Gérson Werlang
Memórias Do Tempo
2008
Rock Symphony/Musea
Faixas:
1. Invocação – 3’44
2. Memórias Do Tempo – 10’53
3. Colheita De Inverno – 2’46
4. Vozes Outonais – 3’05
5. Rosa Mística – 12’30
6. Março – 1’28
7. Ao Pouco Que Resta – 4’03
8. Saudades Da Serra – 6’00
9. Do Exílio Voluntário – 1’57
10. Epitáfio – 1’43
Integrantes:
Gérson Werlang – voz/guitarras/violão/teclados na faixa 10 e programações
Rodrigo Bernardon – bateria nas faixas 1,2,5 e 8/percussão e glockenspiel
Thiago ‘Billy’ Rezende – baixo nas faixas 1,2,5 e 8
Samuca Quadros – teclados nas faixas 1,2,5 e 8
Eliane Sommer – voz nas faixas 2,5 e 8
Iva Giracca – violino nas faixas 2 e 5
Sávio Werlang – gaita na faixa 2 e teclados na faixa 5
Déborah Rosa – voz nas faixas 3,4 e 7
Gérson Rios Leme – programações nas faixas 3,4,6,7 e 9
Resenha:
01. Invocação
Aqui vamos nós à viagem sonora de Gérson Werlang, o músico gaúcho é bem conhecido daqueles ligados nos bons sons brasileiros, o músico integra a banda Poços & Nuvens com dois álbuns lançados.
Antes de falar sobre a música de Gérson preciso falar sobre o trabalho de Gustavo Sazes, responsável pela arte gráfica do CD e também do site. Está impecável! Aqueles mais ligados à música e web também já devem conhecer o trabalho de Gustavo. A 1ª faixa do álbum nos brinda com um bonito instrumental com traços da música nativista gaúcha e com ótimos teclados de Samuca Quadros.
02. Memórias Do Tempo
Assim como uma das famosas canções de John Lennon ‘(Just Like) Starting Over’, ‘Memórias Do Tempo’ abre com pequenos sinos, o som acústico é bonito e calmo, logo mais belo com os vocais de Eliane Sommer. O vocal de Gérson pode soar estranho em um primeiro momento, mas no segundo verso já somos arrebatados por sua melódica interpretação. Os acordes dissonantes de cada fim de frase, o peso na medida certa e as ótimas letras de Gérson me fazem sentir como se estivesse em casa, sentado na frente do fogão à lenha, fato que só é conhecido quem já morou/nasceu no sul, ou já viveu em sítio. Acho que essa é a maior sensação ao ouvir essa canção, a de estar em casa.
03. Colheita De Inverno
Dessa vez os vocais são divididos com a bonita voz de Déborah Rosa. Ao fundo uma constante guitarra e uma nota ao piano. Bela canção.
04. Vozes Outonais
Outra vez Déborah divide os vocais com Gérson, uma belíssima letra é embalada por programações de piano e bateria de Gerson Rio Lemes, melhores do que muitos instrumentos reais que ando ouvindo.
05. Rosa Mística
Esse tema é divídido em 5 partes e pra mim é a melhor faixa do álbum. Introdução forte com a bateria de Rodrigo Bernandon e o baixo de Thiago ‘Billy’ Rezende. Os violinos de Iva Giracca também brilham na música. Depois do 1º verso uma dupla de guitarras em uníssono é ouvida, Gérson construiu muito bem as frases aqui. Mais uma vez quem divide os vocais com Gérson é Eliane. No meio da música uma ótima quebra de ritmo e uma grande frase de guitarra acompanhada muito bem pela bateria. A dupla de teclados Samuca Quadros e Sávio Werlang (responsável pela gaita em algumas faixas também) se saiu muito bem. Com certeza o meu destaque do disco, ainda mais com a acelerada na parte final. Clássico!
06. Março
‘Março’ tem cara de peça clássica para violão, mas o vocal de Gérson dá um outro enfoque na música. E mais uma vez parabéns para Gerson Rios Leme que fez com que as programações usadas no disco não tornassem o trabalho frio e sem sabor.
07. Ao Pouco Que Resta
Acabo falar bem das programações e acabo me queimando. Nessa faixa a programação me pareceu equivocada e um tanto sem graça. Justo uma faixa que tem como letra um bonito poema de Heitor Freire Pires.
08. Saudades Da Terra
Uma bravata sobre a saudade de casa, bem conduzida por bateria, baixo, guitarra, teclados e os vocais em dueto entre Gérson e Eliane.
09. Do Exílio Voluntário
Me parece que o único momento fraco nas composições ‘computadorizadas’ do disco foi ‘Ao Pouco Que Resta’, porque nesta faixa o poema de Lara De Lemos foi belissimamente musicado pela dupla de Gersons.
10. Epitáfio
A última música do disco me lembrou bastante a idéia usada pelo Dream Theater em se disco Metropolis Pt.2 – Scenes From A Memory (1999), onde o personagem da história anda até sua casa abre a porta e liga a televisão, nesse caso o som dos falantes termina com um curto tema.
de Progshine
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