Por DoctorBR
publicado em 15 de maio de 2008 no Hardware.com.br/comunidade
FLAC é um codec de áudio e a abreviação significa Free Lossless Audio Codec (Compressor/Descompressor de Áudio Livre de Perdas) e é um formato similar ao MP3, mas infinitamente superior em termos de qualidade, já que não existe perda. O FLAC é comparável ao formato WAV em termos de qualidade e ainda tem algumas vantagens, como você verá abaixo.
A compressão feita pelo codec FLAC não remove qualquer informação nos dados, como acontece com codecs como MP3, AAC, Vorbis e outros, que cortam freqüências (entenda como instrumentos musicais) e removem informações no áudio, descartando assim dados importantes da música.
FLAC usa um processo similar ao usado pelo WinZip, WinRAR e tantos outros programas que comprimem dados sem descartar nenhuma informação, exceto pelo fato de que com FLAC a compressão é muito melhor porque ele foi programado especificamente para áudio e você pode ouvi-lo em muitos aparelhos e softwares, como por exemplo, o Windows Media Player, o Winamp ou qualquer outro aplicativo que utilize o filtro Directshow. E isso acontece em tempo real e sem forçar seu sistema, exatamente como um MP3.
Se o FLAC for comparado com um formato como WAV, a principal vantagem está na redução no tamanho do arquivo, proporcionando então um melhor armazenamento, que geralmente fica de 40% a 50% menor. Além disso, o FLAC tem a habilidade de embutir MetaData ou Tags (dados sobre os dados) dentro do arquivo de áudio, que são similares às IDE3 Tags dos MP3, o que não é possível no WAV. Essas Tags ou rótulos são usados para armazenar informações importantes tal como o nome do artista, da música, a fonte, o ano, imagem da capa e etc. Você deve incluir estas Tags ou rótulos sempre que extrair (ripar) um CD, para que seja possível organizar e encontrar facilmente as músicas nas suas bibliotecas digitais. Clique aqui para ver como o FLAC se comporta no Windows Media Player quando comparado ao WAV.
Se o codec FLAC for comparado ao MP3, a maior diferença está na integridade da fonte do áudio, que é mantida no FLAC, o que não acontece no MP3. E como mencionei, você pode usar suas músicas codificadas com o codec FLAC normalmente no seu computador, como se fossem MP3.
FLAC é o mais popular e eficiente formato usado por proprietários de CDs que desejam preservar suas coleções e ou tornar sua biblioteca digital, perfeita. Se o CD original for perdido ou arranhado, uma cópia em FLAC das faixas do CD garantirão uma exata duplicação deste em qualquer momento. Uma restauração a partir de um arquivo como MP3 é impossível. Se o Exact Audio Copy (EAC) for usado para extrair as faixas do CD, como mostrado no guia Como Ripar CD Corrretamente com o Exact Audio Copy (EAC), que você pode ler clicando aqui, um arquivo CUE será criado e permitirá, entre outras coisas, gravar um CD que será idêntico ao original, incluindo a ordem das músicas, CD-Text e muito mais, como se fosse uma imagem ISO reduzida severamente no tamanho.
Clique aqui para ver uma página comparando os codecs que não descartam dados ou informações das músicas (codecs lossless). Esta página foi criada pelo site HYDROGEN AUDIO, que é muito respeitado por profissionais, em termos de informações sobre áudio.
Não se esqueça que existem muitos programas que convertem FLAC para MP3 ou outro formato. Mas faça a conversão em uma cópia, de forma que o arquivo FLAC seja mantido para futuras conversões e ou arquivamento, afinal ele é o arquivo máster. E para este trabalho sugiro um utilitário excelente, que é o dBpowerAmp Music Converter R12.4 REFERENCE, que além de super leve, e funcionar em qualquer versão do Windows, é muito fácil de usar. Para aqueles que usam DAW (Digital Audio Workstation), o codec FLAC pode ser usado normalmente com a ajuda de plugins ou filtros.
