domingo, 1 de abril de 2012

Entrevista com João Bosco (Bando do Velho Jack e ex-Alta Tensão), 15/01/2012

Publicado em 15 de janeiro de 2012 no site Cuiabá Underground. 

Undercba: (Bosco, primeiro quero que saiba que o ALTA TENSÃO foi a banda responsável pelo pontapé inicial para o surgimento da cena em Cuiabá, que vocês fazem parte de nossa História). Agora a pergunta: Quando se formou o ALTA TENSÃO e quem era os integrantes?

João Bosco: Antes de responder essa questão sobre o ALTA TENSÃO, gostaria de dizer que para mim é uma grande emoção! Fiquei emocionado em saber nos contribuímos para a formação da cena de Cuiabá! A capital querida, tenho muita saudades daí, e pretendo retornar ai para fazer uns shows e matar a saudade das amizades que deixei por ai. Tenho muita saudade, e fico emocionado em saber que contribui para a formação da cena de uma cidade tão talentosa com grandes artistas e grandes músicos da Cena METAL e de outras cenas também. Sobre o surgimento do ALTA,foi assim: quando eu entrei para o ALTA, ele já existia. Eu tinha um grupo aqui com uns músicos de Rondonópolis chamado "EUFORIA", antes do ALTA TENSÃO, era uma banda legal também! Eu conheci o ALTA assim: Estávamos fazendo um show na praça e queríamos dar uma saída,...dar uma escapada para tomar uns negócios, estava cheio de gente quando olhamos, tinha uns músicos e nos passamos os instrumentos para eles e dissemos: "vão tocando ai que vamos dar uma descansada, e já voltamos!" Fomos para um bar tomar umas cervejinhas, quando voltamos eles nos disseram: "ainda bem que vocês voltaram, pois já não tinha musica para segurar a platéia. Essa banda que ficou segurando o público era o ALTA TENSÃO. Depois de um tempo o EUFORIA acabou, o grande nome do EUFORIA era o "ZÉ PRETINHO", ele mudou-se para Cuiabá para tocar na noite, eu tentei reformular o EUFORIA e não consegui. Foi uma época de depressão, comecei a trabalhar com criação de cachorro, adestramento, fui influenciado por um pessoal do Rio de Janeiro. Encaixotei a batera e fiquei uns 02 anos parado, foi quando tive a oportunidade de participar de uma partida de futebol no Morenão, aqui em Campo Grande. Era os radialistas X os artistas, eu joguei pelos artistas, em uma preliminar de Comercial X Operário, quando o Adilson que também estava jogando, no vestiário falou para mim, "estamos precisando de um cara para tocar batera no ALTA TENSÃO. Você não quer entrar? E acabei entrando. Nessa fase o ALTA TENSÃO tinha uma música mais pesada outra mais calma, uns rock pesado, outros pop, sem estilo definido. Quando fui para o ROCK in RIO de 85, cruzei com o pessoal do "SS" por lá,fizemos aquela farra( garanto que aquele R.n.R, mexeu muito com eles também), eu vim do Rio de Janeiro decidido a dar uma personalidade ao ALTA TENSÃO. Logo que cheguei tinha um show grande em um lugar chamado ARMAZEM, depois do show fizemos uma reunião com a banda e eu disse que queria fazer um som mais HEAVY, algumas pessoas da banda não gostaram, tinham até umas meninas que faziam backing vocals, que não gostaram da idéia. Liguei para a BARATOS AFINS e pedi que mandassem todos os discos de METAL disponíveis, PATRULHA, HARPIA, alguns discos do METALLICA que tava começando nessa época também, para fazermos uma audição! Falei para o pessoal "É isso ai que temos que fazer!" A partir daí limamos o repertório e começamos do zero, isso foi em 1985. Eu(batera) e o Adilson (guitarra) começamos a ensaiar, montamos todas as partes rítmicas, riff de guitarras, todas as composições para o 1º disco que viria ser o METALMORPHOSES. O comecinho do ALTA TENSÃO eu não tenho detalhes, eu tenho do meu começo no ALTA, foi assim para mim.O ALTA teve várias formações, a 1ª vez que fomos em Cuiabá tinha uma menina fazendo teclado, essa formação durou pouco tempo, ai ficou a formação básica, que era EDINHO (guitarra), ADILSON (guitarra/vocal), MARCOS (baixo) e eu na bateria.gravamos o METALMORPHOSES com essa formação.


