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Por Heart Bleed Blue
Por pouco mais de duas décadas o Blind Pigs navegou os mares bravios da cena punk rock brasileira deixando sua marca na história. Com o fim da banda em 2016, Henrike Baliú (voz), Alexandre Galindo (guitarra), Mauro Tracco (baixo) e Arnaldo Rogano (bateria) decidiram seguir adiante, mas com um novo projeto, outro nome, diferentes influências e mais um marujo a bordo. “Ter recrutado o Ricardo Galano, guitarrista da banda punk rock paulista Não Há Mais Volta, foi o estopim que precisávamos para a criatividade fluir”, diz o vocalista Henrike.
Assim surgiu o Armada, que lançou em outubro de 2017 o EP homônimo em vinil sete polegadas dourado pela Comandante Records em parceria com a HBB, responsável pelo álbum completo do grupo, previsto para fevereiro de 2018. “Armada” conta com duas faixas, “Eterno Marujo” e “Bandeira Negra”.
“Eterno Marujo” foi a primeira composição do grupo. “O Mauro já trouxe ela praticamente pronta e a partir dela criamos a identidade da banda. Acho que a letra define bem o Armada, ela foi o ponta pé inicial”, explica Henrike. Mauro revela que a letra é bem pessoal. “Fala sobre seguir em frente, custe o que custar. Tem gente que não nasceu para ser tripulante, mas não é preciso estar num navio para navegar. O som é um street punk bem cadenciado, refrão ‘sing along’, para cantar com os punhos em riste”.
Já “Bandeira Negra” é inspirada em um livro sobre roubos e crimes de piratas notórios, publicado em 1724 na Inglaterra. Segundo Henrike, autor da letra da música, o livro intitulado “A General History of the Robberies & Murders of the Most Notorious Pirates” relata estórias supostamente reais do período da pirataria. “O capítulo que mais me marcou foi o do Capitão Edward Teach, o infame Barba Negra. Quando seu navio foi atacado pela Marinha Real Inglesa ele bradou: ‘Que a maldição se apodere de mim, se eu te der trégua antes do fim’. Essa foi, inclusive, uma frase que acabei usando no final da música. Barba Negra foi morto nesse dia após tomar cinco tiros e mais de vinte golpes de espada, mas morreu com a espada na mão. Foi decapitado e sua cabeça amarrada na proa do navio”, conta.
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