É interessante mencionar que um arquivo codificado com alto bit rate permite downsample, que em português quer dizer reduzir o bit rate, e conseqüentemente o tamanho do arquivo sem gerar artifícios de compressão tão evidentes, e uma música codificada com um baixo bit rate não permite upsample, ou seja, aumentar o bit rate sem perder qualidade no áudio e sem gerar artifícios de compressão.
Informações Técnicas e Detalhes Sobre Codificações
Para aqueles que gostam de informações técnicas, serei breve nos exemplos e explicações sobre o processo de compressão de arquivos de músicas.
Muitos codificadores usam um Low Pass Filter para codificar (a partir de agora usarei a abreviação LPF). O filtro é configurado para cortar freqüências acima de certo ponto e deixar outras freqüências passarem. A razão pelo qual eles foram programados para fazerem isso é que freqüências altas são mais difíceis de codificar, e como a maioria dos computadores da década passada (década do surgimento do MP3) eram lentos, a única solução foi essa.
Codificadores configurados em 128 Kbps tipicamente usam um LPF ajustado para cortar em 15 kHz e muito raramente em 16 kHz, dependendo do fabricante do codec. Isso significa que as freqüências mais lindas, ou os instrumentos mais agradáveis são cortados. Quando se aumenta ou se configura o bit rate (bitragem) para 192 Kbps, por exemplo, o LPF é configurado para cortar as freqüências acima de 17 kHz. Mas mesmo um MP3 com bit rate de 320 Kbps, que é a máxima configuração para codecs MP3, e que se aproxima do limite de freqüências que nós humanos conseguimos ouvir, que é 20 kHz, ainda aplica muita compressão no áudio, e é possível notar claramente a diferença se comparado a um FLAC, que é encorpado, enquanto que o MP3 com 320 Kbps deixa muito a desejar, como você verá nas imagens abaixo.
As codificações mostradas nas imagens abaixo foram todas feitas usando o dBpowerAmp Music Converter, e o codec LAME mp3 v3.97, que é o melhor codec de MP3 da atualidade, principalmente por também ter o código aberto, como o FLAC.
As imagens servirão de base para um futuro tutorial ou para aqueles que queiram se aprofundar no assunto. Existe uma pequena diferença entre a imagem 1 e as outras, e isso se deve ao fato de que a resolução do monitor usado para capturar a imagem 1 é diferente do monitor usado para capturar as outras. Mas não deverá ser um problema ou dificultar nenhuma comparação, e caso isso aconteça, poderei fazer outros testes e editar esta postagem. Clique em cada link para ver as imagens:
Imagem 1 - codificada com FLAC
Imagem 1 - codificada com LAME 128kpbs
Imagem 3 - codificada com LAME 192kpbs
Imagem 4 - codificada com LAME 320kpbs
Se forem comparadas, as imagens 1 e 4, facilmente a diferença entre um FLAC e um MP3 com 320 Kbps codificado com o codec LAME mp3 será notada. Você também conseguira visualizar os artifícios da compressão facilmente.
O codec FLAC foi programado para ser flexível e ajustável aos avanços tecnológicos futuros, e além de ter o código aberto, tem todas as vantagens que mencionei aqui e muitas outras, que não convém citar neste momento. FLAC é o codec lossless do futuro, e assim que a massa descobri-lo forçará os fabricantes a adotá-lo como o codec padrão para áudio, como aconteceu com o MP3 a mais de 10 anos atrás, quando a internet era discada e exigia que as músicas fossem codificadas tão severamente para que fossem adicionadas em páginas na internet.
As músicas continuarão sendo produzidas como são, mas os codecs não. Se você quer arquivar e ou fazer backups dos seus CD, ou criar bibliotecas digitais, altamente sugiro começar a usar o codec FLAC, que lhe servirá para todos os propósitos!
Perdoem-me se cometi muitos erros, sou apenas um profissional de áudio e vídeo, não um escritor ou redator.