Undercba: Vocês foram uma das primeiras bandas da cena nacional, nos anos 80. Como foi esse período? Tem saudades?

João Bosco: Muita saudades! Esse período foi um período maravilhoso no Brasil, os anos 80. Houve uma explosão, nós aqui mesmo em Campo Grande, fazendo shows em Cuiabá no Brasil afora, de repente nos avisam que estamos em uma revista Norte Americana ( Metalhammer ou Metalhead) que tinha o David Coverdale do Whitesnack na capa , nós abrimos a matéria com o título BRAZILIAN ATACK, tinha uma foto do VIPPER, ALTA TENSÃO, VUDU e outra que não me lembro, eram 04 fotos, e citava a NOVA CENA METAL que tomava conta do BRASIL , era ALTA TENSÃO, VIPPER, VUDU, SEPULTURA, OVERDOSE, CENTURIAS, um monte de bandas citadas, parecia um sonho, essa década. Só coisas boas rolando, show em cima de show, não acreditávamos, parecia um sonho.


Undercba: O Corvo teve o privilégio de assistir vários shows de vocês e também de tocar junto com vocês no lançamento do LP "Nigéria" no SESC Porto(Cuiabá). Você se recorda desse show em Cuiabá? Fale um pouco sobre esse evento, de seus amigos do SS...

João Bosco: Olha recordo com muita saudade, acho que foi uns dos últimos do ALTA TENSÃO, eu me lembro que foi uma festa maravilhosa, depois do show fomos tomar uma cervejada com o pessoal da "SS", eu ficava parado lá na casa do LORI, e se não me engano ele gravou uma ou duas partes do NIGÉRIA, nesse show, ele fez uma performance conosco. Foi uma integração fora de série, uma noite inesquecível, quando puxo pela memória os shows de Cuiabá estão sempre presentes, foram sempre grandes shows, a moçada, as bandas novas da cena Cuiabana, a "SS" que tinha um nome já bem elevado na cena. Já tocaram aqui, e em Coxim, eles tinham um público bom por aqui,eles eram bastante venerados por aqui. Sinto muita saudade em falar dessa época, desses shows, foi maravilhoso. Quando me lembro da vontade de entrar na máquina do tempo e voltar lá.


Undercba: Quais as diferenças que você vê entre os anos 80 e a atualidade?

João Bosco: Eu acho que se fazer um HEAVY com seriedade, bem legal, não que hoje não seja sério, não havia rotulação, era mais natural. O HEAVY podia ser mais lento, mais acelerado, havia diferença entre as bandas da cena METAL, uma diferente da outra, se pegava um ANVIL era uma coisa, o SAVATAGE era outra, o METALLICA outra, o ANTHARAX, o VENOM que caia mais para o lado Black do HEAVY METAL, o SLAYER, que era adorado por todos, e a banda mais rápida, uma banda que eu curtia muito, e o ALTA tinha influência era o JUDAS PRIEST, o OZZY e o BLACK SABBATH, éramos devotos do SABBATH! Até hoje!


Undercba: Bosco, A primeira Banda de Metal a tocar em Cuiabá, foi o Alta. Você imaginaria que quase 20 anos depois a cena Cuiabana pudesse existir com grande força e boas bandas, graças em parte a vocês que semearam o metal por aqui?

João Bosco: Olha isso ai é emocionante, isso já é uma resposta, fico sem o que falar! Fico orgulhoso, pois é uma cena que está dando o que falar no Brasil inteiro. Porque hoje estou no "BANDO DO VELHO JACK", bem setentão, com pé no Blues, continuamos saindo na BRIGADE, e toda vez que vamos fazer uma matéria, o pessoal pergunta da cena de Cuiabá, que realmente é vista como muito forte na cena nacional, destaca-se bastante, com nomes conceituados, e eu fico orgulhoso de ter contribuído com uma cena de METAL que ta dando o que falar no Brasil inteiro. O "Bando" é uma banda que faz som de minhas raízes.


