros registros fonográficos da cena nacional, a coletânea "SP Metal 1", lançada pela Baratos e Afins. Depois disso, com o status de banda grande para os padrões da época, fazia por merecer um LP. Luiz Calanca da Baratos e Afins, que havia sido o idealizador da famosa coletânea, não perdeu tempo e deu a chance para Paulo Thomaz (baterista), Eduardo Camargo (vocalista), Adriano Giudice (guitarra) e Rubens Guarnieri (baixo), line-up da banda em 1985.

O quarteto entrou em estúdio no mês de outubro de 1985 e mesmo com todas as dificuldades encontradas com o precário equipamento que dispunham, conseguiram gravar um dos melhores álbuns de Hard Rock cantado em língua portuguesa, o LP "Última Noite" e, ainda, "Não Pense Não Fale", melhor composição da carreira da banda ao lado de "Portas Negras". 

Tempos depois, por diferenças musicais, o Centúrias mudou seus integrantes, restando somente o baterista demolidor Paulão do line-up original. Entraram César "Cachorrão" Zanelli (vocal), e os ex-Harppia Ricado Ravache (baixo) e Marcos Patriota (guitarra). Com esta formação a banda realizou outro trabalho antológico, o LP "Ninja", que continha as faixas "Senhores da Razão" e "Fortes Olhos", que faziam sucesso nos shows. E quem não se lembra daquele show chamado de "No Posers", ocorrido no Espaço Mambembe, em 1988. 

Felizmente, nessa época fiquei amigo de Paulo Thomaz, hoje um irmão.

Paulão sempre acreditou no potencial da banda, mas os tempos eram outros, o Trash Metal dominava, quase todas bandas nacionais cantavam em inglês e uma em especial surgia naquele momento, o Sepultura.

O Centúrias infelizmente encerrou suas atividades mas com este relançamento você poderá sentir em cada nota, base, solo, pegada de batera e em frase cantada por Edu ou Cachorrão, como era feio o Hard Rock e Heavy Metal. Uma coisa simples, pura e quase ingênua para os patrões atuais. Mas alguém discorda que a garra, paixão, sentimento e força da vontade sempre falam mais alto?



A1 Não Pense Não Fale
A2 Rock Na Cabeça
A3 Chama De Pouca Idade
B1 Duas Rodas
B2 Inferno Falso
B3 Última Noite

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Azul Limão - Imortal [2018]

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Ícone da cena metal na década de 1980, o Azul Limão lança mais um álbum de inéditas após Regras do Jogo, 2013. A luta é árdua mas Os Guerreiros do Metal anunciam que Nada Pode Me Parar pois és Imortal.


Trevas - vocal
Marcos Dantas - guitarra
Vinicius Matias - baixo
André Delacroix - bateria


1. Guerreiros do Metal
2. Nada pode me Parar
3. Paranormal
4. O Último Trem
5. Sexta Feira a Noite
6. Quem vai nos salvar
7. Mentiras
8. No Ar Rarefeito
9. Dois a Dois
10. Imortal

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Capital Inicial - Aborto Elétrico [2005]

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Aborto Elétrico é o álbum da banda de rock brasileira Capital Inicial. O álbum relembra os grandes sucessos da época da banda Aborto Elétrico. Foi lançado no ano de 2005.


1 Tédio (Com Um T Bem Grande Pra Você)
2 Love Song One
3 Fátima
4 Helicópteros No Céu
5 Química
6 Ficção Científica
7 Conexão Amazônica
8 Submissa
9 Que País É Esse?
10 Baader-Meinhof Blues Nº1
11 Anúncio De Refrigerante
12 Heroína
13 Despertar Dos Mortos
14 Veraneio Vascaína
15 Construção Civil
16 Geração Coca-Cola
17 Música Urbana
18 Benzina

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Capital Inicial - Sonora [2018]

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Por Mauro Ferreira em G1

Capital Inicial esboça movimento sutil no bom álbum 'Sonora', mas acaba parado no mesmo lugar


É injusto ignorar a real tentativa de renovação articulada pelo Capital Inicial no álbum Sonora, cuja edição em CD chega ao mercado fonográfico pela gravadora Sony Music a partir de hoje, 7 de dezembro, após série de singles apresentados paulatinamente desde maio deste ano de 2018.

