A banda O Terço era uma sombra do passado em 1982 quando o guitarrista Sérgio Hinds resolveu que era hora de gravar mais um álbum, dez anos depois da estreia. O músico queria resgatar uma época interessante do rock brasileiro, apesar de alternativo: o incipiente rock progressivo com sotaque setentista, em português, um movimento que, além d’O Terço, tinha bandas como Casa das Máquinas, o Som Nosso de Cada Dia, Bacamarte e Patrulha do Espaço, entre outras. O álbum na época não chamou muito a atenção, soterrado pelo início do pop rock dos anos 80. A Warner decidiu resgatar “Som Mais Puro”, dentro de uma série de relançamentos que inclui Guilherme Arantes, A Cor do Som e João Donato. “Som Mais Puro” tem influências progressivas e psicodélicas da década de 70, só que menos viajante, flertando com gosto com o jazz e com a MPB. É um trabalho que merecia mais atenção quando foi lançado.
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