Por Oficina de Macacos
Em 1977, Miguel de Deus criou talvez o LP mais obscuro da black music setentista brasileira, o disco: "Black Soul Brothers". Convidado pela gravadora Copacabana para registrá-lo, o disco é exercício glorioso do movimento black brasileiro. Ilustrado por um poderoso cabelo black power na capa, Miguel registrava naquele momento a sua verdadeira faceta, essa que esteve presente sempre em todas as fases musicais que desfrutou. Envolto no mais puro clima de festa, Miguel de Deus gravou Black Soul Brother exatamente como quem fazia parte da música pela festa, e não o contrário.
Tudo soa magicamente solto e avesso a qualquer amarra caricatural ou poses: não é o vocal principal o maior primor técnico do disco, mas a espontaneidade com o qual solta e exterioriza bordões e pregações em nome do black e do soul. Assim ocorre com "Cinco Anos", e até em uma nova versão de "Pedaços", a mesma presente no disco da banda Assim Assado. Miguel não teve medo de transformar o maroto samba rock em funk rasgante, com espontâneos vocais e aquele climão.
O disco caminha por vários momentos de descontração, com melodias tão pop e letras tão tortas, vocais pregando e cantando e sacolejando (em "Mister Funk" e "Flaca Louca"), até o ápice da faixa-título adentrar os ouvidos: "Black Soul Brothers" são os três minutos mais empolgantes e explosivos de todo o fantástico registro de Miguel de Deus. Harmoniosas backing vocals movem o som que não nasceu para outra coisa a não ser para o que realmente nasceu: embalar! Esse LP tornou-se item de colecionador e seu valor no mercado de usados sobe a cada ano. A maioria dos exemplares remanescentes já foram levados para fora do país por japoneses ou europeus que literalmente piram com o som e soul de Miguel de Deus. Se liguem nessa Pedrada!
Tudo soa magicamente solto e avesso a qualquer amarra caricatural ou poses: não é o vocal principal o maior primor técnico do disco, mas a espontaneidade com o qual solta e exterioriza bordões e pregações em nome do black e do soul. Assim ocorre com "Cinco Anos", e até em uma nova versão de "Pedaços", a mesma presente no disco da banda Assim Assado. Miguel não teve medo de transformar o maroto samba rock em funk rasgante, com espontâneos vocais e aquele climão.
O disco caminha por vários momentos de descontração, com melodias tão pop e letras tão tortas, vocais pregando e cantando e sacolejando (em "Mister Funk" e "Flaca Louca"), até o ápice da faixa-título adentrar os ouvidos: "Black Soul Brothers" são os três minutos mais empolgantes e explosivos de todo o fantástico registro de Miguel de Deus. Harmoniosas backing vocals movem o som que não nasceu para outra coisa a não ser para o que realmente nasceu: embalar! Esse LP tornou-se item de colecionador e seu valor no mercado de usados sobe a cada ano. A maioria dos exemplares remanescentes já foram levados para fora do país por japoneses ou europeus que literalmente piram com o som e soul de Miguel de Deus. Se liguem nessa Pedrada!
1. Cinco Anos (4:51)
2. Pedacos (4:04)
3. Mister Funk (3:22)
4. Flaca Louca (3:51)
5. Black Soul Brothers (2:55)
6. Lua Cheia (4:37)
7. Pode Se Queimar (4:09)
8. Fabrica De Papeis (4:30)
2. Pedacos (4:04)
3. Mister Funk (3:22)
4. Flaca Louca (3:51)
5. Black Soul Brothers (2:55)
6. Lua Cheia (4:37)
7. Pode Se Queimar (4:09)
8. Fabrica De Papeis (4:30)
Excelente postagem, assim como as outras mais recentes sobre o funk/ soul/ black music brasileira. Parabéns Tarkin!
ResponderExcluirSe possível, poderia adicionar o meu blog à sua lista? Ele também é dedicado à música (especialmente rock) obscuro dos anos 60 e 70.
ResponderExcluirLink: http://rocknrollperolas.blogspot.com.br/
O "Por Trás da Vitrola" já está na minha lista,
Obrigado!
Agradeço a visita e os comentários. Pérolas do Rock'n'Roll acionado a lista de blog. Abraços.
ExcluirParabéns pelo blog! Especialmente por disponibilizar os sons em 320 kbps. Abraços.
ResponderExcluirUm viva aos fóruns "comunistas" por disponibilizar arquivos com qualidade. Abs.
ExcluirTarkin, muito bom mesmo! Obrigado!
ResponderExcluirGrande Javanes, incrível como roqueiro tem preconceito com ele mesmo. Achei que ocorreria de ter alguns comentários contra as postagens de black music, pois não tinha em comum com o que era postado no blog, mas para minha surpresa ocorre exatamente o contrário. É como disse uma vez um garoto dessa bandas novas de rock: "Não existe estilo ruim, existe música boa e música ruim". Fato. Saudações.
ExcluirSalve a Black Music Brasileira!!
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