terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Di Melo - Imorrível [2015]

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Por Antônio do Amaral Rocha em Rolling Stone

Foi após o lançamento do documentário O Imorrível, em 2011, que o nome do músico pernambucano Di Melo voltou a ficar em evidência. Radicado em São Paulo na década de 1960, ele fez carreira cantando em casas noturnas e chegou a gravar um único disco, homônimo, em 1975 (hoje, item de colecionador).

De volta a Pernambuco e longe do circuito musical, sobreviveu a um grave acidente de moto, o que lhe rendeu o apelido que dá o nome ao filme. Já nos anos 1990, foi redescoberto por DJs europeus e virou cult, chegando a aparecer em um clipe do Black Eyed Peas.

“Nunca parei, tenho mais de 400 músicas e até parcerias com Geraldo Vandré”, revela o também entalhador, artista plástico e marchand. “Andei desanimado e passei um tempo negociando com artes plásticas para sobreviver.”

Com orgulho, ele conta que Will.i.am, líder do Black Eyed Peas, citou seu nome e o de Jorge Ben Jor como exemplos da música brasileira que aprecia. Voltando a se apresentar ao vivo, Di Melo prensou algumas cópias do LP de 1975, que teve participação de Heraldo do Monte e Hermeto Pascoal.

Imorrível é também o nome de seu segundo disco, recém-lançado. Com 12 faixas de apelo dançante que fundem samba-rock, funk, soul, R&B e groove, em que se destacam os arranjos de metais de Pedro Diniz, o álbum recoloca o músico no mercado fonográfico e reafirma seu talento como um dos precursores da soul music nacional.

“Estou no melhor momento”, ele comemora. “O Todo-Poderoso está me iluminando e estou pedindo saúde para dar prosseguimento ao trabalho.”

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