Undercba: E os Ex-Alta Tensão, por onde andam? Você ainda tem contato com os mesmos? E o Ayala, o roadie de vocês, por onde anda? O Cuca?

João Bosco: O Marcos e o Adilson tem uma banda de baile, chamada banda "COMPANY", são irmãos e continuam trabalhando juntos na noite de Campo Grande. Andamos até conversando e queremos fazer um Revival do ALTA TENSÃO, uma noite só, no Stones, tocar umas 10 músicas para matar a saudade! O Edinho ta morando nos Estados Unidos, já a quase 10 anos, eu quase fui para lá, estive com um pé lá, morando com ele. Ele hoje ta fazendo Genética, o lance dele é ajudar as pessoas, ele está dando aula de guitarra para os americanos, foi a última notícia que tive dele. Aí tem outras formações, o Akira um japonês virtuosíssimo, ele está no Japão com o irmão dele o "Tiko", batera muito bom, foi para lá trabalhar com fotografia, mais você sabe né, quem é músico, nunca a música abandona. O Ayala tá trabalhando em uma casa noturna chamada Blem Blem, onde toca grandes figuras da música nacional, essa foi a ultima noticia que tive dele , em São Paulo. O Cuca foi o grande responsável por tocarmos no Sayonara, ele ta morando aqui em um local bem sossegado, ele ta bem acomodado, bem tranqüilo, o filho dele é jogador de futebol.


Undercba: Em que ano vocês tocaram aqui pela primeira vez? Lembro-me que foi no extinto Sayonara,como vocês eram visto naquele tempo, aquele visual Couro/Braceletes/Bandanas/ Cabelo pra lá de grande. Havia muita repressão?

João Bosco: O ALTA morreu dormindo, foi assim findando aos poucos, o Adilson siu, e nós gravamos o "NIGÉRIA", por volta de 1989, o BATATA entrou pro ALTA fazendo baixo/vocal, o Edinho (guitarra), eu na batera. E o Lori (SS) até participou depois da gravação desse disco, começamos a sentir que a cena se enfraquecia por aqui, surgiram bandas tipo NIRVANA, o grunge entrou forte(90/91), percebemos que as pessoas não prestigiavam mais os nossos shows. O Edinho foi tocar numa banda de BLUES, o Aguapé blues band, eu fui para Coxim, para tocar em uma banda de bailão do meu pai, no interior. Até que fui convidado para tocar no MADE IN BRAZIL, coisa de fã tocar na banda dos sonhos, sai do MADE no final de 1994, vim para Campo Grande tocar em uma banda de noite, chamada "SEVERINA COOPER" (tocava forró).


Undercba: Fale um pouco do seu presente. Como foi formado "O Bando do Velho Jack"? Vocês tocam algumas músicas do Alta em seu repertório?