Abraços a todos e aproveitem o codec FLAC.
publicado em 15 de maio de 2008 no Hardware.com.br/comunidade
FLAC é um codec de áudio e a abreviação significa Free Lossless Audio Codec (Compressor/Descompressor de Áudio Livre de Perdas) e é um formato similar ao MP3, mas infinitamente superior em termos de qualidade, já que não existe perda. O FLAC é comparável ao formato WAV em termos de qualidade e ainda tem algumas vantagens, como você verá abaixo.
A compressão feita pelo codec FLAC não remove qualquer informação nos dados, como acontece com codecs como MP3, AAC, Vorbis e outros, que cortam freqüências (entenda como instrumentos musicais) e removem informações no áudio, descartando assim dados importantes da música.
FLAC usa um processo similar ao usado pelo WinZip, WinRAR e tantos outros programas que comprimem dados sem descartar nenhuma informação, exceto pelo fato de que com FLAC a compressão é muito melhor porque ele foi programado especificamente para áudio e você pode ouvi-lo em muitos aparelhos e softwares, como por exemplo, o Windows Media Player, o Winamp ou qualquer outro aplicativo que utilize o filtro Directshow. E isso acontece em tempo real e sem forçar seu sistema, exatamente como um MP3.
Se o FLAC for comparado com um formato como WAV, a principal vantagem está na redução no tamanho do arquivo, proporcionando então um melhor armazenamento, que geralmente fica de 40% a 50% menor. Além disso, o FLAC tem a habilidade de embutir MetaData ou Tags (dados sobre os dados) dentro do arquivo de áudio, que são similares às IDE3 Tags dos MP3, o que não é possível no WAV. Essas Tags ou rótulos são usados para armazenar informações importantes tal como o nome do artista, da música, a fonte, o ano, imagem da capa e etc. Você deve incluir estas Tags ou rótulos sempre que extrair (ripar) um CD, para que seja possível organizar e encontrar facilmente as músicas nas suas bibliotecas digitais. Clique aqui para ver como o FLAC se comporta no Windows Media Player quando comparado ao WAV.
Se o codec FLAC for comparado ao MP3, a maior diferença está na integridade da fonte do áudio, que é mantida no FLAC, o que não acontece no MP3. E como mencionei, você pode usar suas músicas codificadas com o codec FLAC normalmente no seu computador, como se fossem MP3.
FLAC é o mais popular e eficiente formato usado por proprietários de CDs que desejam preservar suas coleções e ou tornar sua biblioteca digital, perfeita. Se o CD original for perdido ou arranhado, uma cópia em FLAC das faixas do CD garantirão uma exata duplicação deste em qualquer momento. Uma restauração a partir de um arquivo como MP3 é impossível. Se o Exact Audio Copy (EAC) for usado para extrair as faixas do CD, como mostrado no guia Como Ripar CD Corrretamente com o Exact Audio Copy (EAC), que você pode ler clicando aqui, um arquivo CUE será criado e permitirá, entre outras coisas, gravar um CD que será idêntico ao original, incluindo a ordem das músicas, CD-Text e muito mais, como se fosse uma imagem ISO reduzida severamente no tamanho.
Clique aqui para ver uma página comparando os codecs que não descartam dados ou informações das músicas (codecs lossless). Esta página foi criada pelo site HYDROGEN AUDIO, que é muito respeitado por profissionais, em termos de informações sobre áudio.
Não se esqueça que existem muitos programas que convertem FLAC para MP3 ou outro formato. Mas faça a conversão em uma cópia, de forma que o arquivo FLAC seja mantido para futuras conversões e ou arquivamento, afinal ele é o arquivo máster. E para este trabalho sugiro um utilitário excelente, que é o dBpowerAmp Music Converter R12.4 REFERENCE, que além de super leve, e funcionar em qualquer versão do Windows, é muito fácil de usar. Para aqueles que usam DAW (Digital Audio Workstation), o codec FLAC pode ser usado normalmente com a ajuda de plugins ou filtros.