Somente por ter confiado a produção do disco a Lucas Silveira, mentor da banda Fresno, o grupo brasiliense já expõe a vontade de esboçar (alguma) mudança no som.

Se o Capital Inicial acaba "parado de volta no mesmo lugar", para subverter o sentido de verso da letra da música Atenção (Dinho Ouro Preto, Alvin L e Lucas Silveira), é mais pela força da natureza pop da própria banda e do repertório inédito composto pelo vocalista Dinho Ouro Preto com o habitual parceiro Alvin L e com adesões eventuais de Flávio Lemos, Kiko Zambianchi, Lucas Silveira e Thiago Castanho.

Formado por Dinho Ouro Preto (voz), Fê Lemos (bateria), Flávio Lemos (baixo) e Yves Passarell (guitarra), o Capital Inicial é grupo vocacionado para as arenas por conta do rock de cepa pop feito e tocado pelos músicos. Tudo vai mudar (Dinho Ouro Preto, Alvin L e Kiko Zambianchi) é rock que exemplifica bem essa natureza pop, às vezes mais explícita, às vezes mais disfarçada em aura pretensamente punk.

A propósito, às vezes, como em Tempestade (Dinho Ouro Preto, Alvin L e Thiago Castanho), o Capital faz simulacro do punk rock que Fê Lemos e Flávio Lemos tocavam na Brasília (DF) do início da década de 1980.

Rock gravado pelo Capital Inicial com o grupo CPM 22 e tocado com rapidez que justifica o título da composição de Dinho Ouro Preto e Alvin L, Velocidade mostra que, quase aos 40 anos de vida, o grupo insiste na juventude, para o bem e para o mal.

"Não me deixe ficar pra trás", implora Dinho Ouro Preto no refrão repetido sob o peso da batida de Invisível (Dinho Ouro Preto e Alvin L, Emmily Barreto e Thiago Castanho).

Rock encorpado com o toque heavy da banda potiguar Far From Alaska, Invisível se destaca no repertório autoral do álbum Sonora ao lado de Velocidade e da obra-prima do disco, Seja o céu (Dinho Ouro Preto, Alvin L e Thiago Castanho), flash urbano de inquietude, lirismo romântico e efrão aliciante.

Entre baladas mais ou menos sedutoras como Só eu sei (Dinho Ouro Preto, Alvin L e Thiago Castanho) e Nada vai te machucar (Dinho Ouro Preto e Alvin L), o Capital Inicial é o que pode ser. E são poucas as bandas de rock que conseguem chegar perto das quatro décadas de vida com a agenda cheia de shows feitos em grandes espaços.

Rock que abre o álbum Sonora com o reforço do toque da conterrânea banda brasiliense Scalene, Parado no ar (Dinho Ouro Preto, Alvin L e Flávio Lemos) talvez seja, das 11 músicas do disco, a que melhor exponha o movimento sutil esboçado pelo Capital Inicial (mais de timbragem sonora do que de postura) neste bom álbum produzido por Lucas Silveira, parceiro e convidado do rock Universo paralelo.

"Não me trate mal / Como alguém que o tempo levou / Tão normais distantes / Nada mais nos move / Tanto faz estranhos / Tão iguais", pede Dinho Ouro Preto em Não me olhe assim (Dinho Ouro Preto, Alvin L e Lucas Silveira). O recado está dado.


1. Parado No Ar
2. Atenção
3. Tudo Vai Mudar
4. Universo Paralelo
5. Seja O Céu
6. Nada Vai Te Machucar
7. Tempestade
8. Velocidade
9. Invisível
10. Só Eu Sei

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Os Incríveis - A Paz É Possível [2018]

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Os sonhos musicais dos Incríveis continuaram cada vez mais vivos e a música que alimenta essa banda, sempre instigante, se revigora neste primeiro trabalho autoral em 35 anos. 