João Bosco: Com a idéia de formar uma banda voltada para o ROCK CLÁSSICO (50/60/70) com um pé no BLUES, que era o BANDO, participei de uma banda muito importante para a cena de Campo Grande, a 'BLUES BAND", fiz parte da formação final, foi quando acabou. Da "BLUES BAND" saiu "Os BEBADOS HABILIDOSOS", e o "BANDO DO VELHO JACK. O Renato montou "Os BEBADOS", e eu e o Marquinhos, "O BANDO DO VELHO JACK", a ultima formação da BLUES BAND era eu na batera, o Marquinhos no baixo, o Fabinho na guitarra, e o Renato no vocal. Saiu para o BANDO, eu, Marquinhos e o Fabinho, com o Batata no vocal, e para os BEBADOS, o Renato e o Edney, não lembro dos guitarristas da 1ª formação, hoje está com o Fábio (guitarra), e o Marcelão (baixo) . Nós do BANDO estamos lutando até hoje na cena aqui em Campo Grande, tocamos em São Paulo, e o que é bom, estamos tendo o respeito da mesma turma que ouvia o ALTA TENSÃO, e isso é que é bom. Estive 07 anos no ALTA TENSÃO, 03 no MADE IN BRAZIL, se tivéssemos em outra cidade , talvez não teria acabado, talvez sim, pego de exemplo uma banda que tenho o maior respeito pelo conteúdo das letras da cena METAL, e que fiquei sabendo que acabou, o DORSAL ATLÂNTICA, os caras batalharam tanto, até tocaram aqui, uma das melhores bandas que já existiu na cena nacional e não resistiu. Acho que tiveram que se adaptar o som a atualidade. Que direito temos de julgar, pegue o METALLICA de hoje com o ouvíamos nos anos 80. O que será que aconteceu na vida deles? Se tivessem fazendo o mesmo som ( que era maravilhoso), não teriam onde tocar. É como vender a alma ao diabo. O grande METALLICA, quem dirá nos aqui , que não somos um METALLICA. Então acho que mudam as pessoas, as coisas vão tomando outro rumo, os lugares de se fazerem shows, os clubes, a imprensa, a tv, tem que se adaptar. Mais eu adoro os clássicos, verdadeiras pérolas de METAL, lá do começo dos anos 80. O JUDAS por exemplo, que deu uma porrada na gente quando gravou o PAINKILLER, que é um clássico. Deu a volta por cima, é uma banda sensacional, consegue usar tecnologia nova em cima de uma mesma formula e se manter. E olha que o JUDAS é uma banda dos anos 70. Voltando aos anos 80, o tempo hoje voa mais que naquela época, não há mais tempo de confraternização ( não sei aí em Cuiabá?!), além do BANDO, tenho a loja Rock Show, já 16 anos na praça, uma Escola de Bateria, o Centro Cultural MobDick, em homenagem ao JOHN BOHN, uma das maiores inspirações de minha vida, aquele solo memorável. O BANDO está tendo repercussão boa, tendo material vinculado nos ESTADOS UNIDOS, fomos classificados como banda sulista (tipo ALMA BROTHERS, NEIL YOUNG) categoria rock sulista mundial. Estamos vivendo uma ótima fase. Depois de sair do MADE, comecei a sentir saudades de bandas como HUMPLE PIE, FREE, BAD COMPANY, CASA DAS MÁQUINAS, e quando ia nas lojas de música, na seção de Rock Brasil, observava que só tinha TITÃS, PARALAMAS, LEGIÃO URBANA (não que eu tenha algo contra), parecendo que o Rock Brasil tinha começado nos anos 80. Aí eu começava a me perguntar, cadê o SECOS E MOLHADOS, O TERÇO, O MADE IN BRAZIL, O JOELHO DE PORCO? O CASA DAS MÁQUINAS? O som nosso de cada dia , as bandas escreveram o seu nome na página da Cultura Rock do Brasil, contribuíram muito e não foram reconhecidas. Caracterizaram como o berço do rock "n roll essas outras dos anos 80. Houve uma grande valorização da mídia em cima desses nomes (Legião, Titãs...). Acho que elas tem seu valor, o Legião não é uma banda superdotada musicalmente, mais o grande lance estava nas poesias do Renato Russo, que era um poeta. De todas essas dos anos 80, a grande banda era o BARÃO VERMELHO. Eu pensava: "Algém tem que contar essa história, tem que ter um discípulo para levantar essa bandeira, eu comecei a me preocupar com isso, vi que não tinha espaço para as bandas dos anos 70 como SPENG FREE, LYNARD SKYNARD, ALMA BROTHERS, eu vim para Campo Grande, e falei do meu projeto para o BATATA, ele não entendeu a proposta musical, daí eu gravei 04 fitas para ele com músicas que eu estava a fim de tocar. Ele foi para Minas e ficou assimilando o som, tentamos outros componentes na banda, mais concluímos que precisávamos de mão de obra especializada, mão adianta querer colocar um guitarista de HEAVY METAL em uma banda dos anos 60/70, não vai rolar. Tem que entrar na máquina do tempo e trazer o timbre dessa época. As pessoas certas eram o Marquinhos e o Fabinho. Eu expus a minha idéia, todos acharam muita loucura. Mais acabaram comprando ela. Banda é uma viagem, uma família, para dar certo tem que estar todo mundo em sintonia, rolar uma química. Eu dou esse conselho para meus amigos e colegas: " Vão assistir as bandas, pois as pessoas passam, nada é eterno, é um momento estar vendo aquele grupo reunido, os músicos estão dando o melhor de si, para a diversão de outras pessoas. Quando tudo passar você poderá dizer "vi esses caras tocarem!". Com relação em tocar música do ALTA, por enquanto ainda não, mas estou pensando em tocar uma versão do ALTA para a música "EXTERMINADOR" (gravado no disco Nigéria), que é de uma banda Argentina, o RIFF, mais trazer mais para o lado ROCK 'N' ROLL, ela é do guitarrista PACO (renomado guitarrista Argentino). Essa música faz parte da minha vida, ouvi muito RIFF, e resolvi fazer uma versão na íntegra, foi a última música a entrar no NIGÉRIA, deixamos ela mais rápida e mais ardida, se você ouvir verá que é um ROCK 'N' ROLL com cara de METAL (riff e batera de rock 'n' roll), tipo MOTORHEAD, banda que faz isso com propriedade, uns caras que não mudaram o som, gosto muito do som deles. É esse o plano para tocar música do ALTA no BANDO DO VELHO JACK. O músico tem uma visão anarquista das coisas. Gosto dos STONES, pois eles tem um lado sujo do ROCK 'N' ROLL, foram importante para o rock, como o BOB DYLAN, os BEATLES quebraram muitos preconceitos em prol do ROCK 'N' ROLL (o lado contestador), o modista sai do mundo do ROCK.


