quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Vespas Mandarinas - Da Doo Ron Ron [2010]


O Rock pegou no Brasil ainda nos anos 50, quando Celly Campello regravou a música Tintarella di Luna numa versão em português que se tornou Banho de Lua. A partir daí, com o sucesso mundial dos Beatles e com o Roberto guiando a Jovem Guarda, os violões da Bossa Nova deram lugar às guitarras do Rock n’ Roll. Menos iê-iê-iê e mais maduros, os anos 70 vieram com Secos e Molhados, Raul Seixas e a recém mutante expulsa Rita Lee. Quando a Blitz abriu os anos 80 com irreverência e malandragem carioca, vivemos os tempos mais frutíferos do Rock Brasil, com Barão Vermelho, Legião Urbana, RPM, Kid Abelha, Ultraje a Rigor, etc. Os anos 90 também tiveram nomes importantes, como Raimundos, Planet Hemp e Skank. Mas o novo milênio começou fraco, principalmente pela ascensão radiofônica de outros ritmos e pelo pop rock fuleiro dos Detonautas. Os principais trabalhos estavam sendo feitos no cenário underground. Alguns expoentes desse cenário decidiram se juntar para tocar e resgatar um pouco daqueles tempos de ouro do Rock Nacional. E foi assim que nasceram as Vespas Mandarinas.
Fãs de gigantes como Titãs e Paralamas do Sucesso, não é difícil encontrar influências dessas bandas no primeiro trabalho do grupo. As músicas têm letras diretas porém bem trabalhadas e os instrumentos tocam alto e distorcidos, o que demonstra a mesma virtude das bandas já consagradas mas sem soar como uma cópia daqueles tempos, o timbre e a sonoridade cravam os pés da banda nos anos 2000 de forma bem original.

Uma breve apresentação das Vespas Mandarinas

Chuck Hipolitho provavelmente seja o mais conhecido devido o seu trabalho com os Forgotten Boys e nos programas da MTV. Thadeu Meneghini se destacou com o Banzé, do qual trouxe as músicas Cobra de Vidro para o EP e Um Homem Sem Qualidades, presença constante nos shows da banda. Ainda na formação desse primeiro trabalho, faziam parte da banda Mauro Motoki, o baixista japa e talentoso do Ludov, e o Mike Vontobel, baterista da banda gaúcha Video Hits. Por esses motivos e currículos, as Vespas Mandarinas foram consideradas um supergrupo. Como “música de trabalho”, Sem Nome ganhou um clipe criativo que concorreu a Clipe do Ano no VMB de 2010:


Outra conquista do grupo com a música foi entrar para a lista de 25 melhores músicas do ano para a revista Rolling Stone:


E assim a banda alcançou o status de promissora do Rock Nacional. Você pode baixar esse EP e tudo já lançado no site dos caras. Vale muito a pena.

Um comentário:

  1. ...Então... de que se queixam o rock e roqueiros e críticos e adjacentes e periféricos... da segunda metade do século XX ao primeiro quarto do século XXI....?...!!!!

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