Netinho, Sandro Haick, Leandro Weingaertner, Wilson Teixeira, Rubinho Ribeiro e Bruno Cardozo, lançam o CD “A Paz é Possível”, com canções próprias, inéditas e fenomenais. Numa época em que a música é descartável, Os Incríveis vem na contramão trazendo um CD conceitual, daqueles que ficarão pra história, e com as participações especiais de Hibiki Family, Filó Machado, Mestrinho, Amon Lima, Daniel D’Alcântara, Pepe Cisneros, Michel Leme, Laércio Da Costa e Quarteto Versão Brasileira.



01. A Paz é Possível
02. Boato
03. Orgulho Ferido
04. Lambreta
05. Santa Roça
06. Meu Par
07. Samadhi
08. Bailarinas
09. Intuição
10. Toda a Voz (Toda Voz)
11. São Leo
12. Roda de Bamba
13. Juliana
14. Ani Re Pitá

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Secos & Molhados [1974]

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Por Jorge Luiz em Músicas do Nordeste

Em 1974, com a popularidade altíssima, o grupo Secos e Molhados gravava o seu segundo e último álbum com a formação original. Mais elaborado e menos popular que o primeiro, como “definido” por Ney Matogrosso em declaração a Folha de São Paulo (Janeiro/2000), “Secos e Molhados II” é composto por músicas de temática social como “O Doce e o Amargo”, “Preto Velho” e “Tercer Mundo”. Com poucas palavras, a cabeça do grupo e compositor João Ricardo conseguia abordar temas profundos, como em “Não: Não digas nada”, em “Toada & Rock & Mambo & Tango & ETC” e no único hit do disco “Flores Astrais”, que são interpretadas com toda a expressividade da voz de Ney. O disco foi lançado no Programa Fantástico em agosto de 74, e infelizmente, no mesmo ano, dois integrantes do trio que era o “carro-chefe” do grupo saíram: Gerson Conrad e Ney Matogrosso.


A1 Tercer Mundo
A2 Flores Astrais
A3 Não: Não Digas Nada
A4 Medo Mulato
A5 Oh! Mulher Infiel
A6 Vôo
B1 Angustia
B2 O Hierofante
B3 Caixinha De Música Do João
B4 O Doce E O Amargo
B5 Preto Velho
B6 Delírio...
B7 Toada & Rock & Mambo & Tango & Etc

sábado, 15 de dezembro de 2018

Secos & Molhados [1973]

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Por Trás da Capa dos Secos & Molhados de 1973 

A capa dos Lp de estreia dos Secos & Molhados de 1973 está sempre presente nas listas das “melhores capas de discos” realizadas por críticos, imprensa e público. O jornal Folha de São Paulo chegou a eleger esta capa, como a “melhor capa de long play” de toda a história da música brasileira. Mas o que há por trás desta emblemática capa?

O grupo era formado por Ney Matogrosso, João Ricardo, Gérson Conrad e Marcelo Frias, este último o baterista que não aceitou integrar o grupo.

A capa do Lp já trazia uma síntese do poder criativo dos Secos & Molhados. A foto foi realizada pelo fotógrafo Antonio Carlos Rodrigues do jornal Última Hora do Rio de Janeiro. Em entrevista à Revista Bizz, Antonio definiu a sua criação como sendo fantástica e conta que a ideia surgiu após ele ver algumas meninas na praia com os rostos pintados. “Eu ainda não conhecia o grupo e quando fiquei sabendo do nome do grupo, montei uma mesa no meu estúdio com vários secos e molhados, coloquei a cabeça deles ali e os maquiei”.

