Por Rafael Sartori em Território da Música
Trio brasileiro pouco conhecido pelos jovens de sua pátria, mas cultuados no exterior, o Azymuth está desde 1970 na estrada mesclando com muita propriedade elementos de jazz, soul, funk e, claro, samba e mpb. No novo álbum “Aurora”, aliás, os ritmos e as percussões brasileiras ganharam ainda mais espaço, deixando um pouco de lado os metais tão em evidência tempos atrás.
Quase todo instrumental, o trabalho mostra mais uma vez o incrível entrosamento de José Roberto Bertami (teclados), Ivan Conti (bateria) e Alex Malheiros (baixo e guitarra), sendo que esse último acaba assumindo naturalmente a frente do negócio.
O repertório é variado e traz, além da progressiva faixa-título e da já citada fusão de diversos gêneros, algumas totalmente disco e retrô como “É Mulher”, a experimental “Crazy Clock” e as suaves e belíssimas “In My Treehouse Prelude 1” e “In My Treehouse Prelude 2”.
“Aurora” não é exatamente um álbum moderno nem surpreende pela inovação (pelo menos para quem já ouviu outras gravações do grupo). Mas tem a combinação explosiva de talento, técnica e pegada brasileira, no melhor sentido da palavra, que não se encontra assim tão facilmente. Isso significa que o Azymuth continua com uma vibração, uma energia e uma criatividade que vão deixar muito gringo morrendo de inveja e se perguntado: “How it’s possible?”.
1. Aurora
2. In My Treehouse (Na Minha Casa na Árvore)
3. Tá Nessa Ainda, Bicho (Are You Still IN It, Dude?)
4. Isso É Partido Alto (This Is Partido Alto)
5. Carnaval Legrand
6. Diz no Pé (Say with Your Foot)
7. Meu Mengô (My Mengo)
8. Crazy Clock (Relógio Maluco)
9. Que Bom (How Nice)
10. É Mulher (Is Woman)
11. In My Treehouse Prelude 1
12. In My Treehouse Prelude 2
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