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Por Lúcia M. Zanetti de Araújo em We Love The Beatles Forever
O garoto Edson Vieira de Barros começou sua carreira no final dos anos 50, juntamente com os irmãos Renato e Paulo Cesar Barros, no conjunto Renato e Seus Blue Caps. A banda em seu início, gravou dois 78 rotação no minúsculo selo Ciclone, acompanhando respectivamente o grupo vocal Os Adolescentes e o cantor Tony Billy, como eles, artistas lutando por um lugar ao sol.
Na TV, o grupo fez algumas apresentações no “Hoje é dia de rock”, programa de Jair de Taumaturgo, na Rádio Mayrink Veiga, até que chegaram à TV Continental, onde se apresentaram no programa do Carlos Imperial, que achou o conjunto interessante e os convidou para voltar mais vezes. Além disso, conseguiu que participassem de“Twist”, LP que Cleide Alves e Reinaldo Rayol dividiam, sob a produção de Imperial. O ano era 1962. Foi neste mesmo ano, depois de um tempo convivendo com o grupo, que Imperial sugeriu que Edson se lançasse em carreia solo, enquanto os Blue Caps continuariam suas atividades.
O garoto, que na época tinha apenas 16 anos, aceitou a proposta. Mas, segundo Imperial, para seguir carreira solo, o jovem Edson precisava ganhar um nome artístico. E o nome escolhido pelo gordo apresentado e agitador cultural, foi Ed Wilson. Na época, Imperial estava ouvindo bastante o cantor americano Jack Wilson, e ele acabou sendo a fonte inspiradora para o nome artístico do novo pupilo de Imperial.
Em seguida, Imperial conseguiu um contrato para Ed Wilson na Odeon, por onde lançou seu primeiro compacto, em 1963. Em 1964, mudou-se para a RCA e lançou “O Carro do Papai”, um rock-twist composto pelo irmão Renato Barros. A música fez relativo sucesso nas rádios, e em seguida, Ed Wilson emplacou outro sucesso, a balada “Como Te Adoro Menina”, versão de Renato Barros para o sucesso “Quiereme Mucho”, da cantora argentina Violeta Rivas.
Em 1966, foi contratado pela CBS, onde gravou em março daquele ano, seu primeiro LP, “Verdadeiro Amor”, disco que teve o acompanhamento da banda dos irmãos e do tecladista Lafayette. O disco emplacou os sucessos “Sandra” (versão de Leno para “Sorrow”, do grupo inglês The Merseys), “Pode Ir Para O seu Novo Amor” (composição de Leno) e a belíssima faixa-título, uma versão do “negro gato” Getulio Cortes para “It’s Only Make Believe”, sucesso de 1958 do cantor Conway Twitty.
Este foi o único LP de Ed Wilson na CBS, nos anos seguintes, o artista seguiria lançando compactos de sucesso, além da efetiva participação na série As 14 Mais. Mesmo sem ter uma grande discografia no período, Ed Wilson foi um dos principais nomes da Jovem Guarda. Sua importância para a música jovem da época foi devidamente registrada por Erasmo Carlos na música “Festa de Arromba”, nos versos em que o Tremendão dispara: “Lá fora um corre-corre/Dos brotos do lugar/Era o Ed Wilson que acabava de chegar/Hey, hey, que onda/Que festa de arromba”. (rstone)
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