Foi uma madrugada toda de trabalho e os quatro tiveram que ficar sentados em cima de tijolos e encarar um tremendo frio debaixo da mesa. Ney Matogrosso conta que “Em cima queimava, por causa das luzes”… ”comprei os mantimentos no supermercado, a toalha foi improvisada com plástico qualquer, a mesa era um compensado fino que nós mesmos serramos para entrarem as cabeças”. “Tinhamos fome e estávamos duríssimos, fomos tomar café com leite. Não sei por quê, mas não me lembro de termos comido os alimentos da mesa”, diz João em entrevista à Folha de São Paulo.

O lançamento do primeiro LP do “Secos e Molhados”, que leva o nome do grupo, impressionou o público brasileiro. Era um grupo completamente diferente de tudo o que se conhecia na época. Trazia o incrível Ney Matogrosso nos vocais, letras contra a política dos militares e estilo marcado pela MPB e pelo rock progressivo. Além do conceito visual, traduzido através das máscaras que o quarteto usava e da performance de palco nunca antes visto no Brasil. O álbum já mostrava toda a originalidade de um dos maiores fenômenos da música brasileira e vendeu mais de 300 mil cópias. São oito faixas, sendo sete do compositor e violonista João Ricardo. Fazem parte do disco os sucessos “O Vira”, “Sangue Latino”, “Mulher Barriguda”, “Assim Assado” e uma melancólica versão de “Rosa de Hiroshima” (Gerson Conrad/Vinicius de Moraes) interpretada pela inesquecível voz de Ney Matogrosso.

Em formato digital, o álbum faz parte do catálogo da Warner Music. A obra ganhou recentemente nova prensagem em vinil 180 gramas pela Polysom. Remasterizado em alta fidelidade, o título faz parte da coleção Clássicos em Vinil.



A1 Sangue Latino
(João Ricardo, Paulinho Mendonça)
A2 O Vira
(João Ricardo, Luli)
A3 O Patrão Nosso De Cada Dia
(João Ricardo)
A4 Amor
(João Apolinário, João Ricardo)
A5 Primavera Nos Dentes
(João Apolinário, João Ricardo)
B1 Assim Assado
(João RicardoLuli)
B2 Mulher Barriguda
(João Ricardo, Solano Trindade)
B3 El Rey
(Gerson Conrad, João Ricardo)
B4 Rosa De Hiroshima
(Gerson Conrad, Vinicius De Moraes)
B5 Prece Cósmica
(Cassiano Ricardo, João Ricardo)
B6 Rondó Do Capitão
(João Ricardo, Manuel Bandeira)
B7 As Andorinhas
(Cassiano Ricardo, João Ricardo)
B8 Fala
(João RicardoLuli)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A Bolha - Ao Vivo [2018]

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RELEASE
Gravado em Guarapari em fevereiro de 1971, o álbum inédito "A Bolha ao Vivo" chega ao mercado este mês e agrega valor à reduzida discografia da banda formada em 1970 por Arnaldo Brandão (baixo), Renato Ladeira (guitarra base), Gustavo Schroeter (bateria) e Pedro Lima (guitarra solo). Originalmente The Bubbles nos anos 60, a banda mudou o nome após acompanhar Gal Costa em shows em 1970.

O projeto traz capa de Bady Cartier e a produção de Marcelo Fróes e Nélio Rodrigues valorizou a íntegra do concerto.

Repertório:

01. Apresentação
02. Rosas - interrompida
(Arnaldo Brandão)
03. Rosas - versão 2
(Arnaldo Brandão)
04. Rosas - reprise
(Arnaldo Brandão)
05. Sem Nada (Pedro Lima)
06. Não Sei
(Arnaldo Brandão)
07. Não Sei - reprise
(Arnaldo Brandão)
08. Irmãos Alfa 
(Pedro Lima)
09. Cecília 
(Arnaldo Brandão)
10. Matermatéria
(Pedro Lima - Antonio Claudio Carvalho)
11. Sub Entendido - versão 1
(Arnaldo Brandão)
12. Sub Entendido - versão 2
(Arnaldo Brandão)
13. Sub Entendido - reprise
(Arnaldo Brandão)

sábado, 8 de dezembro de 2018

Armada - Bandeira Negra [2018]

