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O Pata de Elefante nunca teve suas referências rurais realmente declaradas. Mas não apenas o nome, mas nas fotos de divulgação e o clima de faroeste spaguetti sempre falaram pelas músicas instrumentais do trio gaúcho. “Na Cidade”, disco que marca a saída deles da Monstro Discos para a Trama, mirando público e ambições maiores, faz esse trabalho de transição para o ambiente urbano. Sem fugir do que fez a banda tão atraente: música sem palavras para – isso mesmo – cantar.
“Na Cidade” explica, sem usar palavras, algo que era muito fácil de sentir ao assistir o Pata de Elefante se apresentar ao vivo. E é o fato de que essa é, hoje, uma das melhores bandas instrumentais do país. A mistura de rock com surf music e folk, com usos criativos de Wah Wah’s – pedal que não muda a nota, enquanto muda ela entre grave e agudo, fazendo um som que soa igual ao nome do instrumento – e teclado. O Pata não caiu no clichê do sortuno ao usar o tema cidade e fez um de seus discos com clima mais para cima.
“Grandona”, terceira faixa, mostra como eles conseguem ser instrumental e pop de uma forma que muitas bandas próximas, como o Macaco Bong, ainda encontram dificuldades. O Pata de Elefante é sempre mais sobre diversão que masturbação guitarrística para cansar o ouvido. “Pesadelo nos Bambus”, quinta na sequência, é o momento urbano local, com a faixa batizada a partir de um dos inferninhos mais clássicos de Porto Alegre. A mixagem final do disco, feito no lendário estúdio Abbey Road, deixou que as músicas ficassem encorpadas como costumam soar ao vivo.
Apesar de ter notadamente mais referências – o disco todo poderia passar como uma trilha sonora de filme, com cada faixa traduzindo um momento de tensão diferente – o clima rock da banda está em “Sai da Frente”, música que já podia ser conferida nas apresentações do grupo. Na verdade, todo o repertório de “Na Cidade” pode ser identificado por quem acompanha o Pata de Elefante com afinco. Para não perder a oportunidade do convite da Trama, o que a banda fez foi reaproveitar uma parte de seu acervo ainda não registrado.
Talvez uma audição mais acelerada e preguiçosa possa encontrar um disco que tem variações demais de clima em cada música. Mas o divertido dos últimos lançamentos da banda é perceber como eles trabalham bem o conceito de álbum. Sem palavras, “Na Cidade” consegue contar várias histórias. E, sem letras, a gente acaba reproduzindo o som delas, “cantando”, enquanto escuta.
O Pata de Elefante nunca teve suas referências rurais realmente declaradas. Mas não apenas o nome, mas nas fotos de divulgação e o clima de faroeste spaguetti sempre falaram pelas músicas instrumentais do trio gaúcho. “Na Cidade”, disco que marca a saída deles da Monstro Discos para a Trama, mirando público e ambições maiores, faz esse trabalho de transição para o ambiente urbano. Sem fugir do que fez a banda tão atraente: música sem palavras para – isso mesmo – cantar.
“Na Cidade” explica, sem usar palavras, algo que era muito fácil de sentir ao assistir o Pata de Elefante se apresentar ao vivo. E é o fato de que essa é, hoje, uma das melhores bandas instrumentais do país. A mistura de rock com surf music e folk, com usos criativos de Wah Wah’s – pedal que não muda a nota, enquanto muda ela entre grave e agudo, fazendo um som que soa igual ao nome do instrumento – e teclado. O Pata não caiu no clichê do sortuno ao usar o tema cidade e fez um de seus discos com clima mais para cima.
“Grandona”, terceira faixa, mostra como eles conseguem ser instrumental e pop de uma forma que muitas bandas próximas, como o Macaco Bong, ainda encontram dificuldades. O Pata de Elefante é sempre mais sobre diversão que masturbação guitarrística para cansar o ouvido. “Pesadelo nos Bambus”, quinta na sequência, é o momento urbano local, com a faixa batizada a partir de um dos inferninhos mais clássicos de Porto Alegre. A mixagem final do disco, feito no lendário estúdio Abbey Road, deixou que as músicas ficassem encorpadas como costumam soar ao vivo.
Apesar de ter notadamente mais referências – o disco todo poderia passar como uma trilha sonora de filme, com cada faixa traduzindo um momento de tensão diferente – o clima rock da banda está em “Sai da Frente”, música que já podia ser conferida nas apresentações do grupo. Na verdade, todo o repertório de “Na Cidade” pode ser identificado por quem acompanha o Pata de Elefante com afinco. Para não perder a oportunidade do convite da Trama, o que a banda fez foi reaproveitar uma parte de seu acervo ainda não registrado.
Talvez uma audição mais acelerada e preguiçosa possa encontrar um disco que tem variações demais de clima em cada música. Mas o divertido dos últimos lançamentos da banda é perceber como eles trabalham bem o conceito de álbum. Sem palavras, “Na Cidade” consegue contar várias histórias. E, sem letras, a gente acaba reproduzindo o som delas, “cantando”, enquanto escuta.
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