Undercba: Em Campo Grande a galera reverenciam vocês, pela importância que representam na história da cena nacional?

João Bosco: O ALTA nem tanto. Como dizia OSVALDO ROCK VECCHIONE: "No Brasil tem que matar um leão a cada dia, o povo tem memória curta!" Eu modéstia à parte, tenho o privilégio de ceder entrevistas e matérias desse nível, de pessoas como você de mente arrejada. Mais isso com pouca freqüência, tem até uma menina que está escrevendo um Livro sobre a cena local. De vez em quando somos lembrados. Isso nos dá a sensação de que os anos de luta valeram para alguma coisa. Como nesta entrevista que me deixou emocionado, com perguntas emocionantes.


Undercba: Em nome do site Underground Cuiabá, agradeço por sua atenção e boa vontade com que concedeu esta entrevista. Agora o espaço está livre para que deixe uma mensagem ao público do site. Obrigada.

João Bosco: Eu que agradeço! Estarei sempre disponível para fazer essas matérias, que fazem parte da vida da gente. Contribuímos para escrever essa história, somos um grãozinho de areia no meio de uma praia. Muita gente contribuiu também, mais é bom saber que estamos lá no meio. Com relação as pessoas de Cuiiabá: Acho vocês maravilhosos, Cuiabá tem músicos de altíssima qualidade, não deixem essa CENA UNDERGROUND cair não! Mantenham essa chama acesa, em alta, sei que a CENA METAL aí É FORTE, divulguem para as revistas, e Cuiabá tem uma CENA MUSICAL MARAVILHOSA, muito antes do METAL, quando comecei a tocar bateria, já me diziam: Vá para Cuiabá, não perca seu tempo aqui não! Pois é lá que se respira uma boa música, é lá que valorizam o bom músico, é lá que a CENA PEGA FOGO! Não que esteja desvalorizando CAMPO GRANDE, que melhorou muito, mais Cuiabá tem vida noturna, é pura verdade, tem público, e fico feliz de ter contribuido para a formação da CENA METAL local (Cuiabá), de ter jogado a semente, e a cena se propagou, e tem um ALTISSIMO NÍVEL, não deixe-a morrer. O que tem enfraquecido a musica , é o desrespeito com o trabalho dos outros. Temos que respeitar os outros, as vezes você vai no médico levar sua tia, e ela reclama para o médico que o outro fez uma cagada, uma porcaria com ela, aí o médico diz assim: "Você deve estar enganada, ele é um bom médico, talvez estivesse em um mal dia!", o músico devia ter esse comportamento, nunca dizer: "tal banda é um lixo!". Não tem que dizer isso, tem que ter união, elogiar. Assim com atitude, fortalecer a categoria, com essa união fica difícil de quebrar a categoria. Viva intensamente, e não beba a vida em um só gole. A vida é para se curtir. Espero tocar em breve em Cuiabá com o BANDO DO VELHO JACK, tenho mantido contato com produtores local, e espero poder dar esse depoimento ao vivo.

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