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Por Wladimyr Cruz em Hearts Bleed Blue

"Levantar âncora, deixar para trás". O refrão de "Semper Adversus", primeira faixa do álbum de estreia da Armada, diz exatamente a que veio a banda formada por 4/5 do finado Blind Pigs, um dos principais grupos punk da história da música brasileira. Seguindo em frente, expandindo horizontes e enfrentando mares bravios - como gostam de dizer, o conjunto formado por Henrike Baliú, Mauro Tracco, Arnaldo Rogano, Alexandre Galindo e Ricardo Galano apresenta "Bandeira Negra", disco que é a continuação lógica do trabalho desenvolvido pelos músicos em uma carreira que segue a pleno vapor.

Com arte primorosa do colaborador de anos Paulo Rocker, o grupo não economiza e já chega com um disco de 17 faixas, lançado pela a HBB em CD, LP e K7, que segue o bom gosto estético e o primor em qualidade pelo qual seus integrantes sempre prezaram. Produzido e mixado por Átila Ardanuy, “Bandeira Negra” foi masterizado por Ade Emsley, responsável pelos últimos trabalhos do Iron Maiden, e a versão do álbum em LP será lançada também nos Estados Unidos pela Pirates Press Records.

De seu passado recente, a banda carrega ainda a experiência, boas melodias, muito da crueza e energia do punk, e as analogias entre cotidiano e a vida no mar. De novidade, passeios pela música de raiz brasileira e americana, e uma porção de novos colaboradores, desde o guitarrista e compositor Ricardo Galano - agora membro fixo da tripulação, até as participações especiais de nomes de peso como Sérgio Reis e Kiko Zambianchi - ambas justificáveis e plenamente bem inseridas no contexto da obra.

Maduro e bem resolvido, o Armada é resultado do esforço de um conjunto de pessoas a fim de ir além das amarras que a etiqueta anterior os exigia. Livres para criar, encontraram em "Bandeira Negra" novas formas de protestar, celebrar a música e se expressar artisticamente.

Desbravadores - seu capitão lançou um dos mais festejados discos do punk nacional há exatos 20 anos - a Armada deixa a linha de frente para estender sua bandeira, decretar novos rumos e avançar sobre novos oceanos.





quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Armada [2017]

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Por pouco mais de duas décadas o Blind Pigs navegou os mares bravios da cena punk rock brasileira deixando sua marca na história. Com o fim da banda em 2016, Henrike Baliú (voz), Alexandre Galindo (guitarra), Mauro Tracco (baixo) e Arnaldo Rogano (bateria) decidiram seguir adiante, mas com um novo projeto, outro nome, diferentes influências e mais um marujo a bordo. “Ter recrutado o Ricardo Galano, guitarrista da banda punk rock paulista Não Há Mais Volta, foi o estopim que precisávamos para a criatividade fluir”, diz o vocalista Henrike.

Assim surgiu o Armada, que lançou em outubro de 2017 o EP homônimo em vinil sete polegadas dourado pela Comandante Records em parceria com a HBB, responsável pelo álbum completo do grupo, previsto para fevereiro de 2018. “Armada” conta com duas faixas, “Eterno Marujo” e “Bandeira Negra”.

“Eterno Marujo” foi a primeira composição do grupo. “O Mauro já trouxe ela praticamente pronta e a partir dela criamos a identidade da banda. Acho que a letra define bem o Armada, ela foi o ponta pé inicial”, explica Henrike. Mauro revela que a letra é bem pessoal. “Fala sobre seguir em frente, custe o que custar. Tem gente que não nasceu para ser tripulante, mas não é preciso estar num navio para navegar. O som é um street punk bem cadenciado, refrão ‘sing along’, para cantar com os punhos em riste”.