É interessante mencionar que um arquivo codificado com alto bit rate permite downsample, que em português quer dizer reduzir o bit rate, e conseqüentemente o tamanho do arquivo sem gerar artifícios de compressão tão evidentes, e uma música codificada com um baixo bit rate não permite upsample, ou seja, aumentar o bit rate sem perder qualidade no áudio e sem gerar artifícios de compressão.
Informações Técnicas e Detalhes Sobre Codificações
Para aqueles que gostam de informações técnicas, serei breve nos exemplos e explicações sobre o processo de compressão de arquivos de músicas.
Muitos codificadores usam um Low Pass Filter para codificar (a partir de agora usarei a abreviação LPF). O filtro é configurado para cortar freqüências acima de certo ponto e deixar outras freqüências passarem. A razão pelo qual eles foram programados para fazerem isso é que freqüências altas são mais difíceis de codificar, e como a maioria dos computadores da década passada (década do surgimento do MP3) eram lentos, a única solução foi essa.
Codificadores configurados em 128 Kbps tipicamente usam um LPF ajustado para cortar em 15 kHz e muito raramente em 16 kHz, dependendo do fabricante do codec. Isso significa que as freqüências mais lindas, ou os instrumentos mais agradáveis são cortados. Quando se aumenta ou se configura o bit rate (bitragem) para 192 Kbps, por exemplo, o LPF é configurado para cortar as freqüências acima de 17 kHz. Mas mesmo um MP3 com bit rate de 320 Kbps, que é a máxima configuração para codecs MP3, e que se aproxima do limite de freqüências que nós humanos conseguimos ouvir, que é 20 kHz, ainda aplica muita compressão no áudio, e é possível notar claramente a diferença se comparado a um FLAC, que é encorpado, enquanto que o MP3 com 320 Kbps deixa muito a desejar, como você verá nas imagens abaixo.
As codificações mostradas nas imagens abaixo foram todas feitas usando o dBpowerAmp Music Converter, e o codec LAME mp3 v3.97, que é o melhor codec de MP3 da atualidade, principalmente por também ter o código aberto, como o FLAC.
As imagens servirão de base para um futuro tutorial ou para aqueles que queiram se aprofundar no assunto. Existe uma pequena diferença entre a imagem 1 e as outras, e isso se deve ao fato de que a resolução do monitor usado para capturar a imagem 1 é diferente do monitor usado para capturar as outras. Mas não deverá ser um problema ou dificultar nenhuma comparação, e caso isso aconteça, poderei fazer outros testes e editar esta postagem. Clique em cada link para ver as imagens:
Imagem 1 - codificada com FLAC
Imagem 1 - codificada com LAME 128kpbs
Imagem 3 - codificada com LAME 192kpbs
Imagem 4 - codificada com LAME 320kpbs
Se forem comparadas, as imagens 1 e 4, facilmente a diferença entre um FLAC e um MP3 com 320 Kbps codificado com o codec LAME mp3 será notada. Você também conseguira visualizar os artifícios da compressão facilmente.
O codec FLAC foi programado para ser flexível e ajustável aos avanços tecnológicos futuros, e além de ter o código aberto, tem todas as vantagens que mencionei aqui e muitas outras, que não convém citar neste momento. FLAC é o codec lossless do futuro, e assim que a massa descobri-lo forçará os fabricantes a adotá-lo como o codec padrão para áudio, como aconteceu com o MP3 a mais de 10 anos atrás, quando a internet era discada e exigia que as músicas fossem codificadas tão severamente para que fossem adicionadas em páginas na internet.
As músicas continuarão sendo produzidas como são, mas os codecs não. Se você quer arquivar e ou fazer backups dos seus CD, ou criar bibliotecas digitais, altamente sugiro começar a usar o codec FLAC, que lhe servirá para todos os propósitos!
Perdoem-me se cometi muitos erros, sou apenas um profissional de áudio e vídeo, não um escritor ou redator.
Abraços a todos e aproveitem o codec FLAC.
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