Torrent
Por Rock in Press
A história do Rock brasileiro tem como um dos personagens principais os gigantes Titãs. E depois de 6 anos de edição de 200 horas de vídeos caseiros gravados pelas mãos de Branco Melo, finalmente sai o documentário Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa, de Branco Melo e Oscar Rodrigues Alves. Eu tive o prazer de ler o livro do mesmo nome antes, então o filme teve um gostinho a mais pra mim. Ver além do que eu li traz um significado diferenciado a qualquer história. Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa é o resumo de 2 horas de duas décadas e meia de Sexo, Drogas, Rock n’ Roll e muita diversão.
A filmagem é toda amadora, com excessão de programas de tv. Começa em 1982 e pára em 2008. O som é simplesmente impactante, mesmo com a qualidade do material mostrado. Em alguns áudios do início do filme, fica muito difícil entender o que é dito, mas isso é apenas um prévio início, pois na questão shows e ao vivo está maravilhoso, tendo feito um verdadeiro milagre na ilha de edição. O filme não conta a história da banda, é um apanhando de imagens onde mostra descontração dos integrantes, momentos de gravação, brigas ou mesmo momentos onde as drogas entraram na frente. O bom do filme é toda a alegria e diversão que ele passa, as história não são contadas, são vistas pelo espectador mas tem mais sentido para quem leu o livro, que entende a cronologia do filme.
O filme acaba de vez com quem sempre achou que a banda teve um líder, lá sim, a democracia sempre reinou. Mostra a saída de Arnaldo Antunes da banda, por simplesmente não se encaixar mais na sonoridade produzida e ter assuntos pessoais grandes e projetos maiores, a saída de Ciro, o primeiro membro que saiu ainda no início do sucesso da banda, a “troca” de baterista com o Ira!, a morte de Marcelo Frommer e o quanto isso pesou na banda, e a conturbada saída de Nando Reis, que simplesmente colocou seu projetos na frente da banda e aos poucos foi abandonando o barco. As prisões de Tony Belloto e Arnando Antunes com heroína também foram lembrados. Diversos pedaços da história ficaram para trás e não foram lembrados, como a destruição após o show de abertura da reconstrução do Teatro Carlos Gomes no Rio, entre outros momentos muito importantes.
O filme tenta balançar a história entre o novo e o material mais antigo, mas pende a mostrar bem mais a textura da banda no seu formato antigo, assim tendo mais material da década de 80, é aí que se perde um pouco do gosto, o atual momento da banda foi pouco lembrado, depois do Acústico MTV até o Ao Vivo MTV são momentos que passam muito rápido. Concluo dizendo que o filme é obrigatório para quem quer conhecer o que passa por uma banda antes e depois do sucesso, o que sofre e como se diverte. Afinal, A vida parece até uma festa!
Por Rock in Press
A história do Rock brasileiro tem como um dos personagens principais os gigantes Titãs. E depois de 6 anos de edição de 200 horas de vídeos caseiros gravados pelas mãos de Branco Melo, finalmente sai o documentário Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa, de Branco Melo e Oscar Rodrigues Alves. Eu tive o prazer de ler o livro do mesmo nome antes, então o filme teve um gostinho a mais pra mim. Ver além do que eu li traz um significado diferenciado a qualquer história. Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa é o resumo de 2 horas de duas décadas e meia de Sexo, Drogas, Rock n’ Roll e muita diversão.
A filmagem é toda amadora, com excessão de programas de tv. Começa em 1982 e pára em 2008. O som é simplesmente impactante, mesmo com a qualidade do material mostrado. Em alguns áudios do início do filme, fica muito difícil entender o que é dito, mas isso é apenas um prévio início, pois na questão shows e ao vivo está maravilhoso, tendo feito um verdadeiro milagre na ilha de edição. O filme não conta a história da banda, é um apanhando de imagens onde mostra descontração dos integrantes, momentos de gravação, brigas ou mesmo momentos onde as drogas entraram na frente. O bom do filme é toda a alegria e diversão que ele passa, as história não são contadas, são vistas pelo espectador mas tem mais sentido para quem leu o livro, que entende a cronologia do filme.
O filme acaba de vez com quem sempre achou que a banda teve um líder, lá sim, a democracia sempre reinou. Mostra a saída de Arnaldo Antunes da banda, por simplesmente não se encaixar mais na sonoridade produzida e ter assuntos pessoais grandes e projetos maiores, a saída de Ciro, o primeiro membro que saiu ainda no início do sucesso da banda, a “troca” de baterista com o Ira!, a morte de Marcelo Frommer e o quanto isso pesou na banda, e a conturbada saída de Nando Reis, que simplesmente colocou seu projetos na frente da banda e aos poucos foi abandonando o barco. As prisões de Tony Belloto e Arnando Antunes com heroína também foram lembrados. Diversos pedaços da história ficaram para trás e não foram lembrados, como a destruição após o show de abertura da reconstrução do Teatro Carlos Gomes no Rio, entre outros momentos muito importantes.
O filme tenta balançar a história entre o novo e o material mais antigo, mas pende a mostrar bem mais a textura da banda no seu formato antigo, assim tendo mais material da década de 80, é aí que se perde um pouco do gosto, o atual momento da banda foi pouco lembrado, depois do Acústico MTV até o Ao Vivo MTV são momentos que passam muito rápido. Concluo dizendo que o filme é obrigatório para quem quer conhecer o que passa por uma banda antes e depois do sucesso, o que sofre e como se diverte. Afinal, A vida parece até uma festa!
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