Já “Bandeira Negra” é inspirada em um livro sobre roubos e crimes de piratas notórios, publicado em 1724 na Inglaterra. Segundo Henrike, autor da letra da música, o livro intitulado “A General History of the Robberies & Murders of the Most Notorious Pirates” relata estórias supostamente reais do período da pirataria. “O capítulo que mais me marcou foi o do Capitão Edward Teach, o infame Barba Negra. Quando seu navio foi atacado pela Marinha Real Inglesa ele bradou: ‘Que a maldição se apodere de mim, se eu te der trégua antes do fim’. Essa foi, inclusive, uma frase que acabei usando no final da música. Barba Negra foi morto nesse dia após tomar cinco tiros e mais de vinte golpes de espada, mas morreu com a espada na mão. Foi decapitado e sua cabeça amarrada na proa do navio”, conta.

Triplepsia [2018]



Por Edson Codenis em Crooked Tree Records

A Crooked em seu pouco tempo de vida, se tornou notória pelo apuro ao selecionar os nomes do seu cast, esta seleção natural onde vingam as bandas que se aventuram a traduzir as expectativas sonoras do nosso tempo, é o paradeiro perfeito para o projeto vindo de Brasília o Triplepsia.

Longe do apelo pop e das amarras do mercado, a banda de um homem só, Luiz Spíndola, o rapaz por trás disso tudo, extrapola o conceito reto da música eletrônica ao criar excelentes linhas de bateria e arranjos sofisticados, caminhos trilhados por nomes como Orbital e Massive Atack e assim passando pela nova onda dos anos 2000, o chillwave e o vaporwave, como o Washed Out, Toro Y Moi e Neon Indian.

Gravado com um cuidado excepcional na escolha de timbres e com uma mixagem bem boa, o álbum se torna uma viagem intensa e gratificante. Abrindo o registro (E se você perceber as ranhuras de um velho disco de vinil no seu primeiro segundo) temos a faixa Ideia Que Segue – Pautando o ambiente envolvente com belíssimas guitarras. Triplepsia consegue um resultado muito orgânico e harmônico. Chopsticks vem logo em seguida – Inclui vozes sampleadas numa atmosfera decadente para falar de um tema sério que é o suicídio. Renderia um ótimo clipe ou até um curta metragem.

Bath Vibes – Surge com seus curiosos ruídos de água. Evocando todo o tipo de memória afetiva num tom de intimidade. BraxxxDuxxx – Aí vem uma das que promete um chillwave logo de cara, a mais curtinha do disco, preparando o ouvinte para a próxima faixa que irá te proporcionar nostalgias noturnas, e ela tem exatamente esse nome.

Nostalgie – É um rodopio melancólico de belíssima construção, o Triplesia pode remeter as experiências electroacústicas da banda francesa Air.

Posicionar a faixa Ouvir logo após de Nostalgie foi uma ótima sacada. As duas faixas se complementam, e Ouvir tem um vigor que é um presente para quem gosta de boa música. Minha preferida!

Recitar o T (French Kiss) – Chega com uma atmosfera retrô, mas o Trilepsia não se limita a soar saudosista. É musica feita agora. De novo as batidas me intrigam.

Jeremiah – Seguindo a tradição, o Spíndola guarda seu momento mais terno para a última faixa do álbum. Assim como em todo o trabalho existe o flerte com o jazz e o cuidado de dar uma identidade “nacional” a cada faixa.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Vange Leonel - Vermelho [1996]

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Fechando a discografia da Nau/Vange Leonel com o EP Vermelho que foi lançado pelo selo Medura Records, criado por Vange Leonel e sua parceira Cilmara Bedaque.


1. Eu Sei
(Vange Leonel / Cilmara Bedaque)
2. Copo De Café 
(Vange Leonel / Cilmara Bedaque)
3. Asas 
(Vange Leonel / Cilmara Bedaque)
4. Rabo De Sereia 
(Vange Leonel / Fernando Figueiredo / Cilmara Bedaque)
5. Tô Fora 
(Vange Leonel / Cilmara Bedaque)
6. Meninas 
(Vange Leonel / Cilmara Bedaque)
7. Vermelho
(Vange Leonel / Cilmara Bedaque)