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Por Joe Strume do blog Rock de Plástico
GUILHERME LAMOUNIER, alguém aí conhece?
Eu não conhecia até estar com o primeiro LP dele nas mãos. “Originalão”, numa linda edição MONO! O disco ali, capa sanduíche padrão Odeon 1970, e eu vendo o preço na primeira casa das 3 unidades.
Mas estava sentindo algo pelo disco. Algo tão grande a ponto de instigar exclamações de minha companheira naquela jornada, ocorrida no sebo central de Goiânia:
- Vai pagar isso tudo neste disco?!
Eu pensei ½ segundo e disse que sim, que valia a pena na base da troca.
E ainda no Centro-Oeste fiz questão de tirar a prova.
É que na casa do meu irmão tem um Sony 4×1 dos melhores que saíram nos anos 90. Então veio a primeira faixa:
- Uai, um negócio orquestrado? Puuutz, mas que vozeirão!
“Linda” é o nome da faixa. E linda é a música. No fim já noto o clima groove.
Que venha a segunda: Roberto Carlos não era o único cantor de peso em 1970. Guilherme Lamounier também era.
Na faixa seguinte já virou festa. Uma maravilhosa linha de baixo, metais vêm em brasa, e o cara mandando ver. Adiante algo romântico, mas também de acento groove. Eu já estava embasbacado com o disco:
- Será que é tudo bom assim?!
Começa a quinta faixa e última do lado A: A casa onde ela mora. Vou dizer viu! Difícil alguém ficar parado com um petardo desses! No final Guilherme deslancha em inglês. Fechou: o lado A paga a metade do disco.
Disco virado e a primeira interrogação:
- Esta não é a música do Tim Maia?
Sim meu caro, é Cristina noutra interpretação, mas não deve nada!
Depois um desbunde, a música Febre, a única com orquestrações de (Dom) Salvador, papa dos arranjos em fins dos anos 60. Um “bluesaço”, com direito a guitarra fritada e tudo! Bonito de ver.
A letra da faixa seguinte diz: Tenho que achar alguém pra secar as lágrimas que caem do meu coração. Eu não digo mais nada.
Um defeito desses discos da Odeon é não trazerem a relação dos músicos que tocaram. Mas a contracapa do LP de Guilherme traz uma recomendação de Carlos Imperial, figura essencial na Jovem Guarda. Ele começa e termina o texto assim:
“Guilherme Lamounier nasceu da necessidade de renovação da nossa música. (…) Prometo que ele não vai usar roupas de lamê, não vai gravar música rimando “quero o teu amor” com “preciso do teu calor” e nunca levará sua mãe para ser homenageada na TV. Só isso já é um progresso.
Eu poderia falar mais deste disco, mas não vou fazê-lo. Vou deixar apenas uma informação que muito chama a atenção: Guilherme Lamounier tinha 19 anos quando o disco chegou às lojas. Vale quanto pesa.
Por Joe Strume do blog Rock de Plástico
GUILHERME LAMOUNIER, alguém aí conhece?
Eu não conhecia até estar com o primeiro LP dele nas mãos. “Originalão”, numa linda edição MONO! O disco ali, capa sanduíche padrão Odeon 1970, e eu vendo o preço na primeira casa das 3 unidades.
Mas estava sentindo algo pelo disco. Algo tão grande a ponto de instigar exclamações de minha companheira naquela jornada, ocorrida no sebo central de Goiânia:
- Vai pagar isso tudo neste disco?!
Eu pensei ½ segundo e disse que sim, que valia a pena na base da troca.
E ainda no Centro-Oeste fiz questão de tirar a prova.
É que na casa do meu irmão tem um Sony 4×1 dos melhores que saíram nos anos 90. Então veio a primeira faixa:
- Uai, um negócio orquestrado? Puuutz, mas que vozeirão!
“Linda” é o nome da faixa. E linda é a música. No fim já noto o clima groove.
Que venha a segunda: Roberto Carlos não era o único cantor de peso em 1970. Guilherme Lamounier também era.
Na faixa seguinte já virou festa. Uma maravilhosa linha de baixo, metais vêm em brasa, e o cara mandando ver. Adiante algo romântico, mas também de acento groove. Eu já estava embasbacado com o disco:
- Será que é tudo bom assim?!
Começa a quinta faixa e última do lado A: A casa onde ela mora. Vou dizer viu! Difícil alguém ficar parado com um petardo desses! No final Guilherme deslancha em inglês. Fechou: o lado A paga a metade do disco.
Disco virado e a primeira interrogação:
- Esta não é a música do Tim Maia?
Sim meu caro, é Cristina noutra interpretação, mas não deve nada!
Depois um desbunde, a música Febre, a única com orquestrações de (Dom) Salvador, papa dos arranjos em fins dos anos 60. Um “bluesaço”, com direito a guitarra fritada e tudo! Bonito de ver.
A letra da faixa seguinte diz: Tenho que achar alguém pra secar as lágrimas que caem do meu coração. Eu não digo mais nada.
Um defeito desses discos da Odeon é não trazerem a relação dos músicos que tocaram. Mas a contracapa do LP de Guilherme traz uma recomendação de Carlos Imperial, figura essencial na Jovem Guarda. Ele começa e termina o texto assim:
“Guilherme Lamounier nasceu da necessidade de renovação da nossa música. (…) Prometo que ele não vai usar roupas de lamê, não vai gravar música rimando “quero o teu amor” com “preciso do teu calor” e nunca levará sua mãe para ser homenageada na TV. Só isso já é um progresso.
Eu poderia falar mais deste disco, mas não vou fazê-lo. Vou deixar apenas uma informação que muito chama a atenção: Guilherme Lamounier tinha 19 anos quando o disco chegou às lojas. Vale quanto pesa.
Hey, achei interessante essa "sinopse" do álbum! Tem como ajeitar o link/reupar ele?
ResponderExcluirOlá, Muito Obrigado Pelas Postagens, Seu Blog é Espetacular, Você Poderia Repostar O LINK do Guilherme Lamounier [1970]??
ResponderExcluirAgradeço!