Por Fábio Cavalcanti
A banda, formada no Rio Janeiro, ganhou seu espaço no hall do rock progressivo mundial com o ótimo álbum "Criaturas da Noite" (1974). Mas, a nível de curiosidade, vale conferir esta primeira "bolachinha", que traz um grupo ainda imaturo e indeciso quanto à sua essência musical, mas certamente bastante promissor a longo prazo...
Em "O Terço", o trio suga ao máximo do rock clássico - especialmente dos Beatles -, do folk rock e até da MPB, em faixas como "Antes de Você... Eu", "Plaxe Voador", "Imagem", "Flauta", e na curiosa "Oh! Suzana". Infelizmente, acaba pisando na bola no excesso de "breguice" das orquestradas "Longe Sem Direção" e "Velhas Histórias", além da bestinha "Yes, I Do".
Se você curte algo mais progressivo, sugiro a ótima "Saturday Dream", o momento mais ousado e diversificado do álbum. Já a curiosíssima "Nã" nos faz imaginar uma espécie de Jethro Tull rural. Destaco ainda "I Need You", um inesperado funk/soul muito legal! Parte deste suíngue também se encontra na leve e minimalista "Meia Noite".
Tão curto quanto o álbum em questão (que possui apenas 30 minutos de duração) é o meu parecer final: um trabalho razoável, recomendado para curiosos e colecionadores, e que mostra apenas que o melhor do Terço ainda estava por vir...
de Whiplash
Formação para esse álbum:
Jorge Amiden - baixo
Vinícius Cantuária - bateria
Dois detalhes interessantes. O primeiro é que o nome da banda nesse álbum (o primeiro da banda) era O Têrço como acento circunflexo, ganhando a nova grafia a partir do próximo álbum. O segundo foi que tão logo o álbum foi lançado, Flávio Venturini ingressou na banda assumindo os teclados.
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